Capítulo 8

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Vincenzo Santinelle

    Saio da casa dos Mancini ainda sentindo meu corpo queimar como o inferno por tela tão perto de mim, ainda posso sentir seu cheiro inebriando meus sentidos, essa garotinha vai ser minha perdição.

   Cheguei em minha fazenda já na hora do jantar, estava no vilarejo comprando umas vacinas para o gado.

  Tomo um banho, janto e vou pro escritório resolver algumas pendências. Por volta das 22:00 ouço batidas na porta e Antônio me chamando ofegante.

– entre.

– Desculpe te incomodar a essa hora menino, mas temos um problema.

– o que foi Antônio?

– os novos bois que chegaram quebraram a cerca do pasto e fugiram.

– Mais que Porra! E o que estão esperando? Vão procurar! – Esbravejo me levantando.

– Já chamei os peões, estão selando os cavalos.

– Prepare o Zeus, também irei ajudar.

– Sim menino.

  Ele sai apressado e eu subo pra me trocar e calçar as botas.

   Já estamos a mais de 20 minutos procurando, eu começo a me afastar e saio da minha fazenda e vou procurar na estrada. Seguro a lanterna à apontando pra todas as direções minuciosamente e é quando ouço um movimento entre a floresta que cerca a estrada. Desço do cavalo o amarrando em uma árvore, desligo a lanterna e começo a seguir o barulho somente com a luz da lua, se for meu boi não quero que ele se assuste com a claridade. Chegando próximo ao barulho ouço uma voz doce muito conhecida por mim, é a Nathaly, mais que porra! O que ela faz no meio da floresta a essa hora e ainda por cima com um homem em cima dela!

   Sinto meu sangue ferver, se ela estiver dando pra ela eu não sei do que sou capaz! Realmente nenhuma presta.

– Você é uma delícia sabia? Todos tem o desejo de comer sua bucetinha e eu vou te devorar todinha sua puta.

– Por Favor... M-Me Sota!

  Não preciso ouvir mais nada pra entender o que realmente estava acontecendo. Saio de traz da árvore e puxo o verme de cima dela e o acerto um soco na cara, depois outro e outro... Até o ver desmaiado e respirar com dificuldade. Olho pro lado e vejo minha garotinha encolhida chorando apavorada.

– Shiii, calma. Eu estou aqui. Não vou deixar nada acontecer com você – Digo me ajoelhando em sua frente e a abraçando fazendo carinho em seu cabelos.

– E-ele... ia... Eu juro que... Eu não... Fiz Nada... – Ela fala soluçando de tanto chorar e sinto seu corpo tremer em meus braços.

– Vamos, vou cuidar de você vem – Lhe digo a pegando no colo e a levando até onde deixei Zeus, não vou me preocupar com o verme agora, chagando na fazenda mando alguém vim o pegar e o levar a polícia.

    A coloco no Zeus sentada de lado e monto atrás dela, ela se encolhe em meu peito e a vejo fechar os olhos. Chegando na fazenda vejo Antônio em frente a casa me esperando, ele a vê e arregala os olhos.

– Mais como... O que a menina Mancini faz aqui?

– Longa história Antônio, ela dormiu, segure Zeus pra que eu desça e a pegue sem ela acordar... Ela passou por muita coisa hoje merece descansar.

   Antônio acena ainda confuso e lhe dou a ordem de mandar dois peões ir buscar o bastardo na floresta. A pego nos braços e entro subindo direito pro meu quarto com ela em meus braços dormindo serenamente. Ela é a mulher mais bela que já vi em toda minha vida, mais não posso a deixar me dominar e deixar que ela desperte sentimentos que estão mortos pra mim e quero que continue assim. Amor não existe, só sofrimento e desilusão.

  A deito em minha cama, tomo um banho, troco de roupa e me deito ao seu lado, estou muito cansado e apago em minutos sentindo o cheiro de morango nos seu cabelos.





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