Capítulo 22

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Nathaly Mancini

Acordo cedo pra preparar o café, estou colocando a mesa quando de repente vejo Paola entrando na sala de jantar somente com a camisa que Vicenzo saiu ontem a noite, sinto imediatamente meus olhos encherem de água e meu coração se partir, mas não permito uma lágrima cair.

- Empregada, quero uma bandeja de café da manhã pronta em 2 minutos, vou levar pro meu namorado na cama já que deve está com fome depois de tanto exercício madrugada toda.

- Ok - Digo firme e saio pra preparar a bandeja.

- Ah! - ela se vira novamente antes de sair - E não se aproxime mais do meu namorado tá ouvindo? Mosca morta.

Ela sai e eu corro pro banheiro e choro sem parar. Não consigo, tenho que colocar pra fora essa dor que sinto. Ele me destruiu completamente.

Estou indo pro meu quarto pegar um livro, quando ouço um grito e resolvo me aproximar da porta, sei que isso é errado mais não consigo me segurar.

- O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI GAROTA?

- Calma amor, te encontrei ontem no bar e te trouxe pra casa, agente dormiu de conchinha não se lembra?

- SAI DA MINHA CASA, AGORA!

- Me dá uma chance, olha pra mim posso te dar muito prazer e te satisfazer, me deixa ficar aqui e vamos aproveitar vai...

- Você pode me satisfazer? Então quero que me deixe muito feliz.

Ao ouvir isso me afasto imediatamente e corro pro meu quarto, não posso ficar aqui, não irei suportar o ver com outra, ele só me usou, ele desde o começo queria ela.

Pego algumas coisas e minhas economias do salário, ponho tudo em uma pequena mochila e me troco, quando estou saindo chorando ele sobe as escadas e me encara confuso.

- Onde vai?

- Quero me demitir.

- Como? Porquê? Irá embora?

- Pra que quer saber em? Você é um miserável, eu te odeio por ter me quebrado dessa forma. O que eu te fiz? Eu não suporto, eu me sinto uma ideiota mas não posso ficar e te ver com outra. Agora pode ficar aí com ela, eu estou indo embora e espero nunca mais te encontrar - Digo e ele só sabe ficar encarando um ponto específico com o olhar perdido.

Quando vou passar por ele pra descer as escadas o sinto segurar meu braço.

- Eu não passei a noite com ela. Te juro que fui somente beber no bar ontem, e-eu não posso mais continuar mentindo pra mim mesmo. Eu me apaixonei por você e não queria aceitar isso. Tive uma namorada na faculdade e quando estava indo fazer uma surpresa a vi beijando outro. Eu me quebrei aquele dia e não consegui me recuperar, até agora. Você conseguiu me refazer e eu estava com medo disso, medo de alguém me refazer e me quebrar novamente. Me perdoe eu fui um filho da puta com você mas porra, por favor não me deixe. Me perdoe! Eu aceito que você me reconstrua e te entrego meu coração, só não aceito te perder... - Ele diz tudo olhando em meus olhos e quando termina encosta sua testa na minha e nós já estamos chorando. Ele faz carinho em meu rosto e me olha implorando uma resposta.

- Você me quebrou! Assim como ela te quebrou você fez o mesmo comigo. Mas eu não vou me prender ao medo, eu estou apaixonada por você Vincenzo, e quero te dar mais uma chance.

- OBRIGADO MINHA GAROTINHA! SEREMOS FELIZES! VOCÊ VAI VER! Você quer ser minha namorada? - ele me paga no colo e me gira e eu gargalho o abraçando.

- SIMMM... - Grito feliz e o beijo.

Podem me achar uma idiota mas ele foi o único além de Joana a cuidar de mim, e eu entendo seu medo e mesmo que ainda esteja triste por como ele me tratou, vou me dar a chance de escolher meu próprio caminho pela primeira vez na vida, e hoje o caminho que escolho é ele, Vincenzo Santinelle.

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