Happy Hours

Ponto final

Acordei com um cheiro forte invadindo minhas narinas, parecia formol. JP estava com um frasco aberto nas mãos de onde vinha o cheiro. Nathan estava sentado na poltrona com as pernas cruzadas e uma das mãos apoiando o queixo afilado, parecia irritado e perdido no tempo.

-Meu apartamento.

Falei levantando e pondo a mão na minha cabeça que latejou com o movimento.

-Eu sei. Sade me ligou. Não houve feridos.

JP tratou de me tranquilizar, o que era um trabalho inútil pois a distância de Nathan estava me trazendo ainda mais raiva. Além de ter perdido o meu apartamento, havia dois processos contra mim, além da minha ferrari batida, de repente eu estava com um grande problema e sem possibilidade nenhuma de corrigi-los graças a Nathan, já que tudo está acontecendo em Nova York e eu estava do outro lado do país.

-Eu preciso ir pra casa.

Falei diretamente para Jean, já que Nathan estava claramente me ignorando.

-Não aconselho E. Tem uma tempestade lá fora e você tenho certeza que não vai querer colocar sua vida em risco agora.

-Eu tenho que ver o que está acontecendo. Preciso resolver isso.

Estava sentindo meu corpo ferver.

-Mas não dá pra ser agora. Se acalme, faça uma chamada de vídeo para Sade e peça informações. Depois tome um chá de camomila e durma.

Que porra é essa?

-Que chá o quê? Eu preciso ir pra lá.-Eu já estava puta.- Se você quer que eu durma, por que não me dá um calmante?

Jean Paul parou por um minuto e ficou calado apenas me olhando, minha mente raciocinava a mil até que eu entendi o motivo de não poder tomar remédios químicos. Uma enorme vontade de chorar me tomou e comecei a tremer, tudo fazia sentido e minha situação tinha acabado de piorar ainda mais. JP me abraçou quando viu que meus joelhos fraquejavam e lágrimas rolavam rosto abaixo.

Nathan olhava para nós só que dessa vez com uma expressão de confusão estampada no rosto. Eu não parava de chorar e nem queria parar. Minha força tinha acabado de me deixar e eu agora tinha mais um motivo pra lutar por todo o meu patrimônio. Um filho. JP não tinha deixado claro, talvez por não querer que a surpresa me escapasse. Procurei me lembrar da minha última menstruação e tinha vindo a um pouco mais de um mês. Eu precisava de força maior do que dispunha para vencer as batalhas travadas.

- Eu não posso fazer isso. Não dá, não tem força.

Sussurrei.

-Vai sim, é a mulher mais forte que conheço, é competente e perfeitamente capaz de fazer isso. -Suas palavras traziam um pouco de paz para mim, mas não segurança. -Eu só queria que o sortudo fosse eu, e não esse imbécile.

Sussurrou de volta. Eu não sorri. A minha situação estava deliberadamente complicada.

O chá de camomila chegou e eu bebi como se minha vida dependesse dele, Jean Paul se manteve ao meu lado enquanto Nathan bancava o idiota e se mantinha afastado.

- Vous devez rester calme, mais vous pouvez perdre le bébé. Taisez ou vous vous sentirez vraiment la peau l'effet du stress. Buvez beaucoup de liquides, manger six fois par jour et continuer avec le exercices, take it easy. Et dites à votre situation afin de Marcelo, alors il a mis une limite hard, après toute bosse peut provoquer un avortement. Évitez de porter des talons hauts, vous sera fatigués plus vite. Appelez votre médecin que vous avez indiquée et faire le test de sang pour prouver, si je ne doute pas. Lancer la période prénatale et le mettre sur la liste la plus importante. pour l'instant voilà tout.