1.7 | Sua Noiva.

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Emma Myers

Já escolhemos o segundo vestido e o vestido de madrinha da Isabel.

Na verdade, quem escolheu foi minha mãe e a irmã, minha opinião e a da Isabel não tem muito valor não, a gente só veio mesmo para experimentar o vestido e vê se fica bom no corpo.

Agora estávamos indo até outra boutique para ver o terno do Kaique, ele estava reclamando mais do que eu reclamei.

Minha mãe e minha tia tinham ido embora, dona Nicole recebeu um ligação e depois disso, falou que tinha que resolver uma coisa muito importante.

Só está eu, a Isabel e o Kaique agora.

Mesmo meu irmão sendo um porre, é melhor aturar ele do que minha mãe e minha tia.

Entramos na tal boutique e um vendedora caminhou até nós com um sorriso no rosto.

— Olá, boa tarde, em que posso ajudar o casal? — demonstrou simpatia.

Ela estava achando que eu e o Kaique éramos um casal?

Só porque estávamos com os braços cruzados? eu em.

Me afastei do Kaique e encarei ela desacreditada.

— Ele é meu irmão. — disse.

— Assim, me desculpe. — pediu.

— Mas ele é o noivo?

Mulher enxerida!

— Eu? Não, cruzes. — respondeu o Kaique fazendo o sinal da cruz.

— Joga praga não moça. — ela riu, lançando um olhar sedutor para ele.

Ela está dando em cima do meu irmão, que safada!

— Então, em que posso ajudá-lo? — perguntou, ignorando eu e minha prima e só dando atenção para o Kaique.

— Vai ajudar só ele? E eu? — cruzei os braços, olhando para ela com as sobrancelhas erguidas.

— Ah me desculpe, mas aqui é uma loja que só vende ternos, ele é o único homem. — se explicou.

— Só por que somos mulheres significa que não queremos comprar um terno? — joguei, fazendo a mulher soltar uma risada de desespero.

Preconceituosa!

— Emma, você está deixando ela sem graça. Para com isso. — falou o Kaique e vi a moça suspirar aliviada.

— A culpa não é minha que essa mulher é uma baita preconceituosa. — dei de ombros caminhando até os ternos.

Agora eu faço questão de comprar um só para ela saber que mulheres também usam terno.

Caminhei até o outro lado da loja junto com a Isabel.

— Emma, você quase matou a mulher de vergonha, depois dessa ela nunca mais vai dar em cima de algum cliente.

— Quem mandou ela ser sem noção? Mulherzinha metida! — vasculhei os ternos e vi um terno que me deixou de cara.

— Isso está com cara de ciúmes. Nunca pensei que viria a Emma com ciúmes do irmão. — disse entre risos.

— Não estou com ciúmes do Kaique, só não gostei daquela moça. — peguei o terno e mostrei a minha prima.

— Que tal?

— É lindo, mas você vai levar um terno mesmo?

— Sim, para mostrar para ela que eu visto o que eu quiser.

— Empoderadíssima!

Me virei para ir atrás do meu irmão, afinal, precisava escolher o terno dele se não nossa mãe matava a gente.

Mas ao virar, bati contra alguma coisa um pouco grande e dura.

Olhei para ver o que estava no meu caminho e vi o que eu menos esperava.

Um corpo humano com braços fortes e um abdômen duro, cabelos escuros e um par de olhos penetrantes que me desconcentrava.

Arregalhei os olhos e dei dos passos para trás, querendo ter o poder do Corey para ficar invisível. Jenna, o que ela está fazendo aqui?

— Você? De novo? Ah não!— falamos juntas.

Até me espantei com a telepatia.

Ela nem parecia a mesma, parece que dessa vez não ficou nem um pouco feliz em me ver.

Talvez já tenham contado para ela sobre o maldito casamento.

— Está me perseguindo? — perguntei de braços cruzados.

— Eu? Claro que não, tenho coisas mais interessantes para resolver.

— Tipo me perseguir? — revirou os olhos.

— Eu só vim comprar um terno. — contou.

— Jura? Pensei que era uma pizza. — debochei de sua cara.

Ela me encarou com tanta fúria que pensei que ia soltar fogo pelo olho.

— Ignorante, você devia aprender a ser mais educada com as pessoas.

Ela me chamou de antipática?

Eu posso ser tudo, menos antipática.

Ok, talvez nem tanto...

Mas quem ela pensa que é para falar assim de mim?

Quem falar minha noiva, morre.

— Sua arrombada, está me chamando de antipática? — eu estava com muita raiva porque a única pessoa que eu aceito que me chame de antipática é minha mãe, pois com ela eu sou antipática.

— Quem você pensa que é?

— Sua noiva. — sorriu sínico.

Metade da minha fúria passou e eu fiquei levemente desconcertada.

Isso mecheu comigo, para mim foi uma resposta para a dúvida que eu tinha.

Ela realmente gosta de mim.

E eu odiei ter a certeza disso.

Minha fúria voltou ao lembrar que eu iria ter que casar com ela, posicionei minhas mãos e inclinei meu corpo, já estava preparada para voar nela, mas o infeliz do meu irmão chegou e me segurou.

— O que está acontecendo? Nem casaram e já estão tendo uma dr? — ele tinha me puxado para trás, me segurando pela cintura.

Virei para encará-lo e quase meti um tapa na cara dele.

— Vai tomar no cu Kaique . — puxei a Isabel que estava do meu lado só obsevando tudo e caminhei com ela para o outro lado da loja.

[...]

Escolhemos o terno do Kaique e fomos embora daquele lugar as pressas, não queria correr o risco de trombar com a Jenna novamente.

Chamei um uber para levar a gente para casa pois tínhamos ficado a pé.

Passei o caminho todo em silêncio, só pensando que daqui umas semanas eu vou ter que casar com aquela garota.

A Isabel e o Kaique não pararam de fofocar, minha prima deve ser dona da gossip do dia pois não é possível essa garota saber de tantas fofocas do jeito que sabe.

Não demorou muito para chegar em casa e, assim que o carro parou, me despedi da Isabel e entrei em casa com meu irmão.

— Que bicho mordeu você? Passou o caminho todo em silêncio, nem me xingou.

— Só estou cansada, quero minha cama. — ele assentiu meio duvidoso, mas não perguntou mais nada

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comentem bastante

o próximo capítulo promete!!!

até o próximo capítulo

Casamento arranjado - Jemma Onde histórias criam vida. Descubra agora