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- Eles chegaram Z, anda! - deu-me a mão e começou a correr comigo.

Ainda olhei para trás, sorrindo triunfante para Chandler, que me respondeu com um sorriso igual, vindo atrás de nós também.

Esquecendo toda a febre que tinha, corri com eles, saindo do pavilhão. Ao dirigir-me ao portão, as minhas lágrimas de alegria escorriam pelo meu rosto. No entanto, quando os vi, estaquei.

A minha felicidade desmoronou-se. Ao meio.

Só estavam ali o meu irmão e Murphy.

O que é que tinha acontecido a Luke e Michael?

Corri para o meu irmão e dei-lhe um enorme abraço. Ashton elevou-me no ar e deu-me um beijo na cabeça, muito rígido.

- Não devias estar cá fora princesa.

-  Mano, onde estão eles?

Ele olhou-me nos olhos e verifiquei uma tristeza profunda.

- Eles...

- Mano, diz-me. Eles morreram?! - as minhas lágrimas de alegria depressa se transformaram em grossas lágrimas de tristeza.

- N-não sei mana. - Ashton também já se encontrava a chorar.

- Como assim, como?! - comecei a entrar em pânico, enterrando a cara no seu peito.

- Nós fomos à farmácia e ficámos encurralados no andar de cima, então tivemos de dormir no telhado... Quando saímos, já de manhã, decidimos aventurar-nos um pouco mais pela cidade, pois mais tarde ou mais cedo iríamos precisar de mais coisas, e então decidimos separar-nos. Combinámos uma hora para estarmos de novo perto da porta da mercearia e... Eles não apareceram.

- Mas isso não significa que estivessem mortos, certo? - perguntou Chandler, com a voz um pouco sumida.

- Não puto, eles são fortes, duvido que se deixem morrer do nada. Além disso, têm-se um ao outro, portanto têm o dobro dos olhos, das mãos e das pernas. Eles vão estar bem quando aqui chegarem, aposto convosco. - Murphy, parecendo ter muita calma, respondeu a Chandler.

Suspirei, tristemente.

- Mas vá, agora vens para o sítio onde estavas a dormir para tomares os comprimidos. Fui eu que trouxe a tua caixa, portanto tens sorte.

- Obrigado mano... - fomos os dois.

Quando me deitei de novo, olhei para Ashton.

- Isto tudo foi por minha causa...

- Não sejas tonta! A culpa não foi tua. Todos concordámos em ir buscar mais coisas que nos fossem úteis a todos, não achas?

- Sim mano mas...

- Mas nada, tu precisavas assim como nós poderemos precisar. Além disso, precisávamos também de comida, papel higiénico, água... Portanto a culpa não foi tua, tudo o que aconteceu era preciso acontecer.

- E agora mano, o que vamos fazer?

- Temos de ficar à espera que eles voltem...

- Não podemos ir esperá-los mano? Por favor?

- Não mana, é muito perigoso... Além disso eles sabem o caminho e quando puderem vão voltar para cá, aposto.

- Está bem mano, mas não vou descansar até os ver aqui comigo...

- Ai vais vais, que esse comprimido faz sono. - ele sorriu-me tristemente.

*****

Calum

Long Way Home (parada)Onde histórias criam vida. Descubra agora