Capítulo 26

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Vincenzo Santinelle

O médico veio e disse que os exames deram normal e que a tiraria do coma, a enfermeira retirou seus aparelhos e disse que em no máximo uma hora ela acordaria. Não vejo a hora de ver seu lindo sorriso ao saber que será mãe, eu estou tão ansioso.

Já fazem uns 30 minutos que estou aguardando ela acordar, e então ouço a porta abrir e quando me viro, meus olhos não acreditam no que vejo, Débora está apontando uma arma pra mim e Jorge está ao seu lado sorrindo como um maníaco, eu devia ter matado miserável, no dia em que o deixei na floresta mandei meus homens o buscarem, mas ele havia fugido.

- Sua Desgraçada! Foi você!

- VOCÊS NÃO SABEM DE NADA! A idiota da minha irmã sempre foi a preferida de todos, eu vi Alonso primeiro, eu o amei primeiro e ele preferiu ela como todos! Ela devia ter morrido junto com a mãe, mas de alguma forma sobreviveu e eu fiz Alonso a odiar, mais vocês estragaram tudo! - ela diz e manda Jorge me segurar, não vou arriscar reagir com minha mulher e meus filhos aqui - Agora você irá ver essa mosca morta morrer e depois te mandarei pro mesmo lugar que ela.

A vejo apontar a arma pra Nathaly e ela começa a abrir os olhos confusa, até que vê Débora com a arma apontada pra ela e arregala os olhos.

- Amor! - tento me soltar mas Jorge me segura.

- Calma minha garotinha, Eu amo você - Falo mais Débora nos manda calar a boca.

- Vou matar você sua pirralha, assim como matei sua mãe!

E então vejo Nathaly já derramar lágrimas totalmente apavorada, e quando ela engatilha a arma ouço logo em seguida um disparo, fecho os olhos não querendo mais o abrir e então ouço o grito de Débora.

- ALONSO! NÃAAAAOOO! FOI SUA CULPA, VOCÊ VAI MORRER!

Vejo Alonso caído tossindo com um tiro no seu abdômen, aproveito a distração e corro tomando a arma da mão de Débora um tiro é disparado mas pega no teto, me afasto dela que se junta a Jorge com as mãos levantadas, quando iria pegar o celular pra chamar a polícia Jorge tenta chegar a Nathaly então atiro em seu peito, Débora vem em minha direção e eu a mato. Solto a arma e ouço Nathaly gritando seu pai.

- Calma amor, você não pode se exaltar.

O médico e os enfermeiros entram correndo pelo barulho dos tiros e se assustam com os corpos no chão, chamo a atenção e eles vem socorrer Alonso que estava lutando pra ficar consciente.

- Te amo filha! - ele diz cuspindo um pouco de sangue.

- Eu também te amo Papai!

Minha garotinha chora em meus braços, as autoridades vêm e retiram os corpos, nos dados nosso testemunho e eles fecham o caso como legítima defesa e já limparam todo o sangue. Passaram-se algumas horas e Nathaly ainda chora em meu peito e eu tendo a acalmar, já lhe contei tudo que Débora fez e ela ficou em choque. Então ouvimos a porta abrir e o médico entra no quarto.

- Não se preocupem, ele está fora de perigo, foi uma cirurgia muito complicada mas conseguimos finalizar com sucesso, em algumas semanas com muito repouso, ele estará novo em folha.

Sorrimos aliviados, não vou mentir, de primeiro momento achei que Alonso não estava realmente arrependido, mas ver ele se jogar em frente a minha garotinha pra salvar sua vida me fez acreditar que ele realmente mudou.

- Agora ele poderá ajudar a cuidar dos bebês de vocês - O Médico diz risonho e Nathaly arregala os olhos confusa.

- Bebês? - Pegunta.

- Sim, Você está grávida de gêmeos. Não disse a ela? - ele pergunta despreocupado.

- Eu iria fazer uma surpresa doutor! - Digo emburrado.

- Oh! Me desculpe.

Ele diz e sai gargalhando, esse médico é meio doido.

- Vou ser mãe? De dois bebês? - Pergunta com lágrimas nos olhos.

- Sim amor, nossos filhos, fruto do nosso amor - Digo e a beijo emocionado.


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