nove

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Ao final do domingo, Léo Mana manda mensagem, me convidando para uma resenha em sua casa. Pondero por alguns minutos antes de responder que iria.

Me arrumo, colocando um vestido preto coladinho e um nike no pé, passo perfume e pego as chaves do carro, seguindo em direção a casa de Léo.

Ao chegar no local, sou recebida pelo anfitrião, que me abraça assim que me vê. Cumprimento os meninos na área externa e, quando meus olhos encontram Kayke, me aproximo devagar, sentando ao seu lado nos bancos próximos a enorme piscina.

– Oi.

– Oi.

Ótimo, seu tom seco ainda está presente e me faz querer bater nele.

– O que você tem? Está nesse mau humor desde antes do jogo, achei que melhoraria com a vitória.

– Não tenho nada, Maria Luiza - Responde, bufando.

– Kayke, será que dá pra você olhar pra mim enquanto eu to falando? Meu deus, cara, eu não te fiz nada pra você me tratar assim.

– Acho melhor você sentar lá do outro lado, seu namorado não vai gostar de te ver perto de mim.

Olho pra ele confusa.

Que namorado? Ele acha que fiz ele de amante?

– Tá ficando maluco? Que namorado?

– O Caetano, ué - Finalmente seus olhos encontraram os meus, brilhando em raiva pura - Ou você acha que eu não vi vocês cheios de abraços e amor pra cá e pra lá na Arena? Tudo bem, Maria Luiza, você não me deve nada mas esperava que você fosse minimamente decente e falasse pra mim antes que eu percebesse sozinho.

Kayke despeja as palavras em mim e sai, pisando forte enquanto caminha até o banheiro. Fico perplexa, tentando entender o que acabou de acontecer, mas não demoro a levantar e segui-lo até o final do corredor, entrando no banheiro com o garoto antes que ele pudesse fechar a porta.

– O que foi isso? - Questiono irritada.

– Eu é que te pergunto, quando ia me contar que vocês voltaram? - O garoto cruza os braços, a expressão de poucos amigos.

– Kayke, de onde você tirou isso? Eu não voltei com ninguém!

– Eu não gosto de ser feito de otário, Maria Luiza.

– Eu não sei o que você viu ou ouviu, mas eu juro que você teve a pior interpretação possível - Me aproximo.

– Porque é que ele estava te tocando, então? - Questiona, ainda bravo.

Gargalho, incapaz de acreditar que todo seu mau humor não passa de uma crise de ciúmes por algo que ele próprio inventou.

– Não acredito que você está com ciúmes.

– Não é ciúmes! - Bufa.

Me aproximo mais, empurrando-o até que ele esteja sentado no vaso sanitário, e eu, de pé entre suas pernas. Seguro o rosto de Kayke, me aproximando de seu ouvido para sussurrar.

– Relaxa, eu te prometo que não estou com mais ninguém e que nesse momento só tem uma pessoa que eu quero beijar e ele está na minha frente agora.

Beijo seu pescoço, sentindo seu corpo amolecer diante dos meus lábios.

– Você é minha então? - Sua voz rouca me arrepia.

– Neste momento? Toda sua.

Suas mãos sobem, fazendo com que meus joelhos se dobrem assim que ele me coloca sentada em seu colo. Só então, Kayke avança na minha boca, me dando um beijo intenso.

A atmosfera no banheiro torna-se carregada de desejo e tensão, enquanto os lábios de Kayke exploram os meus com fome. Suas mãos percorrem meu corpo, despertando sensações eletrizantes que fazem meu coração acelerar.

Os minutos parecem voar enquanto nos entregamos ao momento, esquecendo temporariamente de qualquer problema ou mal-entendido. Somos apenas nós dois, conectados por um desejo mútuo.

– Kayke, nós vamos pedir lanche, cê vai querer? - Ouço a voz de Higor do outro lado da porta e fico imóvel.

Kayke, pelo contrário, só usa isso como motivação para continuar a subir a mão por dentro do meu vestido, acariciando o interior da minha coxa de forma articulada e perigosa.

– Quero sim, irmão - Responde, os olhos fixos aos meus enquanto sobe ainda mais a mão.

– Beleza, a Malu quer também? - Higor pergunta e o garoto abaixo de mim ri baixinho.

– Sim, ela quer sim.

Kayke responde por mim pois estou muito ocupada revezando entre morrer de vergonha ou morrer de tesão assim que seus dedos me tocam por cima da calcinha. Escondo meu rosto em seu pescoço, ofegante enquanto ele me acaricia.

– Fechou, vê se terminam logo seja lá o que vocês estiverem fazendo aí porque os meninos estão começando a reparar que os dois sumiram ao mesmo tempo e eu sou péssimo mentiroso - Diz, por fim, indo embora.

– Kayke, a gente precisa sair - Falo, sem saber ao certo se é isso que quero.

– Só saio daqui quando você gozar.

Ele beija minha boca de novo, fazendo com que eu engolisse o gemido. Seus dedos habilidosos afastam minha calcinha, me tocando com mais intensidade.

– Porra..  - Fico sem ar, começando a sentir minha visão escurecer pelo orgasmo iminente.

– Anda logo, Malu, você não quer que nossos colegas lá fora saibam disso aqui né?

Reviro os olhos quando ele me invade com dois dedos sem aviso prévio. A sensação de perigo e prazer se misturam e mal consigo lembrar meu nome ou o porque entrei aqui para começo de conversa.

Sinto-me envolvida por ele, por suas mãos que exploram meu corpo com uma mistura de carinho e luxúria. Cada vez que nossos olhares se encontram, é como se estivéssemos compartilhando um segredo sujo que só nós dois conhecemos.

E então, num ápice de êxtase, o prazer toma conta de mim, me fazendo arquear as costas e soltar um gemido abafado. Kayke sorri triunfante, como se fosse o único responsável por me fazer sentir dessa maneira.

– Boa garota - Ele retira seus dedos de mim, chupando-os em seguida.

Ele. chupa. os. dedos.

Com meu gosto neles.

Quase posso sentir outro orgasmo se aproximando somente pela imagem sensual à minha frente. Me levanto, as pernas totalmente bambas e tenho certeza que se não fosse pela mão de Kayke segurando minha cintura, eu com certeza desabaria no chão como uma peça de lego.

Saímos de fininho do banheiro, nos separando assim que chegamos ao final do corredor, Kayke sai na frente, adentrando o local onde todos os nossos amigos estão antes de mim. Espero alguns segundos antes de finalmente sair e, assim que coloco meus pés na área da piscina, Isabella me puxa pela mão.

– Anda, pode ir me explicando porque vocês dois sumiram por 20 minutos e voltaram com essa cara de pós sexo como se ninguém fosse perceber.

Olho para a garota com cara de culpa, sabendo que ela não deixaria eu escapar do assunto tão cedo.









NA:

vocês pedem e eu obedeço! um cap curtinho cheio de pouca vergonha bem clima de carnaval (e comemoração de 1K!!! ebaa)

esses dois disfarçam tão bem que eu fico até chocada

depois da meia noite pode, né? 👀

espero que gostem dos mimos :)

PILANTRA - Kayke FerrariOnde histórias criam vida. Descubra agora