29 - FIM-DE-SEMANA (PART. 2)

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Chuuya saiu do banheiro e caminhou até à sala, se aproximando do moreno.
-Se eu me sentar aí de novo, você promete que não me vai lamber o rosto?
-Tá, prometo.
Chuuya sorriu e se sentou novamente como estava há uns minutos atrás. Nakahara começou a brincar com os fios escuros do moreno, fazendo trancinhas em sítios aleatórios. Osamu beijou a bochecha do menor e pegou as mãos dele, as acariciando.
-Meu docinho, hoje, o que a gente vai fazer?
-Não sei...só sei que primeiro a gente tem que tomar café da manhã.
Chuuya foi levado no colo de Osamu até à cozinha, e lá eles fizeram panquecas juntos. Osamu levou os dois pratos para a mesa e se sentou, Chuuya se sentou na nova cadeira (que eles compraram no dia anterior porque a antiga ainda estava pingada com um sangue suspeito), na frente do moreno.
-Eu nunca perguntei, mas se você é japonês, porque usa talheres ocidentais em vez daqueles palitinhos?
-Chopsticks? Ah, quando a gente era mais novo, o Fyodor era meu amiguinho. Ele é russo então me ensinou a usar e eu achei mais fácil depois de pegar o jeito, então comecei a usar também. Agora, o Fyodor virou um vasgabundo, uma autêntica besta magricela de cabelo oleoso.
-Concordo.
Dazai olhou para Nakahara, parecia distante.
-Meu docinho? Aconteceu alguma coisa?
-Nada, é só que achei muito fácil de roubar a página. Acho que eles já sabiam ou que tem alguma armadilha que nos passou ao lado...
-A gente sabe, amor, o nosso plano já está prevenido contra isso, lembra?
-Sim. Só temos de fingir que não percebemos.
Dazai levantou ecaminhou até ao outro lado da pequena mesa, abraçando o seu namorado preocupado.
-Zai, mais uma coisa.
-O quê?
-Você tirou mesmo aquela adivinha de um anime? Sério?...
-Sim, ué, quem é que não via anime quando era novinho? Só você mesmo... mas não foi só no anime que eu ouvi ela.
Chuuya então olhou para Dazai com seus olhos grandes e curiosos, esperando que ele explicasse sem mesmo o ruivo precisar perguntar.
-Houve uma vez em que a gente foi no bar que a gente vai sempre, foi um tempo depois de você ter desabafado sobre sua infância.Você ainda não estava bêbado, mas depois ficou, então provavelmente não lembra. Você me falou assim "depois de minha felicidade sumir, quem é que chegou para a trazer de volta?". Eu falei que não sabia e você falou...
-...você...óbvio né, se eu te amo eu tou feliz.
-Aí eu acabei lembrando dessa, que eu ouvi quando pequeno, e foi isso.
Dazai esboçou um grande sorriso, ainda corado pelo que o ruivo disse uns segundos mais cedo. Nakahara então se aproximou do moreno e o abraçou, um abraço quente, reconfortante, hospitaleiro.
-Mas aí, o que a gente vai fazer todo o fim de semana?
-Não sei, só sei que agora eu estou preguiçoso e carente.
-Você que tá sempre carente, eu hein...vem, eu ainda tou com sono.
Chuuya então se levantou, esticando a mão que Osamu agarrou logo depois, sendo puxado da cadeira.

Os dois entraram no quarto e Nakahara se deitou, batendo suavemente no colchão fazendo sinal para Osamu se deitar ali. Dazai então se deitou virado para o ruivo, e lhe deu um selar nos lábios. Os dois sorriram e Osamu se sentou, puxando Chuuya pela cintura para o seu colo.
-Eu falei que ia dormir, caralho!
-Vou deixar não, vida. Eu quero um beijo.
-Não.
-Só uuuuum--
-Não.
-Por favorsinhoooo--
-Nãão.
-Você aceita suborno?
-Depende.
-Eu faço carinho na sua testa.
-Tá, vem cá!
Chuuya puxou o rosto de Dazai para si e o beijou com paixão. Dazai sorriu e levou suas mãos até ao quadril do menor, o afagando. Chuuya então se aproximou ainda mais colando os seus corpos e começou a mover o quadril em movimentos suaves e circulares. Era uma sensação nova para o moreno, e uma sensação que ele adorou sentir. Nakahara adentrou com as mãos na camisa do moreno, deslizando suas unhas grandes pelas costas do mesmo, e provocando arrepios.
-Agora, está satisfeito?
-Sim.
Chuuya então encostou o indicador na própria testa, e logo Osamu sorriu, dando vários selares na testa do ruivo. Nakahara sorriu triunfante, relaxado pelo carinho que estava recebendo.
-Que fofinho, eu não aguento, quando a gente vai casar, vida?
-Não sei.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒂 𝑪𝒐𝒎𝒊𝒈𝒐 - 𝑺𝒐𝒖𝒌𝒐𝒌𝒖Onde histórias criam vida. Descubra agora