16.

72 6 5
                                    

Pov. Draco.

Mansão Malfoy. 7 anos. 1987.

— Draco, acorde ou você irá se atrasar. Seu pai não gosta de atrasos. — É a voz da minha mãe.

Eu me levanto contra minha vontade.

Hoje, era um dia especial. Dias especiais significam eu ir até o escritório do meu pai, tirar a camisa, me ajoelhar e sentir uma dor dilacerante nas minhas costas.

Como é um dia especial, eu também tenho que me vestir de forma especial.

Após o meu banho, minha mãe me ajuda a vestir a minha melhor roupa. Ela penteia meu cabelo, ao qual era da altura do ombro, e coloca meus sapatos.

Ela cuidava bem de mim. Quer dizer, ela fazia o mínimo que uma mãe devia fazer. No entanto, depois de um tempo, ela só passou a aceitar a forma que meu pai nos tratava. No fim, ela só cuidava dos meus ferimentos ao invés de tentar impedir.

Logo, estou totalmente arrumado. Eu desço para o jardim, onde seria nosso café da manhã de hoje. 

Antes mesmo de chegar até lá, avisto meus padrinhos Severus Snape e Regulos Black.

Eles eram muito chatos, mas comparados ao meu pai, eram dois anjos para mim.

Eu os comprimento e me assento a mesa junto de minha mãe.

— Então, Draco. Está pronto para passar o dia com seu padrinho preferido? — O Black fala. Eu realmente gostava muito dele.

— Sim senhor.

Na frente do meu pai, eu sempre tinha que responder com formalidade, não importava quem fosse, desde que tivesse uma autoridade no nosso meio.

Por um lado, eu amava esses dias com meus padrinhos. Eram cheios de compras, doces e diversão. Porém, quando eu chegava em casa, meu pai machucava minhas costas por duas horas para compensar, justamente porque sabia bem que eu ficava feliz de estar com eles.

No fim, toda diversão valia de nada.

--
Dias atuais.

Eu me sentia aliviado.

Era como se um peso tivesse sido tirado de mim.

Me sentia muito melhor do que eu estava antes.

Depois de muita luta Interna, eu abro meus olhos.

Pelo visto eu havia desmaiado.

Pelo que eu me lembre, foi apenas Potter me tocar e logo eu apaguei.

Pelo visto, tinha bastante magia acumulada dentro de mim, louca para ser liberada.

Eu estava tão feliz por ter me tornado, finalmente, amigo dele.

Não que isso viesse ao caso no momento.

Olho paro o lado e vejo o mesmo.

Seus olhos estavam fechados, em um sono profundo. Porém parecia atormentado.

Ouço passos a minha volta e logo Severus aparece em meu campo de visão.

Quando olha para meu rosto, arregala os olhos de maneira imperceptível.

— Draco...

Eu tento me sentar na cama.

— Padrinho. O que houve?

Madame Pomfrey e McGonagall se aproximam.

— Merlin, seus olhos! — Diz a enfermeira.

— O que tem meus olhos?

Amor CortanteOnde histórias criam vida. Descubra agora