dezoito

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Acordo com os braços de Kayke ao meu redor, sorrindo ao notar nossas mãos entrelaçadas. Pego meu celular, verificando as horas.

6h40.

Mais que no horário de acordar.

– Kayke, a gente vai se atrasar - Sussurro.

– Ah não, só mais um pouquinho - Resmunga.

– Tô falando sério cara, a gente deveria ter levantado há 10 minutos atrás.

Tento sair de seu agarre e falho miseravelmente. Seus braços me puxam pra si, minhas costas grudam em seu peito e seu rosto se ajeita na curva do meu pescoço.

– Mais 5 minutinhos não vai mudar nada, amor.

Sorrio. Ele acabou de me chamar de amor?

– O que você falou?

– Que 5 minutinhos não vão fazer diferença.

– Não, isso eu entendi - Me viro pra ele - Do que você me chamou?

Kayke sorri envergonhado.

– Você me chamou de amor - Afirmo balançando a cabeça.

– Saiu sem querer - Ele fecha os olhos, o sorriso ainda estampado no rosto enquanto ele se vira para o teto.

– Mentiroso!

Subo em seu colo, beijando seus lábios em seguida.

O beijo se prolonga por alguns instantes, nossos lábios se movendo suavemente um contra o outro. Kayke desliza as mãos pelas minhas costas, apertando minha bunda com força e trazendo-me mais perto, e eu posso sentir o calor do seu corpo contra o meu.

Quando finalmente nos separamos, nossos olhos se encontram, e vejo o brilho divertido nos olhos dele.

– Vou te chamar assim mais vezes se essa for minha recompensa sempre - ele diz, com um sorriso travesso nos lábios.

Eu rio, acariciando seu rosto com carinho.

– Eu posso me dispor a isso - respondo, sentindo-me completamente rendida pelo seu charme.

Nosso momento é interrompido pelo som insistente do despertador, nos lembrando da realidade do dia de trabalho árduo que nos aguarda. Suspiramos juntos, relutantes em sair da cama, mas sabendo que se demorássemos mais um pouquinho, Mano Menezes em pessoa esperaria calmamente pra gritar conosco no CT.

Kayke levanta da cama, puxando-me pelos pés até a beirada da mesma. Me levantei preguiçosamente, dando um gritinho de susto quando ele me agarra pela cintura, me jogando por cima do ombro.

– Me coloca no chão - Resmungo entre risadas.

– Nós vamos tomar banho.

– Eu não vou tomar banho com você, Kayke.

Ele me coloca no chão do banheiro, fechando a cara para o que acabei de dizer.

– Eu já te vi pelada antes.

– Foram outras circunstâncias!

– Se eu já transei com você, qual o problema de tomar banho juntos?

– É completamente diferente - Argumento.

– O tempo que você ta ai tentando se convencer disso já poderia ter tomado seu banho - Ele diz enquanto tira as roupas, sem se importar em ficar pelado na minha frente.

Mordo os lábios com a visão.

Ótimo, agora eu passaria o dia todo com vontade de sentar na cara dele.

PILANTRA - Kayke FerrariOnde histórias criam vida. Descubra agora