Um garoto medroso que se assusta até mesmo com o vento acaba no covil da maior máfia do Japão: A Yakuza. O líder do local acaba simpatizando com ele e isso desperta o ódio de algumas pessoas que ali mandavam. Será que Jeongin tem alguma chance contr...
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No dia seguinte a reunião de urgência, eu estava novamente no escritório de Hirai-Sama, cumprindo minhas obrigações de limpeza.
Ela estava resolvendo algumas coisas em seu computador, batendo as unhas na mesa e tremendo a perna... Ela estava agoniada e isso deixava o ar ainda mais pesado.
O barulho de suas unhas foi quebrado pelo choramingo de Haru. Hirai-Sama pouco se importou com o barulho, já eu fiquei um pouco incomodado. Porém, continuei a limpar a mesa que estava limpando.
Depois de um tempo, o choramingo do cachorro ficou mais alto, testando a pouca paciência de Hirai-Sama.
— Que droga! O que esse cachorro quer?! – Ela se irritou, afastando-se da mesa.
— Será que ele não está com fome? – Eu perguntei, visto que vi o potinho de ração vazio desde mais cedo.
— Ah... – Ela suspirou, escondendo o rosto nas mãos – Eu esqueci completamente... Estou avoada desde ontem... Pode por a ração dele para mim, Yang-Kun?
— Claro. – Eu sorri, colocando o pano e o spray de produto de limpeza em cima da mesa. – Vem cá, Haru – Eu dei dois tapinhas na minha coxa, para chamar a atenção dele.
Haru levantou as orelhas e se virou na minha direção. Ele correu na minha direção, apoiando as duas patas no meu abdômen. Eu acarinhei levemente sua cabeça, sorrindo.
Eu e ele havíamos adquirido uma relação saudável. Ele já não rosnava quando eu passava e até deixava eu fazer carinho nele. Até que ele não era tão assustador quanto Hyunjin e Soyeon fizeram parecer.
Eu fui até o quartinho que ficava do lado do escritório, onde ficavam os produtos de limpeza e a ração do Haru. Haru me acompanhou para lá dentro, e a porta fechou sozinha atrás de mim.
— Vejamos... – Eu passei meus olhos pela prateleira, procurando a ração de Haru – Não tem nenhuma aberta? Terei que abrir outra pra você, grandão.
O cachorro soltou um latido, como se me respondesse. Eu dei um riso e peguei um saco lacrado que estava na prateleira, pondo-o no chão para abri-lo com mais facilidade.
Porém, de repente, Haru ergueu as orelhas e parou de abanar o rabo, como se tivesse ficado alerta. Ele olhou em direção à porta, soltando um grunhido. Eu franzi a testa, confuso por esta atitude estranha de Haru.
— O que foi, garoto? – Eu perguntei, levantando-me do chão e indo em direção da porta.
Percebi que havia uma voz masculina na sala e que estava conversando com Hirai-Sama. Haru percebeu a presença de alguém incomum no escritório, por isso tinha ficado alerta.
Eu peguei na maçaneta com cuidado, girando-a silenciosamente, abrindo uma fresta na porta para tentar espiar quem estava ali.
Meu coração errou as batidas assim que percebi que quem estava ali era Kaito, o homem da reunião de ontem.
