Pov. Severus.
Escolhemos fazer o Draco permanecer na enfermaria por uns dias para avaliar o ocorrido.
Nesse meio tempo, eu pesquisei o máximo que consegui sobre tudo haver com compartilhamento de magia, principalmente quando envolve um sangue-puro.
Os resultados não eram muito agradáveis:
- Draco passaria a necessitar de Harry como um "depósito" de sua magia sempre que ela entrasse em um estado instável.
- Harry poderia absorver fisionomias de Draco como cor do cabelo, dos olhos, dons especiais herdados e etc.
- A magia de Draco permaneceria estável enquanto Harry estiver agindo como depósito.
- Harry entraria em colapso em pouco tempo, sobrecarregado de tanta magia dentro de si, podendo haver a quebra do núcleo mágico dele com isso.Após a minha aula para a tudo do oitavo ano, pedi que Harry permanecesse e expliquei tudo isso a ele.
— Ele vai se sentir aliviado quando me tocar então? — Foi a única dúvida dele.
— Hã...vai sim, Harry, mas o que estou dizendo é que você vai morrer caso você continue repetindo isso ao longo prazo.
— Ah, mas não tem problema. Foi eu que causei isso com Malfoy. E, caso eu esteja prestes a morrer, eu paro. Simples assim.
— Mas Harr-
— Sev, tá tudo bem, relaxa. Agora eu vou indo se não irei me atrasar.
E assim ele saiu da minha sala. E eu fiquei sem saber o que fazer.
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Pov. HarryAo passar dos dias, a magia de Malfoy chegou a se tornar até palpável dentro de mim. Eu sentia sensações, quase como sentimentos, que eu sabia que não eram minhas.
Eu também sentia um desejo gritante de vê-lo. Parecia a magia dele chamando por ele. Ou talvez fosse a minha.
Eu só sei que toda noite eu me encontrava na enfermaria. As vezes, ele estava dormindo e eu o observava. Em outras, ele estava acordado e tentávamos conversar quase sussurrando para que a Madame Pomfrey não nos ouvisse.
Parecíamos crianças armando planos infalíveis para fazer besteira.
A gente tentava não brigar, porém ainda éramos nós. Então, não era uma tarefa fácil. No entanto, a cada dia que passava, nossa magia queria se fundir cada vez mais.
— Por favor, só um toquezinho de dedo.— Pedi a ele em uma das noites em que fui vê-lo.
— Já falei que não Potter. Isso pode o levar a morte. Não vou me responsabilizar por matar você.
— Mas eu já falei que não vou morrer. Poxa, só um toquezinho, Malfoy...vai...
— Não, não e não.
— Ah, vai dizer que você não quer?
Seus braços estavam cruzados e ele tinha um olhar de quem não detinha mais argumentos.
Por fim, ele suspirou, descruzando os braços.
— Potter, por favor, eu sei que você é o "menino que sobreviveu" e tals, porém eu não me importo com isso. Você vai morrer e sabe disso, então se aquiete.
Me dou por vencido.
Convencer Malfoy a fazer algo que ele não quer com certeza está entre as 10 coisas mais difíceis de se fazer nessa vida.
— Poxa. É uma pena, sabia. Eu só queria experimentar aquela sensação de novo. Eu gostei dela.
— Eu também gostei, mas não farei novamente caso isso resulte em você deixar de existir.
— Nossa, Malfoy, eu não sabia que eu estar vivo era tão importante para você.
Eu disse em um tom bem provocativo. Ver seu rosto se tornar de um tom avermelhado com certeza valeu a pena.
Ouvimos um som ao que parece a Madame Pomfrey acordando e rapidamente vou para debaixo da capa de invisibilidade. Enquanto isso, Malfoy se enrola e finge dormir.
Ao momento certo, saio da enfermeira e rumo até meu dormitório.
É um caminho sem transtorno e chego em minha cama em segurança. O ronco de Rony se faz ouvir desde o lado de fora, como de costume.
Eu me deito em minha cama, com a forma como Malfoy se preocupa com a minha vida em mente. Por fim, quando fecho meus olhos, só consigo pensar nos dele.
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Amor Cortante
FanfictionDepois da guerra, a vida, que deveria finalmente ter algum sentido, perde a importância. Mudanças acontecem, pessoas inesperadas se tornam uma parte essencial, memórias contraditórias se revelam. Diante da verdade exposta em suas mentes, o fim é ine...