Nathaly Mancini– O que aconteceu?
– Ainda não sei, sua mosca morta – Paola responde e bate na porta chamando sua mãe.
– Me roubaram, roubaram! Como podem, dentro da minha própria casa Alonso. Chama a polícia AGORA!
– Como assim mamãe?
– Fique calma Débora, não podemos nos envolver em um escândalo agora, esqueceu que estamos falidos? chamar a polícia só vai nos trazer exposição desnecessária, vamos acordar todos os funcionários e procurar na casa inteira tá bom? – meu pai diz a abraçando e fazendo carinho em seus cabelos e por um segundo sinto inveja.
– Tudo bem – ela diz fechando os olhos e derramando lágrimas, sinto pena dela, acredito que seja algo importante pra ela.
– Garota, vá e diga a todos os empregados que os quero na sala em 5 minutos, ouviu?
– sim Papai.
Corro em direção ao quarto de Joana e lhe dou o aviso, ela me manda chamar as outras enquanto ele se veste e se encarrega de chamar os peões.
Dez minutos depois entro na sala ofegante pela correria com o resto dos empregados e papai me lança um olhar irritado.
– Está Atrasada!
– me desculpe.
– nem pra isso você presta.
Ela fala e me encolhi sobre os olhares dos empregados sobre mim, uns de pena e outros de diversão.
– Bom, chamei vocês aqui porque algo imperdoável aconteceu e sinceramente espero que não tenha sido nenhum de vocês porque se eu descobrir que um de vocês está envolvido, eu expulsarei da minhas terras sem um tostão e ainda me encarregarei de não conseguir emprego ouviram?
– Sim senhor – Todos respondem atentos e confusos.
– Ótimo! minha esposa tem um colar muito raro passado de sua mãe pra ela. Ela o tira somente em um momento: para tomar banho. E hoje eu não estava no quarto no momento em que ela estava no Banheiro e quando ela retornou, o colar havia sumido. Agora, só pode ter sido alguém de dentro da fazenda porque o roubo ocorreu dentro de no máximo 15 minutos. Então, vamos fazer o seguinte: se o culpado confessar e devolver, eu somente o mandarei embora e não direi a ninguém o que aconteceu.
Todos olham uns para os outros e ninguém diz nada.
– ok. Já que querem do jeito difícil, todos vão revirar essa casa de cabeça pra baixo, mas ninguém vai olhar em seu próprio quarto, e tudo sob minha supervisão e de Débora – meu pai encerra e vai em direção ao quarto dos empregados com eles atrás.
– Paola, reviste o quarto da Nathaly e Joana, você ajuda. E você, fique próxima a mim porque eu não confio em você – Débora diz me olhando com desprezo como sempre.
Subimos as escadas e observamos Joana e Paola revistando o meu quarto, não acredito que ela acha que eu faria isso.
Passando alguns minutos Paola, vejo Paola arregalar os olhos e levantar um colar no ar o tirando de dentro da minha gaveta de calcinhas, se fosse em outra situação eu estaria vermelha de vergonha por minhas peças íntimas estarem expostas mais minha reação é de confusão e medo me atinge.
– Só podia ser. SUA LADRA! – sinto um ardor em meu rosto e um gosto metálico em minha boca, meu corpo vai ao chão com o tapa de Débora.
– calma senhora, deve haver uma explicação. A menina não faria isso, ela tem um bom coração.
– CALA A BOCA SUA IMPRESTÁVEL!
Ouço passos e vejo meu pai olhando pra mim no chão sem entender, eu não consigo dizer nada me sinto uma fraca por só conseguir chorar.
– O que aconteceu Débora?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quebrados
FanfictionImagine se duas pessoas com almas quebradas se encontrassem e descobrissem que seus pedaços se encaixam perfeitamente os tornando inteiros quando estão juntos, o que aconteceria? Vamos descobrir juntos o resultado!