Emma Myers
-... Preciso que feche os olhos.
Devo confiar nela?
- Confia em mim, por favor. - pediu.
Revirei os olhos e fechei os olhos, me sentindo uma boba por ter concordado com isso.
Ela segurou na minha mão e me seguiu até uma escada.
Eu morrendo de medo de cair, subi degrau por degrau igual uma tartaruga.
Foram alguns minutos andando e quase caindo, porém, no final tudo deu certo.
Ela parou de me guiar e falou:
- Pode abrir.
Meio receosa mas muito curiosa, abri os olhos.
Dei um passo para trás assim que vi onde eu estava.
Aplausos ecoaram por todo o teatro e eu encarei a Jenna confusa.
Por que ela me trouxe aqui?
- Seus alunos estão esperando pela professora. - disse, sorrindo e me fazendo sorrir também.
Eu não acredito que ela fez isso.
Ela é maravilhosa!
- Eu... eu... meu Deus. - gaguejei, colocando a mão na boca e me segurando para não chorar.
- Jenna, muito obrigada! - pulei em seus braços, a abraçando.
Ela foi pega de surpresa e deu um passo para trás, mas assim que se equilibrou, devolveu o abraço.
- Não precisa agradecer, só estou devolvendo o que o casamento tirou de você. - disse toda tímida e com as bochechas vermelhas.
Achava confuso o fato dela ser tímida e ao mesmo tempo, despojada e brincalhona.
- Você tem uma ótima Esposa, Emma! -exclamou a Gabriela, que estava parada na minha frente.
- Então, você vai voltar a dar aulas para a gente Emma? - perguntou um dos alunos, vulgo aquele que eu beijei e minha mãe viu.
- Mas é claro. Com muita alegria, a resposta não poderia ser outra. - disse e abri um sorriso de orelha e orelha, não conseguindo encontrar minha alegria.
Não apenas pelo fato de voltar a dar aula, mas também por saber que a Jenna não é quem eu achava que era.
Ela é incrível!
E com certeza me fez muito feliz hoje.
Espero que nossa relação não mude.
[...]
- O que vamos fazer agora? - perguntei, assim que saímos do teatro.
- Bom, eu já tive muitas ideias hoje, agora é sua vez. - ela diz, pulando os últimos dois degraus.
- Ok, muito bem. - olhei em volta.
Estávamos na praça e aqui tem vários bares e restaurantes, pequenos locais agradáveis que podemos parar para comer alguma coisa.
- Que tal uma churrascaria?
- Ótima ideia. - disse, respirando aliviada.
- O que foi? - perguntei com curiosidade.
- Não, é que pensei que você iria escolher um desses restaurantes caros que um prato custa o olho da cara e ainda vem com um pingo de comida. - ri da cara que ela fez falando aquilo e dei um tapa de leve no seu braço.
- Acho que era mais fácil eu chamar você para ir num bar tomar uma pinga. - disse brincando.
- Eu não iria recusar. - admitiu e caímos na gargalhada, no meio da rua.
Em menos de seis minutos, já estávamos sentadas na churrascaria comendo e bebendo.
- Eu estava beijando o meu aluno e quando vi minha mãe estava em pé do lado da minha tia que estava desmaiada no chão. - contei para ela risadas altas ecoaram pela local.
Senti olhares sobre a nossa mesa e rapidamente, senti minhas bochechas ficarem vermelha e a vontade de rir aumenta ainda mais.
- Sua mãe deve ter surtado com você. - disse, bebendo a cerveja que tínhamos pedido.
- Bom, eu recebi um tapa na cara. - dei de ombros, dando um gole bem grande na minha cerveja.
- Ela bateu em você? Não acredito. Que baixa! - exclamou, parecendo está bem revoltada.
- Essa é minha mãe. - Aquele assunto estava me deixando desconfortável, eu não quero ficar falando da minha mãe.
- Mas me conta como que é lá no méxico, você já morou lá, deve ser incrível.
- Muito incrível, é um país maravilhoso. Cheio de atrativos e lugares esplêndidos. Foi uma experiência incrível, eu queria poder ter ficado mais, deixei muitas coisas para trás. - contou a Jenna, com uma expressão meio de tristeza e de... saudade?
- Tipo o que? - eu poderia está sendo um pouco intrometida, mas eu fiquei curiosa para saber o que ela deixou para trás.
- Ah, nada de mais. - murmurei um "a" abafado ao ouvir isso, acho que ela não quer me contar.
Me recostei na cadeira e bebi o restinho da minha cerveja, tentando ignorar o fato dela não querer contar para mim o que deixou para trás.
"O que será que é? Por que não pode me contar?"
Minha curiosidade não vai me deixar em paz.
- Podemos ir? Estou bem cansada. - perguntou ela, já pedindo a conta para o garçom.
Não diz e nem disse nada, só entreguei a ele uma nota de cinquenta e me retirei do local - sei lá se a conta tinha dado mais.
Sai do estabelecimento e fiquei esperando a Jenna do lado da moto dela.
Eu não sei o que deu em mim, não sei porque sai do restaurante daquele jeito, mas eu fiquei um pouco irritada por ela não querer me contar e ter pedido para ir embora tão de repente, parece que está escondido alguma coisa.
Não que eu me importe, mas pensei que estávamos tentando nos dar bem; virar amigas.
Vi ela se aproximar da moto e dei de costas para ela, olhando para a estrada.
- Aqui. - ela esticou o braço me entregando a nota de cinquenta reais.
- Era para pagar a conta com essa nota. - respondi, evitando contato visual.
- Eu paguei, pega seu dinheiro. - ela diz num tom tão firme, me fazendo revirar os olhos e pegar o dinheiro.
- Eu não preciso ser bancada por você. - fui clara, guardando o dinheiro e subindo na garupa da moto.
- Você não está sendo bancada por mim, só estou sendo cavalheira. Eu não me importo de pagar a conta, e eu fui um pouco grossa, queria me desculpar.
Não disse nada em relação a isso, só a ignorei e ela pilotou de volta para casa.
_______________________________voltei..... depois de algumas ameaças de morte
MAIS TA AI!só volto quando tiver 50 comentários,
beijokas da mah,
Até o próximo capítulo!
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Casamento arranjado - Jemma
RomanceEmma Myers, uma mulher com um padrão de vida alto, mas que não quer viver às custas dos pais para sempre. Ela só quer se formar e construir seu futuro sozinha, subindo cada degrau por mérito próprio. Mas parece que nada que ela deseja se tornará rea...