17 - O SOL E A LUA

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-Dazai, eu te amo tanto, não quero que isso aconteça. Não com você. Aquele homem não morreu, está apenas inconsciente, não consegui acertar em um ponto vital...conhecendo ele como eu conheço, sei que ele não vai desistir tão facilmente assim.
-Mas a gente vai conseguir matar ele. Juntos.
-Obrigado amor.
Dazai deu um selinho no ruivo antes de se levantar e caminhar até à cozinha. O homem estava ainda deitado, o sangue estava seco. Dazai observou-o por um momento: era um homem alto, magro, mas forte e perspicaz. Tinha cabelos ondulados como os de Chuuya, mas loiros, que lhe cobriam parcialmente a face. Estavam amarrados em um rabo de cavalo baixo, mas elegante. Dazai aproximou-se para observar o seu rosto. Olhos rasgados, nariz fino, boca pequena mas lábios carnudos. Era quase igual a Chuuya, mas por outro lado, eles eram tão diferentes. Pareciam até o Sol e a Lua.

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Agora mais calmos, os dois foram tomar o café da manhã e Dazai preparou omeletes para os dois. Chuuya adorava omeletes, e Dazai sabia disso, então o ruivo sorriu e começou a dar seus famosos pulinhos de alegria e empolgação. Ele beijou a bochecha de Osamu e lhe agradeceu sorridente.
-Tudo por você, vida. Agora vá comer antes que esfrie.
Chuuya caminhou até a cadeira, mas estava lá uma mancha de sangue. Seria de...Verlaine? Chuuya correu para a cozinha e, confirmando as suas suspeitas, ele já não estava lá. Ele havia passado por ali. E janela estava aberta e a carrinha tinha seguido caminho.
-Dazai, há quanto tempo você preparou o café da manhã?
-Uns...10 minutos, porquê?
-Verlaine ficou sozinho na cozinha por quanto tempo?
-Uns 10...minutos... - Osamu finalmente percebeu aonde Chuuya queria chegar. Verlaine podia ter contaminado o peato de Chuuya. Além disso, não era totalmente seguro sentar-se naquela cadeira pingada de sangue.
-Vem, vida, você vai sentar aqui comigo.
Nakahara corou mas nem teve tempo de reclamar das ideias bastardas de Osamu, pois ele já o havia sentado em seu colo. Dazai pegou o garfo e partiu um pedaço da sua omelete.
-Diga "aahh".
-Mas é a sua omelete...
-Mas eu preparei para você.  Agora come antes que eu mude de ideia.
Chuuya abriu a boca e Dazai o alimentou sorridente.
-Sempre quis fazer isso com você.
-Bastardo.
Dazai terminou de alimentar Chuuya e decidiu que ia cuidar dele, já que nem tinha nada de especial para fazer.
-Vem, você hoje vai ser meu bebê. Eu vou dar banho em você e hidratar seu cabelo e sua pele.
-Ebaaa!
Chuuya adorava quando Dazai cuidava dele. Era tão bom quando ele lavava e penteava o seu cabelo.
- Você tá tão fofo empolgadinho!
Dazai apertou as bochechas de Chuuya e o pegou no colo para o levar para o banho. Dazai achava Chuuya tããão fofinho de pijama. A camisa grande ainda o encurtava mais e ele parecia uma criançinha.
Os dois entraram no banheiro. Osamu ligou a água e encheu a banheira. Chuuya retirou suas roupas,  e entro na banheira, se sentando de costas para o moreno.
Osamu molhou os cabelos ondulados de Chuuya e colocou um pouco de shampoo. Ele massageou o couro cabeludo do ruivo, fazendo espuma. Chuuya cantarolava sorridente e brincava com ou próprios dedos enquanto aproveitava a massagem e o carinho que recebia. Dazai passou água nele e lhe passou a toalha para ele secar o corpo. Com a toalha enrolada no seu corpo,  Chuuya passou os seus cremes a Dazai, que começou a passar em seu cabelo. Depois, Dazai penteou e secou ele, modelando os caracóis ruivos.
-Gostou, vida?
-Amei!
-Ótimo.
Dazai roubou um selar de Chuuya antes de o pegar como uma saca de batatas e o levar para o quarto dos dois. Ele o sentou na cama e abriu o armário.
-Mackerel.
-Sim?
-A gente vai sair?
-Sim, a gente vai no parque.
-Então você escolhe minha roupa hoje.
-Tudo bem.
Dazai escolheu uma camisa branca cropped com um blusão vermelho e uma calça retro preta. Depois de Chuuya se vestir, Dazai lhe fez uma trança e escolheu umas botas pretas com sola alta. Chuuya escolheu um par de brincos com detalhes vermelhos para combinar com o blusão. Depois colocou sua famosa gargantilha e seu famoso par de luvas pretas.
Dazai tinha uma calça jeans com rasgões e um moletos branco. Nos seus pés, ele usava All Star bota. Um era vermelho e outro amarelo, os dois de pares diferentes. Os dois deram as mãos e saíram para o parque de Yokohama.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒂 𝑪𝒐𝒎𝒊𝒈𝒐 - 𝑺𝒐𝒖𝒌𝒐𝒌𝒖Onde histórias criam vida. Descubra agora