Prólogo
A dor invadia meu corpo. Sentia como se estivesse em milhões de pedaços.
Eu não sabia onde eu estava e nem o porquê de estar ali. Eu não conseguia enxergar nada além de uma repleta escuridão, além de sons de gemidos dolorosos e lamúria.
Eu tinha sido sequestrado?
De repente, uma dor fulminante atingiu meu braço, como se estivesse sendo perfurado. Eu torci meu corpo de dor, sentindo um grito visceral escapar.
— O que?! Ele está acordando? – Uma voz do meu lado soou baixa, porém audível – Que merda de anestesia barata você usou?!
— Desculpa, irei aumentar a dose. – Outra voz, feminina, soou do outro lado, ainda mais baixa.
De repente, a dor foi diminuindo e meus olhos pesaram. Eu senti que meu cérebro estava adormecendo. Eles estavam me dopando...?
E de repente, apaguei.
...
Hyunjin adentrou a sala cuidadosamente, sentindo o frio do ar condicionado gelar seus ossos. Seu chefe estava sentado sobre a cadeira, juntamente com dois ministros.
O chefe girava um cigarro aceso entre os dedos indicador e médio, com um sorriso de canto, enquanto ouvia todas as baboseiras que seus ministros diziam. Sua expressão não escondia o quão cansada estava daquilo tudo.
— Boa noite, chefe. Por que me chamou aqui? – Hyunjin curvou-se rapidamente, parecendo mais apreensivo do que o comum.
— Não seria hoje que minha carga iria chegar? – Perguntou, soprando fumaça após tragar o cigarro.
— Não há noticias sobre a carga ainda... – Hyunjin sentiu uma gota de suor escorrendo de sua nuca – Pelo visto... Houve um imprevisto com um dos pacotes...
— Como é? – A voz trovejante do chefe urrou, tomando a atenção dos ministros.
— Eu não sei o que aconteceu... Mas, foi notificado que uma das cargas foi detida na Coreia. – Hyunjin tentou evitar contato visual com seu superior, com medo de sua ira sobrepujar sua fidelidade.
— Minha nossa... É impressionante como eles não conseguem fazer nada direito... – Um suspiro arrastado soou na sala e o chefe tragou mais uma – Quanto tempo mais terei de esperar?
— Provavelmente uma semana. – Hyunjin deu um prazo – Mas, pode demorar mais ou menos... É incerto.
— Argh... Tudo bem... Está liberado, Hwang.
Hyunjin se curvou e deu as costas, saindo da sala.
O ar que estava preso nos pulmões de Hwang escapou em uma sensação de alivio. Sempre que ele encontrava com seu superior, o medo tomava seu corpo, e ele nem sabia o porquê de sentir tanto temor.
Hyunjin foi em direção à cafeteria da empresa, sentando-se sobre uma das banquetas do balcão, apoiando o cotovelo no balcão.
— Como foi? – Soyeon olhou para Hyunjin, colocando um cappuccino numa caneca branca.
— Soyeon? Está fazendo o que aqui? – Hyunjin se surpreendeu com a presença de Soyeon na cafeteria, sendo que ela era superior a ele.
— Shuhua está doente... Ela pediu que eu ficasse no lugar dela aqui embaixo... Não consigo negar nada a ela. – Ela pôs um pouquinho de leite quente na xícara, aproximando a xícara de Hyunjin – Não me respondeu, Hwang. O que Hirai queria?
— Queria saber sobre o novo navio de cargas... Houve um imprevisto com uma das encomendas e vai demorar... O chefe tá revoltado. – Hyunjin tomou a xícara em mãos, soprando a fumacinha que saía do líquido e tomando um gole.
— Impressionante como tudo tem que ser na hora dele... – Soyeon balançou a cabeça – Mais encomendas da Coreia?
— Correto. A ideia de exportar encomendas da China e da Tailândia foi descartada. A Coreia foi à única que funcionou até então... – Hyunjin balançou a cabeça.
— E por que ela fez essa encomenda? Estamos no final do ano... Geralmente, as encomendas são feitas no inicio do ano ou até na metade. – Soyeon perguntou, apoiando os cotovelos no balcão.
— Pelo que eu sei... Estamos nas portas de uma... Guerra. – Hyunjin sussurrou.
— O que?! – Soyeon exclamou, ainda que sussurrando.
— Ouvi os guardas conversando ontem... Pelo visto, Hirai está com problemas para lidar com Suzuki. – Hyunjin tomou mais um gole do café – Mas, não deixe com que isso se espalhe. Hirai vai pendurar minha cabeça num poste se sonhar que isso circulou por minha causa.
— Não se preocupe, Hwang. Minha boca é um túmulo. – Soyeon piscou para ele – Eu me impressiono por não saber isso... Afinal, sou uma Shigiin... Era para eu ter conhecimento disso...
— Eu não sei, Soyeon... – Hyunjin suspirou – Espero que seja mentira e só mais uma fofoca...
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Cannibal - Stray Kids & Twice
AçãoUm garoto medroso que se assusta até mesmo com o vento acaba no covil da maior máfia do Japão: A Yakuza. O líder do local acaba simpatizando com ele e isso desperta o ódio de algumas pessoas que ali mandavam. Será que Jeongin tem alguma chance contr...