Capítulo 01: ITAMI

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Capítulo 01: ITAMI

Acordei com um feixe luminoso ferindo meus olhos

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Acordei com um feixe luminoso ferindo meus olhos. Eu senti que não via a claridade há muito tempo e por isso, meus olhos ardiam tanto. Protegi minha visão com meu antebraço, erguendo meu torso para tentar me localizar.

Mesmo com a visão comprometida, eu percebi que estava em um quarto... Cinza. Onde só havia uma cama e um vaso sanitário.

— Onde eu estou? – Foi tudo que minha boca conseguiu pronunciar após, provavelmente, horas desacordado.

Olhei para trás e avistei uma janela. Pensei que poderia quebra-la para fugir. Então, me levantei e a senti. Era de vidro... Mas, parecia forte demais para quebrar.

Subi em cima da cama e chutei o vidro. E como imaginei, nem fez barulho. Era um vidro laminado. Impossível quebrar.

Eu tinha sido sequestrado e aparentemente estava com a memória comprometia, pois nem conseguia me lembrar onde estava quando o rapto aconteceu.

Fui até a porta, feita de titânio, e bati algumas vezes.

— Ei! Tem alguém aí?! – Eu gritei, rezando internamente para que alguma alma boa me escutasse.

Mas... Se eu tinha sido sequestrado... Almas boas não deveriam existir naquele lugar...

O som da tranca foi audível e eu me afastei da porta, vendo-a se abrir, revelando um homem alto que usava um terno preto muito bem passado e tinha os cabelos loiros, penteados para trás. Usava um óculos também.

— Bom vê-lo acordado. – Ele pronunciou, sorridente.

— Q-Quem é você? Onde estou? – Eu dei mais um passo para trás, analisando o homem.

Ele parecia ser do tipo frágil e não estava armado... Como que aquilo conseguiu me sequestrar?

— Guarde suas perguntas para mais tarde. – Ele disse, aproximando-se – Agora, posso ver seu curativo?

— Que curativo? – Eu perguntei, olhando para meu próprio corpo.

Percebi que havia um curativo no meu braço esquerdo, perto do meu ombro. Ele era branco e estava manchado de sangue.

— Que merda... – Eu toquei no curativo, sentindo um ardor assim que toquei.

— Deixe que eu olhe para você. – Ele se aproximou mais.

— Como posso saber se não foi você que fez isso comigo? – Eu protegi o braço machucado, afastando-me ainda mais do homem.

— Não se preocupe. Eu não sou inteligente o suficiente para fazer isso. Deixe-me mostrar. – Ele mostrou as mãos, provando que estava desarmado.

Por mais que eu estivesse perdido e desconfiado, era melhor cooperar com os sequestradores para que eles não me machucassem mais...

Mostrei o braço a ele. Ele retirou com cuidado o curativo, revelando uma tatuagem do número "01" na parte externa do meu braço. Estava ensanguentada.

— O que... – Eu franzi a testa, surpreso.

— Está bem ruim, não é? Parece que fizeram com desleixo... – O homem revirou os olhos, pegando um lenço úmido que tinha em um dos bolsos – Isso vai arder, ok?

Assim que ele encostou o pano na região machucada, eu puxei o ar entre os dentes, sentindo muita dor.

— Quem fez isso no meu braço...? E por quê? – Eu perguntei, vendo-o limpar meu ferimento.

— O que eu disse? Perguntas para depois. – Ele se manteve focado no meu machucado.

— Eu só quero saber o porquê de vocês terem me sequestrado... Eu não tenho dinheiro... – Eu disse, pensando que eles poderiam me torturar ou me matar.

— Você não foi sequestrado. – O homem disse, ainda focado em fechar o ferimento.

— Que? Eu não lembro de ter vindo para cá por vontade própria...

— Você foi vendido. – O homem terminou de amarrar o curativo de volta.

A fala dele me pegou muito de surpresa, que quase que meu queixo se deslocou do meu maxilar.

— O que? – Eu perguntei, olhando assustado para o rapaz na minha frente.

— Como eu disse... As perguntas devem ser guardadas para mais tarde... Daqui a pouco irão te trazer comida e irei te escoltar até Hirai. – O homem disse, colocando as mãos para trás do corpo.

— Quem? – Eu cruzei os braços.

— Você pergunta demais. – O homem balançou a cabeça, virando as costas e saindo do quarto – Sem confusões e gritaria, por favor.

Foi a última coisa que ele disse antes de bater a porta.

Eu estava confuso. Nada fazia sentido naquele lugar.

Como eu havia sido... Vendido?

Meus pais me venderam? Sei que passávamos por dificuldades financeiras, mas nada estava critico o suficiente para eles chegarem ao ponto de me venderem para pessoas malucas que me marcaram com ferro quente como se fosse um animal.

— Eu vou morrer aqui... – Eu murmurei a mim mesmo, sentando sobre o colchão.

Eu encarava o chão de cimento, perguntando a mim mesmo onde infernos eu estava metido. Minha respiração saía com dificuldade dos meus pulmões e meus dedos tremiam de medo.

Algo me dizia que eu não conseguiria sair dali tão facilmente...

Algo me dizia que eu não conseguiria sair dali tão facilmente

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Cannibal - Stray Kids & TwiceOnde histórias criam vida. Descubra agora