1 - 𝐑𝐎𝐒𝐓𝐎𝐒 𝐅𝐀𝐌𝐈𝐋𝐈𝐀𝐑𝐄𝐒

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Eram 22:30. Nakahara Chuuya entrara no bar Lupin como de costume, fazendo tilintar os sinos pendurados na maçaneta da porta principal.
- Olha o senhor Nakahara!
Detrás do balcão, falava o dono do bar enquanto agitava um 𝒄𝒐𝒄𝒌𝒕𝒂𝒊𝒍.
-Bom dia, senhor barista....hoje vai ser o mesmo de sempre.
Chuuya sentou-se num banco em frente ao balcão, retirando o seu chapéu da cabeça e poisando-o no colo. Alguns segundos se passaram e um copo de vinho foi poisado delicadamente no balcão.
-Um copo do nosso melhor vinho a sair!
-Obrigado, senhor barista.
Chuuya pega no copo e faz movimentos circulares, observando o vinho 𝒃𝒐𝒓𝒅𝒆𝒂𝒖𝒙
movendo-se em redemoinho. Lentamente, encosta os lábios ao copo e dá um pequendo gole, desfrutando do sabor intenso e adocicado. Chuuya fecha os olhos em sinal de aprovação.
Chuuya poisa o chapéu no balcão ao lado do copo e levanta-se.
-Senhor, não levante o meu copo, eu vou só ao WC.
-Entendido, senhor Nakahara, tomarei conta de seu chapéu.
-Obrigado.
Chuuya começa a andar em direção ao banheiro e alguém esbarra nele. Era um senhor alto, cabelos castanhos caíam-lhe pela face. O seu olhar era um pouco intimidante. O pescoço estava coberto de ligaduras, assim como os braços, as pernas, parte da cara e todo o corpo. Chuuya tinha certeza de que ele não estava ferido. Tinha vestida uma longa capa castanha.
O senhor olhava para os lados, confuso, mas não via ninguém. Chuuya começava a ficar irritado.
-Aqui em baixo seu bastardo! Eu sei que sou baixo, não precisa me humilhar dessa maneira!!
Chuuya olhava para cima enquanto gritava enfurecido. O senhor olhou para baixo, e finalmente encontrou a pessoa em quem tinha esbarrado. Olhou para ele no fundo dos seus olhos por momentos, e depois lhe ofereceu seu sorriso.
-Oh, desculpe, senhor, não era a minha intenção....
Ele baixa-se de modo a ficar ao nível de Chuuya.
-....e meu nome é Osamu Dazai, não bastardo.
-Eu não perguntei seu nome, bastardo! Vou te chamar de bastardo e pronto!
-Tudo bem, cabeça de tangerina, você que sabe.....
-Não tira sarro de meu cabelo, seu bastardo!
-Já percebi que sou um bastardo, tangerino, se importa de calar a boca por algum momento?... Com licença.
Dazai passa por Chuuya e caminha em direção à porta, olhando para Chuuya com um sorriso amarelo. Chuuya decide ignorar e senta-se novamente, esquecendo-se completamente de ir ao banheiro.
Chuuya pega no copo e bebe o resto do vinho de um só traco.
-Quanto fica, senhor barista?
-Você é nosso cliente à tanto tempo.....hoje fica por conta da casa!...
-Obrigado...
Chuuya recebe uma ligação. Retira o telefone do bolso da sua capa e encosta-o ao ouvido depois de atender a ligação.
-Estou?....Anne-san?.......Sim, vou embora agora....falou com Mori-san? E então, o que ele disse?.......Passei no teste?!...FUI CONTRATADO! Que bom!....Obrigado, Anne-san, até amanhã.
Chuuya desliga a chamada e suspira de alívio. Mori-san, o atual chefe da 𝑴𝒂́𝒇𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑷𝒐𝒓𝒕𝒐, tinha aceitado em deixá-lo trabalhar como executivo. Amanhã, será o seu primeiro dia de trabalho.
Chuuya, meio bêbedo, cambaleia até sua casa e deita-se na cama ainda vestido.
No dia seguinte, dirige-se à sede da 𝑴𝒂́𝒇𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑷𝒐𝒓𝒕𝒐. Entra na sala do chefe e curva-se.
-Mori-san, obrigado por me contratar...
-Sem problema, Chuuya, foi merecido. Cá na 𝑴𝒂́𝒇𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑷𝒐𝒓𝒕𝒐, vais trabalhar principalmente com Osamu Dazai, o homem à tua esquerda.....
-Osamu Dazai?!
Chuuya olhou para a esquerda e viu o mesmo homem, com as mesmas bandagens, o mesmo olhar e o mesmo sorriso amarelo, a olhar para si. Que azar!
-Nakahara Chuuya......agora sei seu nome.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒂 𝑪𝒐𝒎𝒊𝒈𝒐 - 𝑺𝒐𝒖𝒌𝒐𝒌𝒖Onde histórias criam vida. Descubra agora