Reencontro

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-Você mora por aqui? -O pergunto. -Te vi saindo de um carro. -Continuo, saindo do carro e segurando a porta aberta, me molhando com a chuva.

-Você vai mesmo falar comigo molhando, na chuva? -Axl pergunta, rindo.

   Eu rio e entro no carro, com o cabelo e a roupa molhados, e fecho a porta. O olho nos olhos, esperando ele responder.

-A banda passa uns dias aqui as vezes, especialmente quando a gente tá fazendo álbum novo. -Ele responde.

-E vocês tão fazendo álbum novo? -Pergunto, com um certo tom de ironia na minha voz, como se eu tivesse brincando com a cara dele.

-Sim. -Ele responde, rindo, com um tom irônico.

   Ele pega um pedaço de papel e começa a anotar alguma coisa. Depois, ele me entrega o papel.

-Aqui. -Ele fala. Tinha dois números de telefone no papel. Em baixo do primeiro, tinha escrito um "casa da banda" e no segundo, "minha casa".

   Eu olho pra cima, sorrindo.

-Pra que isso? -Pergunto.

-Se você quiser sair um dia... -Ele fala, com um sorriso enorme.

   Eu tento esconder um sorriso, que some no momento que eu lembro que eu tava falando com William.

-É melhor eu ir... -Falo, abrindo a porta. -Valeu pela carona. -Grito, do lado de fora, antes de bater a porta e atravessar a rua. Eu entro no hotel pingando. Olho pros papéis que ele me deu, pego o com o endereço da irmã dele e vou em direção ao elevador. Quando o elevador chega lá em baixo, eu abro o carro e entro. Não sei por que eu tinha levado as chaves, mas eu tinha levado. Eu fico olhando pro nada, sentada no banco do motorista por uns segundos antes de ligar o carro e sair do estacionamento. Eu não sabia onde ficava aquela rua, mas alguém na cidade tinha que saber. Enquanto eu rodava no estacionamento, eu começo a pensar no por que William tinha me dado o endereço da irmã dele. Não faz sentido. Ele daria a localização da irmã dele pra uma estranha? Ele nem perguntou meu nome! 

   Depois de dirigir por um tempo, eu finalmente acho uma pessoa na rua. Eu paro o carro e pergunto onde fica a rua do papel. Eu tento absorver as informações, mas pelo o que eu entendi não ia demorar muito pra chegar. Eu tento fazer o que a pessoa mandou, e eu chego na rua. Era a casa 603, e eu ando lentamente com o carro olhando os números das casas dos dois lados da rua. A casa dela ficava na outra esquina. Eu paro o carro na primeira vaga que eu vejo, que não era muito longe, e corro em direção a casa. A chuva tinha ficado mais forte.

   Eu paro em frente a porta da casa dela, e respiro fundo antes de tocar a campainha. Eu espero por o que pareceu uma eternidade, e escuto alguém destrancar a porta do outro lado. Eu prendo a respiração.

   Uma figura de cabelos ruivos abre a porta,  olhando pra mim.

-Amy Rose mora aqui? -Pergunto, a ansiedade perceptível em minha voz.

   A mulher me olha antes de responder.

-Eu sou a Amy Rose. -Ela reponde, ne olhando nos olhos.

   Meus olhos se iluminam com a resposta, e eu corro e a abraço, entrando dentro da casa dela. Eu podia sentir que ela não esperava, porque ninguém espera ser abraçado por um estranho, mas ela retribuiu o abraço.

-Você precisa de alguma coisa? -Ela pergunta, se afastando, com a roupa molhada por causa do abraço.

-Desculpa. -Falo, saindo de dentro da casa dela, afastando do abraço. Ela me olha. -Liv. Liv Watson. -Eu falo meu nome, e era como se os olhos dela brilhassem.

✩ Not Bad↣ Axl RoseOnde histórias criam vida. Descubra agora