Olhos de fúria e de raiva

59 3 0
                                    

ANTES DE DEIXAR O CAPÍTULO PRA VCS QUERO AVISAR QUE ESTOU ADIANTANDO 4 CAPÍTULOS PQ NÃO VOU PODER POSTAR MAIS ATÉ ENTRAR DE FÉRIAS. e TAMBÉM PQ QUERO ACABAR LOGO ESSE PRIMEIRO LIVRO. TÊM UMA CONTINUAÇÃO. JÁ TENHO UM TÍTULO E UMA MÚSICA PRO BOOK TRAILER MAS ISSO É ASSUNTO PRA MAIS TARDE. SEM MAIS, BOA LEITURA.

Seus olhos me penetravam, eram de fúria e de raiva, passavam de Sade para mim e de mim para Sade continuamente.

-O que pensa que está fazendo?

Quebrei o silêncio.

-Vim buscar o que é meu.

Afirmou irredutível.

-E o que é? Bebidas?

Provoquei.

-Você, e eu não saio daqui sem a minha mulher.

Enlouqueceu, só pode.

-E quem disse que eu quero?

-Você não tem o que querer.

Afirmou pegando nos meus braços e levando um chute nos países baixos. Caiu no chão gemendo.

-Sade por quê deixou ele entrar?

-Eu não deixei, ele invadiu. Acha que eu ia fazer isso com você?

-Não. Tire ele daqui.

Ordenei mas antes que algo pudesse se cumprir, ele já estava de pé, e como um homem das cavernas faria, me puxou e me pós no ombro.

-Agora eu vou embora, e é melhor você não intervir porque ela pode cair.

Eu estava sobre os ombros dele, pernas para um lado, cabeça para o outro, costelas doloridas e acho que até um pedreiro carregaria um saco de cimento melhor que Nathan me carregando. Câmeras filmavam a cena patética e eu nem gritava a fim de evitar um escândalo ainda maior. Ele me colocou dentro de uma caminhonete entrando pela porta traseira, fechou a porta logo em seguida.

-Vamos Gabriel.

E o carro arrancou. Ele se voltou pra mim que estava apoiada no banco do jeito que ele me largou, mas uma tristeza, uma vergonha e uma raiva enorme me tomavam juntamente com o sentimento de impotência diante das vontades dele. Meus olhos se encheram de lágrimas e minha garganta tinha um nó.

-Não se preocupe. Não vou te machucar.

Tentou amenizar o estrago mas era tarde.

-Já machucou. Não me toque, ou quebro seu pescoço.

Falei me recolhendo ao outro lado do carro.

-Você mudará de ideia.

Falou ficando no seu canto, no lado oposto ao meu. Passou a olhar através da janela e eu só conseguia chorar. Não tinha ideia do que fazer, nem se quer do que ele tinha em mente. O que quer que fosse, não me interessava, eu não queria. Esperaria até Sade descobrir onde eu estava com a ajuda da minha equipe e da dele. Meu corpo esfriou, estava começando a ficar com frio e minha roupa nada coberta, e o ar condicionado do carro me deixavam ainda pior. Minha cabeça estava doendo e ainda nem eram nove horas. Dormi depois de chorar alguns minutos.

Acordei devagar e preguiçosa e logo me lembrei que não estava em casa, o ambiente parecia um hotel mas não sabia nem de longe onde estava. Olhei pela janela e nevava fortemente lá fora. Com certeza o suficiente para que ninguém voasse. Levantei da cama, não estava mais de botas, mas ainda estava de blusa e de short. Nathan entrou com uma bandeja com salada de frutas, chocolate quente e torradas mas o cheiro do perfume dele me deixou enjoada, corri à procura de um banheiro e assim que achei fui direto pra pia mesmo. Comecei a vomitar e meus lábios ficaram brancos. Tentei respirar mas um Nathan preocupado entrou no banheiro piorando a minha situação, vomitei ainda mais.

Happy HoursOnde histórias criam vida. Descubra agora