Um garoto medroso que se assusta até mesmo com o vento acaba no covil da maior máfia do Japão: A Yakuza. O líder do local acaba simpatizando com ele e isso desperta o ódio de algumas pessoas que ali mandavam. Será que Jeongin tem alguma chance contr...
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Passaram-se algumas horas em que eu estava deitado, olhando para o teto de cimento e pensando sobre minha própria vida.
Aquele lugar era pequeno e já estava me causando um pouco de claustrofobia... Além de uma falta de ar agonizante.
De repente, a porta se abriu de novo. Eu me assustei com a presença que adentrou meu quarto.
Era o mesmo rapaz de antes... E ele estava acompanhado de dois homens tatuados e mal-encarados.
- O que está acontecendo? - Perguntei confuso, encarando os guardas assustadoramente gigantescos.
- Não queria respostas para as suas milhares de perguntas? Terá todas as respostas que quiser. Iremos te levar até Hirai e poderá saber tudo que deseja - O rapaz soou sério em suas palavras.
Eu intercalei os olhares entre os homens tatuados na minha frente, que me olhavam como se me devorassem com aqueles olhos... Um deles tinha os olhos totalmente negros... Ele tatuou os olhos...?
- E é necessário mesmo que esses... Caras me arrastem até lá? - Eu perguntei, apontando para os homens.
- Precisamos ter certeza que a carga não fuja. - Ele foi assertivo, dando uma ordem para os gigantes.
Cada um pegou um braço, levantando-me sem nenhuma dificuldade. Perguntei para mim mesmo se era eu leve demais ou eles que eram fortes demais...
Eles me levaram para fora daquele cubículo minúsculo que eu estava instalado, revelando um corredor enorme, lotado de portas com números. O numero da minha porta era 01, o mesmo numero em meu braço. Eu era realmente uma carga humana.
Por onde eu andava, eu pensava que devia estar em um local muito precário, porque tudo era tão feio? Pareciam que não limpavam aquilo há anos... Os ratos caminhavam entre meus pés, despertando feições de nojo em meu rosto.
Conforme andávamos, eu percebia o quanto o corredor era imenso e parecia que ficava maior a cada passo que dávamos. Se eu corresse àquele corredor uma vez por dia, poderia perder até uns quilos.
Após muitos minutos andando, chegamos há uma escada de pedra, que levava a algum local de paredes pretas. Era uma espécie de saguão, com outros 10 guardas parados. Todos tatuados e mal-encarados.
Haviam 5 elevadores naquele saguão. Um guarda vigiava a entrada de cada um deles. O rapaz que me guiava escolheu o segundo da direita para a esquerda. Assim que entramos, percebi a quantidade de botões que haviam ali. Aquele prédio era tão enorme assim?
Ele apertou em algum deles e o elevador começou a subir. Fiquei apreensivo em conhecer o tal "chefe" deles. Se os guardas tatuados eram enormes e assustadores, imagina o chefe deles. Deve ser o mais assustador de todos. Se eu falar algo de errado, ele pode cortar a minha cabeça fora.
As portas do elevador se abriram, mostrando um cenário completamente diferente do corredor imundo do subsolo. Havia um corredor limpíssimo que exalava cheiro de desinfetante de lavanda. Parecia mais um corredor de hospital.
Porém, havia algo que eu notei enquanto andávamos pelo corredor cheiroso... As placas das portas estavam escritas em uma língua desconhecida para mim... Além dos funcionários também falarem em outra língua... Eu estava em outro país...
Minhas mãos começaram a suar e meu corpo se arrepiou. Eu respirei fundo, tentando ao máximo me sentir um ser humano racional e pensar lucidamente...
"Eu vou morrer".
- Chegamos. - O rapaz disse, despertando de meus pensamentos.
Eu estava tão absorto no medo que já tinha um testamento por escrito detalhado na minha cabeça... Pensava em deixar tudo para a gata do meu amigo... Ela me compreendia melhor do que muitos humanos.
- Chegamos... Chegamos? - Eu perguntei, parecendo ainda mais nervoso.
- Não se preocupe. Se você pensar bem em suas palavras, talvez não se machuque.
Talvez...?
As portas de madeira se abriram, adentrando a um quarto enorme. Haviam sofás de veludo vermelho nas laterais, com almofadas douradas em cada um deles. As paredes eram pretas, com quadros famosos pendurados, como: O Grito, Monalisa, Os Girassóis...
E uma mesa de escritório bem no centro, logo a frente de uma enorme janela que dava vista à cidade inteira. Uma poltrona virada para a vista estava ali, sem que eu pudesse ver nem mesmo a nuca do chefe.
- Hirai-Sama, trouxemos a encomenda que causou o transtorno no navio de carga, como pediu. - O rapaz falou, curvando levemente seu corpo para frente.
Eu podia sentir uma gota de suor escorrendo do meu couro cabeludo até minhas têmporas... Que transtorno eu havia causado no navio...? Não me lembrava de nada desde que eu saí do trabalho em Busan.
- Senhor... E-Eu não sei de transtorno nenhum. - Eu não consegui manter minha boca fechada, e me xinguei internamente por isso.
A cadeira giratória se virou na minha direção.
- Senhor?
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