Pov. Remus.
25 de dezembro de 1977.
Já havia passado da meia noite e oficialmente era Natal.
Depois da ceia e da entrega dos presentes, eu, James, Sirius e Severus nos encontravámos no quarto de Prongs.
Em toda data comemorativa, os Marotos se juntava na casa de James.
Aniversários e feriados. Sempre lá.
Peter não veio esse ano por estar doente.
Esse também era o primeiro ano de Severus conosco.
Ele havia se tornado o mais novo integrante dos Marotos a menos de um ano.
Meu lobo ficava tão agitado perto dele.
Desde o primeiro dia em que o vi.
Mas eu não podia demonstrar nem dizer.
Antes, era porque meus amigos não gostavam nada dele.
Agora...
Agora era ainda pior.
— Que tal na próxima lua cheia, Severus fazer litros de Wolfsbane e então a gente dar tudo pra Moony e depois a gente sair por aí dizendo ser uma festa a fantasia? — A voz de Sirius se faz presente.
— O que? Tá ficando maluco? Ninguém vai fazer isso comigo!
— Seria muito maneiro! — James o segue.
— Santo Merlin.— Eu já previa que na próxima lua cheia ia precisar ficar com o olho aberto pra não sair por aí "fantasiado".
A conversa continua até chegar num assunto chato para mim.
Era fácil conversar com eles, mas não sobre isso.
— Moon, você tem que entender que uma hora ou outra vai precisar beijar na boca e fazer sexo. Só estou tentando te ajudar com isso.
Meu rosto pega fogo.
Sirius era sempre muito inconveniente com esse assunto.
Como se o fato de eu ser o único virgem do grupo, até Peter já tinha perdido a virgindade, fosse a pior coisa do mundo.
Não é como se Severus precisasse saber que nem sequer beijar na boca, eu sei.
Arregalo os olhos na direção de Sirius e o mesmo levanta os braços, como se estivesse se rendendo.
— Desculpa, desculpa. Foi mal...Mas eu não menti viu.
Suspiro e decido ir para outro lugar, odiava quando falavam sobre essa parte da minha vida.
Saio do quarto e desço as escadas, ao som do chamado deles.
Vou em direção ao jardim.
A família Potter tinha um jardim lindo, com flores em alguns lugares.
Era um ótimo lugar para se estar.
Acabo por me sentar na grama.
Quando olho para o céu, mal vejo lua.
Desaparecida do céu, me causa um calafrio.
Faltava poucos dias para a lua cheia.
Severus se senta ao meu lado de repente.
— Severus? O que faz aqui?

VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Cortante
Hayran KurguDepois da guerra, a vida, que deveria finalmente ter algum sentido, perde a importância. Mudanças acontecem, pessoas inesperadas se tornam uma parte essencial, memórias contraditórias se revelam. Diante da verdade exposta em suas mentes, o fim é ine...