Dormi com um homem e acordei com outro.

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Acordei na manhã de domingo com a luz entrando pela parede de vidro do quarto. Minha casa é praticamente toda de vidro, e por incrível que pareça eu adoro quando a luz do sol vem me acordar. Senti um calor no meu rosto. E abri os olhos mas não mexi mais parte nenhuma do meu corpo. Um perfume diferente entrou pelas minhas narinas, me fazendo querer buscá-lo na minha memória, e eu cheguei a um lugar inesperado: O baile nota sete. Mais exatamente nos braços de um certo cretino de olhos azuis. Mas também me lembrei que saí de lá com o JP, e que ontem dormi quando ele fazia uma massagem em mim para passar minha dor de cabeça, massagem essa muito eficaz. O perfume de JP é forte e marcante, como é francês claro o perfume dele não podia ser menos do quê inebriante mas o dele era mais parecido com couro seco. Este perfume também era forte e inebriante, mas era amadeirado, nada enjoativo, tinha cheiro de homem, e não parecia exatamente um perfume, era pouco e parecia estar bem distribuído como um shampoo ou uma loção quase um cheiro próprio. Me virei dando de cara com Sykles, dormindo tranquilamente ao meu lado de cueca. Como esse homem entrou aqui? Saí da cama, ok eu ainda estava com a minha camisola. Fui em busca de JP pela casa inteira o que levou um certo tempo, já que a minha casa é enorme. Não adianta ter dinheiro e não ter uma casa legal, mas agora estava começando a me arrepender disso. JP não estava aqui, liguei para o seu celular e ele não atendeu, caiu logo na caixa de mensagem.

"Jean, me liga assim que ouvir esse recado."

Falei indo em direção a cozinha pegar um pouco de água, eu não estava brincando quando eu disse que a casa era grande, tinha pelo menos 13 suítes além da minha, fora sala de dança, sala de jogos, escritório, sala de jantar, cozinha, sala de estar e a sala de segurança. Mas espera aí eu deixei aquele filho da puta dormindo confortavelmente na minha cama, e ainda nem sei como ele entrou aqui. Disparei para o quarto embora não tenha precisado chegar lá para encontrá-lo. Ele estava parado no portal da sala de jantar. Dei um grito de susto.

-Calma, sou só eu.

Ele disse tranquilo.

-E o que você está fazendo aqui? Hãn?

Perguntei cruzando os braços sob o peito.

-É... eu...

Como assim? De repente ele não sabe o que dizer?

-Fala Nathan!

-Eu entrei ontem a noite, queria surpreender você. Mas ai, eu vi você dormindo bem tranquila e resolvi me juntar a você. A propósito sua cama é ótima.

-Você é um grandessíssimo filho da...

-Olha.

Repreendeu-me, respirei fundo e revirei os olhos.

-O que está fazendo aqui?

-Já disse.

-Você não está aqui por isso. Que inferno! Nos conhecemos na sexta e você já está enfiado na minha casa. Hoje é apenas domingo!

Gritei.

-Calma. Eu tenho que admitir que você me surpreendeu, pesquisando minha vida, aquela reunião sobre o processo e...

-Aquela reunião não era com você. Era com o chefe de publicidade. Você não deveria estar lá, muito menos aqui.

-Easy, eu quero me desculpar.

-Pelo quê? Por invadir a minha casa, por me dar sete, por me machucar, ou por me tratar como uma puta de beira de calçada?

Ele pareceu chocado e começou a recuar.

-Eu te machuquei?

Perguntou meio nervoso, me arrependi de ter dito isso, estou claramente fora de controle.

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