10.

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Pov. Draco.

Madame Pomfrey já havia feitos todos os exames, porém mesmo assim não me deixava sair da enfermaria.

Alegava que ainda tinha mais alguns para fazer.

— Madame Pomfrey...eu estou bem. A senhora já fez todos os exames necessários. Sabe que não há nada de errado.

— Sim, eu fiz os exames necessários, senhor Malfoy. Mas algo na sua magia não está certo.

— Bom, eu a sinto completamente normal.

— Mas, senhor Malfoy, isso é só aparente...

— Sim, sim, eu sei. — Digo, a interrompendo — Mas eu não aguento mais ficar aqui, ok? A senhora já fez todo o necessário, não tem por que eu ficar aqui, não é mesmo?

Eu me levanto, sem esperar uma resposta.

— Senhor Malfoy, por favor...

— Está tudo bem, eu juro.

Ela suspira enquanto eu limpo a sujeira invisível em minha roupa, logo me encaminhando até a porta.

Quando minha mão encosta na maçaneta, sinto uma dor latejante na minha cabeça, me forçando a fechar os olhos.

Tento os abrir novamente, percebendo que estou no chão da enfermaria.

— Senhor Malfoy! — Ouço a voz de Pomfrey ao longe.

Meus olhos pesam e não consigo os manter abertos.

De repente, tudo dói.

Eu me sinto gritar, mas não ouço a minha voz.

Meu peito dói como nunca doeu antes.

Eu sinto algo romper dentro de mim. Algo romper na minha magia.

A dor é tão dilacerante que minha cabeça parecia estar em guerra.

Memórias invadem minha mente, rompendo qualquer barreira que existia dentro de mim.

E então, quando meu corpo entra em espasmos, eu desmaio.

●●

— Draco.

— Sim, pai.

Meu pai era um homem muito forte. Eu ficava impressionado sempre que via ele.

Quando eu crescer, eu queria ser igualzinho a ele. Um homem forte. Do qual os outros tinham medo.

Meu pai era de quem as pessoas mais tinham medo.

O único que causava mais medo que ele era o seu amigo.

Meu pai o chamava de Lorde das Trevas.

Eu nunca o tinha conhecido, mas meu pai me contava histórias sobre ele. Histórias assustadoras.

Eu tentava parecer durão na frente do meu pai. Mas de noite, eu sempre ficava com medo de que esse amigo dele aparecesse e fizesse coisas ruins comigo.

Uma vez acabei não conseguindo me segurar e comecei a chorar na frente do meu pai.

Ele lançou uma maldição em mim. Uma das maldições imperdoáveis.

Não era a primeira vez, mas doeu tanto quanto.

Depois disso eu nunca mais chorei na frente dele.

Eu queria que ele soubesse que eu tinha aprendido a lição.

Quando chego até ele, me manda o seguir até o seu escritório.

Amor CortanteOnde histórias criam vida. Descubra agora