20 - SEM VOCÊ AQUI EU NÃO SOU NINGUÉM

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Dazai deixou um selar nos lábios do ruivo para o acalmar.
-Tá, tá, desculpa. Eu vou lavar meus dentes, fique aqui sentadinho me esperando que eu já te visto.
-Onde é que eu iria com as pernas assim, amor? Eu nem me aguento em pé!
-Ah, pois, esqueci esse pormenor. Eu vou logo!
-Tabom, vai lá bem rapidinho.

___________No Banheiro (Dazai)__________

Dazai colocou um pouco de pasta em sua escova e começou a esfregar seu dentes, fazendo espuma. Lavou na frente, nos lados, por baixo, na língua, em tudo. Depois, bochechou com um pouco de água, despreocupado.

___________No Quarto (Chuuya)__________

Chuuya estava sentado na cama, olhando para a janela e pensando em como suas pernas tinham ficado assim só com aquele bocadinho.
Ele desviou o olhar por um pouco, olhando para a porta do banheiro aberta, que mostrava o semblante de Dazai. Chuuya sorriu e ficou a olhar para ele com um rosto bobo e apaixonado. Ele olhou para a janela por ouvir um barulho estranho e lá estava Verlaine, que logo injetou algo nele.
-Daz--
Verlaine tapou a boca do ruivo que ainda gritou um pouco até finalmente adormecer. Graças as suas pernas, não tinha conseguido fazer nada para impedir.

__________No Banheiro (Dazai)___________

-Daz--
Dazai ouviu os gritos do seu namorado e foi correndo até ao quarto, mas não estava lá ninguém. A janela do quarto estava aberta. Dazai olhou para a janela e viu Chuuya desmaiado sendo carregado por dois homens mascarados para dentro de um carro.
-Chuuya!
Dazai se calçou e vestiu sua roupa à velocidade de um relâmpago. Quando chegou lá em baixo, a carrinha estava ligando o motor. Ele rapidamente subiu na moto do namorado, que estava mais perto, e acelerou atrás da carrinha.
Iniciou-se assim uma perseguição. A carrinha tentava despistar Dazai, mas sem sucesso: ele não iria desistir daquele qua amava. A carrinha seguiu para um lugar apertado e abandonado, e logo parou em frente a um edifício. Parecia um hospício abandonado. Dazai se escondeu e observou os mesmos homens mascarados carregando Chuuya adormecido em uma maca para dentro daquele lugar bizarro. Atrás deles, ia Verlaine. Seus cabelos compridos tapavam parte de seu rosto, mas dava para ver em seu rosto as suas íris mais claras que o céu e o seu sorriso assustador. Tudo ali era assustador.
Assim que todos desapareceram por aquela porta, Dazai avançou até a mesma. Já tinha realizado vários trabalhos parecidos na Máfia do Porto. O edíficio estava parcialmente destruído: haviam destroços pelo chão e tudo estava pingado com sangue seco. Dazai se arrepiou ao ver aquilo. Lhe trazia memórias desagradáveis à cabeça das quais ele não queria lembrar.
Osamu continuou caminhando lentamente até dar de caras com uma saleta. Sua porta era parecida com as portas dos cofres, e as paredes eram feitas do mesmo material. Não tinha janelas, em vez disso, haviam uns buracos pequenos na parede para entrar e sair o ar.
Dazai ouviu passos e rapidamente se escondeu. Ele viu Verlaine e seus homens destrancando a porta com um código e entrando com a maca na mão. Chuuya havia acordado, mas mal conseguia se mexer. Não só por suas pernas, mas por tudo ali combinado, que o assustava e o fazia recordar velhos tempos.
Dazai decorou o código. 5243971.
Passado um tempo, Dazai ouviu os gritos de dor, os choques elétricos e as súplicas de Nakahara. Tudo o que ele tinha dito. Ainda era uma realidade.
Passados uns minutos, os homens e Verlaine saíram, mas Chuuya ficou lá.
Quando os homens desapareceram, Dazai saiu do seu esconderijo e aproximou-se da porta, escrevendo o código 5243971. A porta abriu-se lentamente e revelou Chuuya. Suas roupas haviam sido retiradas, seu corpo tinha sido invadido por manchas vermelhas, do mesmo tom da luz que estava saíndo de seu corpo. A esclera e a íris de Chuuya estavam também vermelhas, e ele estava suspenso no ar conectado a cabos que o ligavam à eletricidade.

 A esclera e a íris de Chuuya estavam também vermelhas, e ele estava suspenso no ar conectado a cabos que o ligavam à eletricidade

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-A...ajuda...Ahhhh!
Chuuya levava choques elétricos a cada 2 minutos que passavam e Dazai estava paralisado, sem saber o que fazer.
-Chuuya, consegue me ouvir?
-Zai...
-O que eu tenho de fazer?
-Aquele...botão...
Chuuya apontou com dificuldade para um botão vermelho antes de levar outro choque elétrico.
-É só isso que eu tenho que fazer?
-Sim...
Dazai sentiu uma arma encostada em sua cabeça.
-Não não não, eu tomo conta de meu irmãozinho, né, Chuu?

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒂 𝑪𝒐𝒎𝒊𝒈𝒐 - 𝑺𝒐𝒖𝒌𝒐𝒌𝒖Onde histórias criam vida. Descubra agora