Jay - 19/07/2020 (eu a matei...?)

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Caminhava em direção ao escritório do meu pai quando percebi alguém parado na frente da porta, passando algo pela pequena fresta. Esperei pacientemente até que saísse, correndo para abrir a porta, pois acreditava que meu pai não estava presente.

— O que está fazendo aqui? — Perguntou meu pai com a expressão fechada.

— Nada, só pegando este papel que caiu — respondi, fingindo que o papel havia caído no chão.

— O que é isso? — Indagou meu pai, erguendo um pouco a cabeça para tentar enxergar, mesmo sabendo que não conseguiria, dado que estava do outro lado da sala.

— É um relatório que eu estava elaborando para outro setor. Acabou caindo e entrando aqui enquanto eu passava.

Então, meu pai dirigiu-se a Jihye, que eu não tinha notado estava na sala.

— Senhorita Jihye, onde estávamos?

— O senhor estava me perguntando como conheci seu filho — ela respondeu com um sorriso meigo, denotando um certo nervosismo.

— Pai!! — Exclamei desesperado, temendo que ela não conseguisse manter a mentira.

— Foi porque sou amiga de um amigo dele. Estava na casa desse amigo um dia, e ele chamou o Jay e alguns outros meninos e meninas para fazer uma festa, só isso, senhor — explicou Jihye, mantendo o sorriso encantador.

— Mas vocês não... né? — Meu pai perguntou, levantando uma sobrancelha com um sorriso brincalhão.

— Bom, Pai, a Jihye já pegou o que precisava, né? Preciso falar a sós com o senhor — interrompi antes que a situação ficasse mais complicada. Vi meu pai voltar o olhar para mim, mas enquanto nossos olhos se encontravam, o sorriso dele desapareceu. Jihye pegou o que meu pai estava entregando e saiu educadamente da sala, certificando-me de que ela realmente saiu. Comecei a falar mais alto com meu pai.

— Pai??? Que ideia foi essa de perguntar se a gente fez algo??? Estou tentando ter uma amizade com ela e você, com isso, não dá, né?

— Primeiro, na empresa, não sou seu pai, mas sim seu superior. Perguntei brincando e nem cheguei a terminar minha frase. Sim, eu passei dos limites, mas você também passou nesse exato momento. Se não quiser que aconteça com ela o que aconteceu com a JinYoung, então é bom você tomar cuidado com isso de se aproximar — ele disse sério e indicou que eu saísse.

— Aquilo não foi minha culpa! — Exclamei pela milésima vez desde que Jinyoung tirou a própria vida. — Eu estava tentando ajudar ela o tempo todo.

•°•°•°•°•°•°•°• continua •°•°•°•°•°•°•°•

O filho do meu chefe (Que Também é Meu Chefe) - Jay Enhypen Onde histórias criam vida. Descubra agora