Amor Cortante

15.

Pov. Harry.

Decido voltar a enfermaria no horário livre depois das aulas.

Assim que posso, distraio Rony e Hermione e rumo até lá.

Tento fazer silêncio ao entrar, mas mesmo assim Madame Pomfrey nota a minha presença no instante em que entro.

— Senhor Potter. O senhor não devia estar em aula?

— Estou no tempo livre, Madame Pomfrey. Posso ver Malfoy?

— Harry...

— Por favor. Juro que não irei incomodar.

— Tudo bem. Mas você tem apenas alguns minutos antes que eu o expulse daqui.

A agradeci e logo fui até a cama onde Malfoy estava.

As cortinas estavam fechadas, então abri de forma devagar, me preparando para qualquer coisa que eu fosse ver.

Porém Malfoy estava sentado em sua cama, aparentemente, brincando com seus dedos.

O faço notar minha presença, logo me aproximando.

— O que faz aqui, Potter?

— Eu...tava de passagem. Vim ver se você explodiu.

Ele não precisava saber que eu fiquei boa parte da madrugada e do dia de hoje preocupado com o seu bem-estar.

— Ah, sim...bom, eu explodi sim, na verdade.

Faço uma cara confusa e surpresa, ele parecia bem, não parecia alguém que havia explodido.

— Eu...não entendi.

Ele suspira e revira os olhos.

Que, aliás, estavam mais brilhantes hoje. Dava para ver um brilho a mais por trás dos olhos azuis acinzentados. 

Dava um ar muito bonito para o seu rosto.

— É claro que não entendeu. Pra começar, eu acabei derretendo uma das camas da enfermaria.

Arregalo meus olhos.

— Depois eu me senti ainda mais quente e então a Madame Pomfrey fez um escudo mágico a minha volta, segundo meu padrinho. E então eu explodi. Mas contrariando tudo, não foi um "explosão carnal", mas sim uma "explosão mágica". Severus falou que ia me explicar, porém até agora não voltou.

— Mas você está bem né?

— Está preocupado comigo, Potter?

Claro que sim.

— Não. Eu só...eu só quero saber. Nada demais, apenas curiosidade.

Que mentira esfarrapada.

— Sei. Eu estou bem.

— Então...sua magia foi contida?

— Bem, mas ou menos. Severus tentou a mandar para um objeto, mas não deu certo. Mas então eu pensei que fosse melhor eu mandar ela pra algum lugar, fazendo um feitiço. Meu padrinho me ajudou e deu tudo certo. Porém, parece ser temporariamente, já que eu ainda me sinto meio quente.

— Ah, então quer dizer que você ainda precisa liberar mais magia?

— É, basicamente.

— Entã-

— Mas é claro que eu não irei fazer isso tocando em você.

— Mas por que não?!

— Potter!