PILANTRA - Kayke Ferrari

dez

Na segunda pós jogo estamos finalmente de folga. Decido que passar o dia cuidando de mim mesma é uma boa ideia para recuperar minhas forças e refletir sobre os últimos dias.

Levanto da cama e tomo café da manhã lentamente, coisa que nunca acontece no meu dia a dia. Tomo um banho longo e relaxante, lavo e hidrato meu cabelo, esfolio a pele e faço depilação completa.
Após o banho, decido dar uma atenção especial ao meu corpo. Coloco minha música favorita, acendo algumas velas perfumadas e começo uma sessão de alongamento para relaxar os músculos e aliviar qualquer tensão acumulada. Cada movimento é feito com calma e consciência, permitindo que eu me conecte comigo mesma e com as sensações do momento presente.

Depois do alongamento, decidi fazer uma sessão de meditação. Sento-me em um lugar confortável, fecho os olhos e foco minha atenção na minha respiração. A cada inspiração e expiração, sinto-me mais presente e tranquila, deixando de lado preocupações e pensamentos desnecessários.

Ao final do dia, sinto-me renovada e revigorada. Aprendi a importância de cuidar de mim mesma e de reservar momentos de descanso e autocuidado, para que eu possa ser a melhor versão de mim mesma em todas as áreas da minha vida.

Estou assistindo Harry Potter quando ouço o interfone tocar. Estranho, quase ninguém vem na minha casa, ainda mais sem avisar.

– Alô? - Atendo.

– Oi dona Maria Luiza, boa tarde! Tem um rapaz aqui querendo te ver, eu falei que a senhora não gosta de visitas mas ele insiste em subir.

– Ele disse o nome dele, seu Carlos? - Questiono intrigada.

– Disse que é Kayke, do trabalho.

– Deixa subir.

Sorrio com a visita inesperada, pensando no que o trouxe até aqui. Alguns minutos se passam até que eu ouça a batida na porta, abro a mesma, vendo a figura sorridente de Kayke a minha frente.

– Oi.

– Oi, Kayke.

– Gostei do pijama - Ri.

Arregalo os olhos ao lembrar que ainda estou usando meu pijaminha de abacate.

– Entra logo antes que eu feche essa porta na sua cara.

O garoto obedece, indo direto ao sofá e se jogando no mesmo. Coloco as mãos na cintura, indignada com sua ousadia.

– Te ofereci foi um jantar e não um banquete, seu folgado - Reclamo, me jogando ao seu lado.

Kayke ri da minha resposta e se endireita no sofá, olhando para mim com um sorriso brincalhão.

– Eu estava passando perto do seu prédio e pensei em te fazer uma surpresa.

Reviro os olhos de forma teatral, mas não posso negar que estou curiosa para saber o que o trouxe até aqui.

– E qual é a surpresa? - Pergunto, com um sorriso de leve curiosidade se formando nos meus lábios.

Ele aponta as duas mãos pra si mesmo.

– Eu sou a surpresa. Tem algo melhor?

– Olha, eu posso pensar em pelo menos cinco coisas melhores neste momento - Sorrio sacana.

O garoto alcança uma das almofadas do sofá, batendo com a mesma na minha cara.

– Ai! - Reclamo - Vou te expulsar da minha casa.

Kayke levanta as mãos em rendição, mas seus olhos brilham com diversão.

– Foi mal, Maluzinha, não resisti à oportunidade de te provocar um pouco.

Reviro os olhos novamente, mas não consigo conter um sorriso.

– Você é insuportável.

Ele sorri e depois fica sério por um momento, olhando para mim com sinceridade.

– Desculpa vir sem avisar, é que eu precisava falar com você e lembrei que não tenho seu número.

– O que você precisa? - Pergunto franzindo o cenho.

– Não deveria ter te cobrado do jeito que eu fiz ontem, sinto muito por isso.

– Tá tudo bem, Kayke - Afirmo.

– É sério, você não me deve satisfações, eu forcei a barra e… - Ele mal consegue terminar a frase porque selo seus lábios nos meus, impedindo que o garoto pedisse mais desculpas.

– Já te disse que tá tudo bem - Olho em seus olhos, segurando seu rosto - Acredita em mim.

Kayke fica alguns segundos em silêncio, encarando meus olhos com um brilho no olhar. Mas não demora muito para que ele avance sobre meus lábios novamente, segurando firme meu rosto como se a qualquer momento eu pudesse fugir pra bem longe.

– Não quero aquele cara falando contigo - Ele diz entre os beijos.

– Ele é seu amigo - Ofego.

– Ele é meu colega de equipe - Kayke corrige - E se ele chegar perto da minha mulher de novo eu vou encher a cara dele de porrada.

Paro, focando em sua expressão para ver se há alguma brincadeira em sua fala. Mas Kayke parece falar sério.

Me afasto.

– Não pode bater em qualquer homem que chegar perto de mim.

– Não é em qualquer homem, é em homens que já tocaram em você - Dá de ombros.

– Kayke, eu tô falando sério! - Dou um tapa em seu braço.

– E eu também ué.

– Cala a boca.

Ele me puxa, me colocando em seu colo como um bebê. Sua mão vai para meu pescoço, apertando de leve enquanto ele sussurra no meu ouvido:

– Você não precisa de mais ninguém.

– Mas e se eu quiser ficar com algum outro jogador do time? - Questiono travessa.

Kayke imediatamente afasta suas mãos de mim, cruzando os braços em seguida.

– Você quer é?

– Ah, agora acho que não - Respondo - Mas o Higor é um gatinho.

– Nossa, Maria Luiza, logo meu parceiro,  mano, ta viajando - Reclama, me empurrando de seu colo.

Gargalho alto.

– Eu to brincando cara, calma.

O garoto resmunga algo inaudível, batendo na minha coxa em sinal de punição. Ao notar o filme em pause na televisão, Kayke me pede pra ficar e assistir comigo. Concordo, falando que pediria algo para que jantemos. Assim, então, de barriga cheia e aconchegada nos braços do jogador, adormeço no sofá da sala, me sentindo confortável como há tempos não sentia.

NA:

cap fofinho p vcs pq nem só de agarração vive a autora né

ih gente, sei não ein, kayke ta mt ciumentinho pra quem nao tem compromisso, malu vai cortar as asinhas dele jajá 👀