Emma Myers
— Posso entrar? — ouvir a Isabel perguntar depois de bater na porta e inclinar a cabeça para dentro do quarto.
Assenti.
Ela passou e logo fechou a porta atrás dela.
— Você estava chorando?
— O que? Não. Claro que não. — neguei apressadamente, enxugando minhas lágrimas e me recompondo.
Eu não faço a mínima ideia do porquê da minha reação emocional, não era para eu está chorando por uma coisa dessas, eu não tenho nada com a Jenna — não no sentindo amor.
Eu sei que ela disse que iria me respeitar e cumprir o papel de esposa, e sei que essa carta é da época que ela morava no México, mas será que ela não continuou mantendo contato com essa tal moça?
Será que ela a ama?
A Isabel deu um sorrisinho fraco e caminhou até a cama, se sentando na beirada da mesma.
— Você está gostando dela. — afirmou, certa de que sabe sobre os meus sentimentos a respeito da Jenna.
— Eu já disse que não estou. — neguei novamente, tentando convencer mais a mim mesma do que a ela.
Eu não posso está, é loucura demais.
Isso é só tristeza por ela ter escondido uma coisa dessas de mim, pensei que éramos amigas e amigas dividem esse tipo de coisa.
Talvez não para a esposa, mas a gente não se ama, não existe nada além de uma amizade que vem se erguendo em dia em dia.
— Você não está mentindo para mim e sim para você mesma. Não precisa esconder seus sentimentos de mim, eu te conheço perfeitamente bem e sei que você está confusa em relação a tudo isso que está acontecendo. Emma, a gente sempre conversou sobre tudo, nunca escondemos nada uma da outra e agora você vai fazer isso? Se abre comigo, eu não vou julgar você, só quero ajudá-la a entender esses sentimentos bagunçados aí. — apontou para o meu peito, me tirando um sorriso por conta de suas palavras gentis.
Eu quero me convencer que esses sentimentos são só de amizade e não passa disso, mas não consigo, aquela carta embaralhou tudo.
A Isabel tem razão, eu não preciso esconder meus sentimentos dela.
Dela não.
Tenho a absoluta certeza que ela vai me entender e irá me ajudar, mas eu não sei como começar a contar para ela, nem eu sei o que estou sentindo, como foi expressar isso em palavras?
— Eu não sei.... não sei o que estou sentindo. Não consigo entender e muito menos explicar. — resmungo baixinho, encarando os meus dedos.
— Tenta. Fala o que está sentindo. Fala sobre o que tinha naquela carta que você leu e te deixou tão triste ao ponto de chorar. Desabafa comigo. — pediu, colocando a mão sobre a minha e massageando o local.
— Era uma carta dela para uma garota. Uma mexicana. Elas estavam juntos, parece que ela ama ela. Ou amava, sei lá. — eu digo, confusa com minhas próprias palavras.
— Uma carta para uma garota? Namorada dela?— perguntou.
— Não sei, parece que sim. — não sabia responder essa pergunta, ela não disse especificamente o que aquela menina era dela.
— Ela disse que a amava muito e que em breve iria voltar para os braços dela.
Eu senti as lágrimas querendo descer novamente e me xinguei mentalmente por está tão frágil em relação algum tão bobo e sem nexo.
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Casamento arranjado - Jemma
RomanceEmma Myers, uma mulher com um padrão de vida alto, mas que não quer viver às custas dos pais para sempre. Ela só quer se formar e construir seu futuro sozinha, subindo cada degrau por mérito próprio. Mas parece que nada que ela deseja se tornará rea...