Capítulo 7

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   Nathaly Mancini

– O que aconteceu?

– Ainda não sei, sua mosca morta – Paola responde e bate na porta chamando sua mãe.

– Me roubaram, roubaram! Como podem, dentro da minha própria casa Alonso. Chama a polícia AGORA!

– Como assim mamãe?

– Fique calma Débora, não podemos nos envolver em um escândalo agora, esqueceu que estamos falidos? chamar a polícia só vai nos trazer exposição desnecessária, vamos acordar todos os funcionários e procurar na casa inteira tá bom? – meu pai diz a abraçando e fazendo carinho em seus cabelos e por um segundo sinto inveja.

– Tudo bem – ela diz fechando os olhos e derramando lágrimas, sinto pena dela, acredito que seja algo importante pra ela.

– Garota, vá e diga a todos os empregados que os quero na sala em 5 minutos, ouviu?

– sim Papai.

  Corro em direção ao quarto de Joana e lhe dou o aviso, ela me manda chamar as outras enquanto ele se veste e se  encarrega de chamar os peões.

  Dez minutos depois entro na sala ofegante pela correria com o resto dos empregados e papai me lança um olhar irritado.

– Está Atrasada!

– me desculpe.

– nem pra isso você presta.

   Ela fala e me encolhi sobre os olhares dos empregados sobre mim, uns de pena e outros de diversão.

– Bom, chamei vocês aqui porque algo imperdoável aconteceu e sinceramente espero que não tenha sido nenhum de vocês porque se eu descobrir que um de vocês está envolvido, eu expulsarei da minhas terras sem um tostão e ainda me encarregarei de não conseguir emprego ouviram?

– Sim senhor – Todos respondem atentos e confusos.

– Ótimo! minha esposa tem um colar muito raro passado de sua mãe pra ela. Ela o tira somente em um momento: para tomar banho. E hoje eu não estava no quarto no momento em que ela estava no Banheiro e quando ela retornou, o colar havia sumido. Agora, só pode ter sido alguém de dentro da fazenda porque o roubo ocorreu dentro de no máximo 15 minutos. Então, vamos fazer o seguinte: se o culpado confessar e devolver, eu somente o mandarei embora e não direi a ninguém o que aconteceu.

  Todos olham uns para os outros e ninguém diz nada.

– ok. Já que querem do jeito difícil, todos vão revirar essa casa de cabeça pra baixo, mas ninguém vai olhar em seu próprio quarto, e tudo sob minha supervisão e de Débora – meu pai encerra e vai em direção ao quarto dos empregados com eles atrás.

– Paola, reviste o quarto da Nathaly e Joana, você ajuda. E você, fique próxima a mim porque eu não confio em você – Débora diz me olhando com desprezo como sempre.

   Subimos as escadas e observamos Joana e Paola revistando o meu quarto, não acredito que ela acha que eu faria isso.

    Passando alguns minutos Paola, vejo Paola arregalar os olhos e levantar um colar no ar o tirando de dentro da minha gaveta de calcinhas, se fosse em outra situação eu estaria vermelha de vergonha por minhas peças íntimas estarem expostas mais minha reação é de confusão e medo me atinge.

– Só podia ser. SUA LADRA! – sinto um ardor em meu rosto e um gosto metálico em minha boca, meu corpo vai ao chão com o tapa de Débora.

– calma senhora, deve haver uma explicação. A menina não faria isso, ela tem um bom coração.

– CALA A BOCA SUA IMPRESTÁVEL!

   Ouço passos e vejo meu pai olhando pra mim no chão sem entender, eu não consigo dizer nada me sinto uma fraca por só conseguir chorar.

– O que aconteceu Débora?

– O que aconteceu Débora?

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