capítulo 30

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Eu sei que vocês são inteligentes e vão entender o que tá acontecendo no final 🤝

Rebecca

O primeiro soco furioso quebrou seu nariz. Ele nem mesmo sabia de onde eu vim. Eu o peguei desprevenido nos banheiros, quando não havia ninguém. Ele recuou como um rato preso em um esgoto, escondendo-se em sua caverna de sujeira.

- Se levanta. - Ele se fez de surdo ao meu pedido. Agarrei-o pela camisa e levantei-o batendo-o contra a parede com um brinquedo quebrado. Cravei minhas unhas em seu pescoço, ele me empurrou, mas meu chute em sua virilha foi mais rápido. - Como você se sente quando te batem!? HUMI!? - eu chutei seu quadril que o derrubou no chão quase sem fôlego. A raiva corria em minhas veias.

Subi em cima dele e comecei a bater em seu rosto com socos certeiros, direto na boca, que começava a sangrar profusamente.

- Você gosta de levar uma surra!? - meu punho bateu forte contra sua orelha, contra seu olho, várias vezes.

Levantei começando a chutar suas pernas, pulei no joelho dele, a ponta do meu sapato acertou seu abdômen, e por fim dei um chute na cara dele, mesmo assim ele tentou se levantar, mas eu não deixei. Eu o levantei com um punhado, dando uma cabeçada em seu rosto já desfragmentado e coberto de sangue.

- Já sabe o que eu posso fazer. Se você se atrever a tocar em mais alguém, eu juro que...

- O quê? - ele cuspiu com uma voz seca e rouca, quase inaudível.

- Que volto para fazer isso de novo, e ainda pior. Te incomoda que sua namorada esteja morrendo de vontade de me foder, não é? - soltei uma risada maliciosa. Ele se virou e eu o joguei contra a parede novamente. - Sabe de uma coisa? Tua namorada me beijou, me beijou enquanto estava nua, Luis. - aproximei-me de seu rosto, cuspindo aquelas palavras com o maior prazer que já senti em dizer algo. - E ela me disse que estava apaixonada por mim há muito tempo. Como você se sente ao saber que enquanto ela estava transando com você, ela estava pensando em mim? Como você sente que quando te chupava, ela tinha nojo? Ou que quando você metia nela, ela não sentiu nada? -  eu ri, balançando a cabeça.

- CALA A BOCA. - ele gritou comigo tentando se desvencilhar, mas meu soco no estômago foi o suficiente para ele cair no chão.

- Por enquanto, vou fazer você ser expulso da escola.

Afastei ele para longe de mim com um chute e enfiei a mão embaixo da torneira que Luis havia deixado aberta, limpando o sangue de minhas mãos e rosto enquanto ele se revirava e gemia no chão.

Saí de lá tranquilamente.

{-}

- Como ela está? - pelo que me contaram, o rosto de Freen estava péssimo. Os olhos inchados e roxos, sua aparência física estava terrível. Assim como eu estava quando Luis me atacou daquele jeito. Filho da puta. Fiz aquela vingança que eu tanto queria com as minhas próprias mãos.

- Bem, ela está bem. Está sedada porque sente muita dor, mas também não disseram muita coisa. Só... deram calmantes para a dor. - sentei-me em uma das cadeiras do corredor, cobrindo o rosto com as mãos. Eu ainda estava tremendo de nervosa por ter esmagado a cara daquele desgraçado, mas não me arrependi de nada.

- E se ela está bem... por que não podemos ir para casa? - olhei para Alejandro, que estremeceu e deu de ombros.

- Eu não sei.

Franzi o cenho.

- Posso entrar para vê-la? - Alejandro assentiu e deixei minha jaqueta na cadeira caminhando em direção à porta. Abri sem fazer barulho, embora ela também não me ouvisse.

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