A rara mensagem do meu irmão aparece na tela do meu celular, avisando que ele havia enviado algumas coisas pra mim e por algum motivo não foi possível entregar no meu apartamento.
Pode parecer que não nos damos bem, por não termos mais contato. Mas na verdade eu só me afastei dele quando resolvi sair da casa dos meus pais, e ele entende isso, eu acho.
Aviso que vou ao correios ainda hoje receber e termino de me ajeitar pra cantar numa confraternização de golfe.
quando saiu do meu apartamento Srta Feure está molhando uma plantinha que fica ao lado de sua porta.
- É melhor levar um guarda chuva, Millet. - ela diz sem se virar para mim.
- tem um sol pra cada pessoa lá fora, não vai chover. - Falo trancando minha porta.
Mesmo estando no outono ta muito quente, Efeito das mudanças climáticas, fazer oque né?
- Não diga que não avisei. - a de cabelo avermelhado e grizalho da de ombros entrando em seu apartamento.
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Esses trabalhos entediantes, a cada música chata da lista faz meus neurônios queimarem.
sinto uma gota cair no meu braço, mas ignoro.
começo outra música, que dessa vez me da sono.
outra gota
e mais uma
E no fim da música começa a chover muito forte.
Todos que tavam ali correm pra recepção do local. Eu ajudo as pessoas da banda a tirarem as coisas dali e quando chego num lugar tampado já estou encharcada, morrendo de frio e igual um pontinho molhado.
- caramba que chuva! - o baixista diz ao meu lado, olhando para o lado de fora.
- Né? mais cedo não tinha uma nuvem no céu. - concordo para o cara que se aproxima.
- Seu nome é Celine né? nome maneiro. - Ele diz com um sorriso no rosto. - Eu sou Paul!
- Oi Paul! - dou um meio sorriso pra ele, não gosto de papo com homens.
- Quer uma carona? a gente pode comer em algum lugar e se conhecer, sabe? - assim que ele termina de falar meus olhos automaticamente reviram.
É sério que esse cara tá dando em cima de mim.
– Moço eu te conheço a 5 minutos. - Digo na esperança dele já entender, mas aparentemente não foi oque aconteceu.
- E por isso achei legal a gente sair junto, conversar e pá. - E ele se aproxima cada vez mais.
"E pá"?? que gíria é essa mds
- Paul, acho que você não entendeu! - coloco minhas mãos entre mim e ele pra impedi-lo de se aproximar mais. - Eu não vou sair com você. Eu gosto da mesma coisa que ti, então não força a barra, colega.
- Isso é porque você não conheceu um cara de verdade princesa... - Mais uma vez ele tenta se aproximar.
eu não acredito que tô ouvindo uma merda dessa.
- Olha aqui cara, eu não quero você. Você é chato, inconveniente, Parece aquele rato de por água abaixo e fede a peixe. Então para de encher a porra do meu saco e se afasta. - Digo empurrando-o pra longe de mim.
Me viro e tento sair andando mas ele me segura pelo braço.
‐ Se ncostar em mim denovo eu te denuncio por assédio, mando a polícia e o caralho de assa atrás de você. - me solto e saiu andando.
enquanto me afasto consigo escutar um "Toda marrentinha, me amarro"
Que nojo, namoral.
Ando no meio da chuva com um vento que facilmente me levaria embora pro outro lado do clube e peço um uber.
Até aviso que tem mais água em mim do que no Rio Sena.
Depois de alguns minutos o carro chega e eu entro, graças a Deus é uma moça, minha cota de homem já acabou por hoje.
- Oi boa tarde! - Digo me sentando
- Boa tarde! - a moça diz simpática, dando partida. - Essa chuva te pegou de jeito em.
- Pois é, hoje não é meu dia de sorte! - falo olhando pela janela.
converso com Elisa pelo celular durante todo o caminho, que não parece demorar tanto.
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quando chego em casa vou direto tomar um banho quentinho e trocar de roupa, me deito no sofá com uma coberta quentinha e começo a assistir "esposa de mentirinha".
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Acordo com os créditos do filme passando e percebo que dormir metade do filme. Olho pra tela do celular que marca 20:26, Penso em levantar pra comer algo ou até ir dormir na cama mas meu corpo ta pesado, e porque ta tão frio??
Quando coloco a mão no rosto percebo que o frio é na verdade febre, porque minha imunidade tem que ser tão baixa??
fico encolhidinha na coberta na esperança da febre passar sozinha, porque até hoje eu não sei engolir comprimido.
O celular vibra e Elisa responde a mensagem que eu mandei antes de dormir
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Elisa começa uma série de argumentos do porque eu devo tomar remédio, e eu nao concordo com nenhumas.
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