Emma Myers
Já escolhemos o segundo vestido e o vestido de madrinha da Isabel.
Na verdade, quem escolheu foi minha mãe e a irmã, minha opinião e a da Isabel não tem muito valor não, a gente só veio mesmo para experimentar o vestido e vê se fica bom no corpo.
Agora estávamos indo até outra boutique para ver o terno do Kaique, ele estava reclamando mais do que eu reclamei.
Minha mãe e minha tia tinham ido embora, dona Nicole recebeu um ligação e depois disso, falou que tinha que resolver uma coisa muito importante.
Só está eu, a Isabel e o Kaique agora.
Mesmo meu irmão sendo um porre, é melhor aturar ele do que minha mãe e minha tia.
Entramos na tal boutique e um vendedora caminhou até nós com um sorriso no rosto.
— Olá, boa tarde, em que posso ajudar o casal? — demonstrou simpatia.
Ela estava achando que eu e o Kaique éramos um casal?
Só porque estávamos com os braços cruzados? eu em.
Me afastei do Kaique e encarei ela desacreditada.
— Ele é meu irmão. — disse.
— Assim, me desculpe. — pediu.
— Mas ele é o noivo?
Mulher enxerida!
— Eu? Não, cruzes. — respondeu o Kaique fazendo o sinal da cruz.
— Joga praga não moça. — ela riu, lançando um olhar sedutor para ele.
Ela está dando em cima do meu irmão, que safada!
— Então, em que posso ajudá-lo? — perguntou, ignorando eu e minha prima e só dando atenção para o Kaique.
— Vai ajudar só ele? E eu? — cruzei os braços, olhando para ela com as sobrancelhas erguidas.
— Ah me desculpe, mas aqui é uma loja que só vende ternos, ele é o único homem. — se explicou.
— Só por que somos mulheres significa que não queremos comprar um terno? — joguei, fazendo a mulher soltar uma risada de desespero.
Preconceituosa!
— Emma, você está deixando ela sem graça. Para com isso. — falou o Kaique e vi a moça suspirar aliviada.
— A culpa não é minha que essa mulher é uma baita preconceituosa. — dei de ombros caminhando até os ternos.
Agora eu faço questão de comprar um só para ela saber que mulheres também usam terno.
Caminhei até o outro lado da loja junto com a Isabel.
— Emma, você quase matou a mulher de vergonha, depois dessa ela nunca mais vai dar em cima de algum cliente.
— Quem mandou ela ser sem noção? Mulherzinha metida! — vasculhei os ternos e vi um terno que me deixou de cara.
— Isso está com cara de ciúmes. Nunca pensei que viria a Emma com ciúmes do irmão. — disse entre risos.
— Não estou com ciúmes do Kaique, só não gostei daquela moça. — peguei o terno e mostrei a minha prima.
— Que tal?
— É lindo, mas você vai levar um terno mesmo?
— Sim, para mostrar para ela que eu visto o que eu quiser.
— Empoderadíssima!
Me virei para ir atrás do meu irmão, afinal, precisava escolher o terno dele se não nossa mãe matava a gente.
Mas ao virar, bati contra alguma coisa um pouco grande e dura.
Olhei para ver o que estava no meu caminho e vi o que eu menos esperava.
Um corpo humano com braços fortes e um abdômen duro, cabelos escuros e um par de olhos penetrantes que me desconcentrava.
Arregalhei os olhos e dei dos passos para trás, querendo ter o poder do Corey para ficar invisível. Jenna, o que ela está fazendo aqui?
— Você? De novo? Ah não!— falamos juntas.
Até me espantei com a telepatia.
Ela nem parecia a mesma, parece que dessa vez não ficou nem um pouco feliz em me ver.
Talvez já tenham contado para ela sobre o maldito casamento.
— Está me perseguindo? — perguntei de braços cruzados.
— Eu? Claro que não, tenho coisas mais interessantes para resolver.
— Tipo me perseguir? — revirou os olhos.
— Eu só vim comprar um terno. — contou.
— Jura? Pensei que era uma pizza. — debochei de sua cara.
Ela me encarou com tanta fúria que pensei que ia soltar fogo pelo olho.
— Ignorante, você devia aprender a ser mais educada com as pessoas.
Ela me chamou de antipática?
Eu posso ser tudo, menos antipática.
Ok, talvez nem tanto...
Mas quem ela pensa que é para falar assim de mim?
Quem falar minha noiva, morre.
— Sua arrombada, está me chamando de antipática? — eu estava com muita raiva porque a única pessoa que eu aceito que me chame de antipática é minha mãe, pois com ela eu sou antipática.
— Quem você pensa que é?
— Sua noiva. — sorriu sínico.
Metade da minha fúria passou e eu fiquei levemente desconcertada.
Isso mecheu comigo, para mim foi uma resposta para a dúvida que eu tinha.
Ela realmente gosta de mim.
E eu odiei ter a certeza disso.
Minha fúria voltou ao lembrar que eu iria ter que casar com ela, posicionei minhas mãos e inclinei meu corpo, já estava preparada para voar nela, mas o infeliz do meu irmão chegou e me segurou.
— O que está acontecendo? Nem casaram e já estão tendo uma dr? — ele tinha me puxado para trás, me segurando pela cintura.
Virei para encará-lo e quase meti um tapa na cara dele.
— Vai tomar no cu Kaique . — puxei a Isabel que estava do meu lado só obsevando tudo e caminhei com ela para o outro lado da loja.
[...]
Escolhemos o terno do Kaique e fomos embora daquele lugar as pressas, não queria correr o risco de trombar com a Jenna novamente.
Chamei um uber para levar a gente para casa pois tínhamos ficado a pé.
Passei o caminho todo em silêncio, só pensando que daqui umas semanas eu vou ter que casar com aquela garota.
A Isabel e o Kaique não pararam de fofocar, minha prima deve ser dona da gossip do dia pois não é possível essa garota saber de tantas fofocas do jeito que sabe.
Não demorou muito para chegar em casa e, assim que o carro parou, me despedi da Isabel e entrei em casa com meu irmão.
— Que bicho mordeu você? Passou o caminho todo em silêncio, nem me xingou.
— Só estou cansada, quero minha cama. — ele assentiu meio duvidoso, mas não perguntou mais nada
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comentem bastante
o próximo capítulo promete!!!
até o próximo capítulo
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Casamento arranjado - Jemma
RomanceEmma Myers, uma mulher com um padrão de vida alto, mas que não quer viver às custas dos pais para sempre. Ela só quer se formar e construir seu futuro sozinha, subindo cada degrau por mérito próprio. Mas parece que nada que ela deseja se tornará rea...