Um garoto medroso que se assusta até mesmo com o vento acaba no covil da maior máfia do Japão: A Yakuza. O líder do local acaba simpatizando com ele e isso desperta o ódio de algumas pessoas que ali mandavam. Será que Jeongin tem alguma chance contr...
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Sentado em minha cama, com Haru com o focinho deitado em minha coxa... Minha mente ainda rodava em looping àquela cena de mais cedo...
Um monge, o pai adotivo de Hirai-Sama... Morto pela própria filha adotiva por pedido dele?
Em menos de duas semanas que eu estava naquela máfia, já havia presenciado dois assassinatos. Em breve, eu estaria cometendo um assassinato ou eu seria o morto...
E isso me assustava muito.
Em meio aos meus pensamentos, o celular apita uma notificação. Eu me inclinei até o criado-mudo para pegá-lo. A mensagem era de Sana.
"Yang-San, Hirai-Sama está mandando que você traga o Haru até o dormitório dela na ala A".
Eu suspirei. Não podia deixar meus pensamentos saírem de dentro da minha cabeça.
A única coisa que eu não queria fazer naquele momento era ver o rosto da Hirai-Sama, sem imaginar que ela poderia me degolar a qualquer instante.
Aquela mulher era o motivo dos meus pesadelos.
Eu cutuquei levemente o Haru para que ele levantasse da minha coxa, o que ele fez rapidamente. Até aquele cachorro que era tão próximo de Hirai-Sama parecia morrer de medo dela. Porque ele sempre vinha atrás de mim no primeiro instante sem hesitar.
Eu peguei a guia que também estava em meu criado-mudo e coloquei em sua coleira, andando pelo corredor até o quarto dela. Nunca tinha entrado ali e aquele dia era um péssimo momento para isso.
Eu suspirei e bati na porta dela duas vezes, esperando que ela abrisse.
Assim que ela abriu, pude vê-la usando um roupão de cetim rosa e o cabelo preso numa trança. Seus olhos pareciam inchados, como se estivesse chorando.
— Veio até rápido. – Ela disse, abaixando-se para fazer carinho no Haru.
— Eu vim assim que recebi a mensagem de Sana. – Eu disse, evitando contato visual com ela.
— Haru está gostando bem mais da sua companhia. Ele nunca gostou de mais ninguém além de mim. O que fez para conseguir isso? – Ela perguntou, enquanto alisava a orelha dele.
"Talvez eu não tenha matado ninguém".
— Não sei. Ele só gosta de mim. – Eu respondi falsamente, não querendo deixar meus pensamentos esvaírem.
— Você é um garoto de ouro... Talvez seja por isso que ele goste de você. – Ela se levantou, olhando para mim – Entre.
Eu arregalei os olhos com sua fala, engolindo em seco. Ela estava... Dizendo para eu adentrar o quarto dela?
