O Corinthians venceu o Santos por 4x1 com direito a hat trick do Romero e gol de letra do Yuri. Não preciso nem dizer que isso estendeu nossa estadia no litoral por mais uma noite, né?
Ao sairmos da Vila Belmiro, decidimos comemorar a vitória em uma boate privada de frente para a praia. Fomos para o hotel nos arrumar e dei graças a deus por minha fiel escudeira ser, também, uma fiel escudeira do namorado e acompanhá-lo em todos os jogos. Apesar de estar no time há anos e já ter me acostumado a ser a única mulher da equipe, às vezes era bom ter alguém como eu neste lugar, mesmo que Isabella não trabalhe para o time.
Chegando à boate privada, o clima de celebração estava contagiante. O som pulsante da música misturava-se com o barulho das ondas quebrando na praia. Enquanto observava os sorrisos e abraços dos jogadores, percebi o quão importante era para eles essa vitória, não apenas pelo resultado em campo, mas pelo espírito de união e camaradagem que ela representava.
Não penso duas vezes antes de andar até o bar, pedindo uma caipirinha de frutas vermelhas. O que acontece em Santos, fica em Santos, né?
Viro o copo de uma vez, pedindo ao barman por outra.
– Ta animada, Malu? - Higor se aproxima, perguntando em meu ouvido.
Me arrepio, o álcool queimando por dentro.
– Decidi que quero beber até minha mente virar geleia - Rio - Quer também?
– Acho que ser jogador não me permite transformar meu cérebro em geleia - Ele levanta a garrafa de cerveja em sua mão.
– Que chato - Resmungo.
Minha segunda caipirinha chega e agradeço ao barman com um sorriso.
– Sabe…. - Higor começa - Tava pensando aqui, cê num ta afim de me usar de novo não?
Gargalho.
Adoro a ousadia desse garoto.
– Com você pedindo com todo esse jeitinho? Com certeza - Respondo.
Sua mão me puxa pela nuca, colando nossos lábios em um beijo intenso. Colo minhas mãos em seu rosto, me aproximando mais em busca de contato.
A sensação de seus lábios contra os meus era uma mistura de desejo e excitação que percorria todo o meu corpo. As mãos de Higor exploravam suavemente meu corpo enquanto eu me entregava ao momento.
O som pulsante da música parecia ecoar dentro de mim, sincronizando-se com as batidas aceleradas do meu coração. A atmosfera da boate, com suas luzes coloridas e o cheiro de sal do mar, deixavam a situação ainda mais excitante.
E quando finalmente nos separamos, os olhos de Higor encontraram os meus, faiscando em desejo.
– Vai voltar pro hotel comigo mais tarde? - Ele pergunta, seus lábios colados em meu ouvido.
– Hmmm, com certeza - Me afasto, indo para a pista de dança com meu copo em mãos.
Danço pelo que parece ser horas, bebo mais dois drinks e já posso sentir o álcool começando a fazer efeito. Quando sinto necessidade de fazer xixi, ando até o banheiro da boate, ouvindo uma das minhas músicas preferidas começar a soar no alto falante do local.
Pilantra, do Jão, ecoa alto enquanto lavo as mãos.
Saio do banheiro trombando com alguém, a pessoa me segura, impedindo que eu vá de encontro ao chão.
– Meu deus, Maria Luiza, parece um furacão - Kayke reclama.
Percebo o quanto ele fica bonito sombreado pelas luzes coloridas do ambiente escuro.
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PILANTRA - Kayke Ferrari
Fiksi Penggemaronde Maria Luiza finalmente conquista seu tão sonhado contrato profissional com seu time de coração e onde Kayke se torna seu maior tormento.