22 - Um nó enorme na garganta

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{Celine's point of view}

Eram 2 da manhã quando Elisa estava me levando pra casa, depois de tudo acabar.

Duas ruas antes do meu prédio damos espaço pra uma ambulância passar. Eu sempre ficava meio triste vendo ambulâncias, mas naquela madrugada foi como um aviso.

Quando Elisa curvou na minha rua vimos a ambulância parada em frente ao meu prédio e os paramédicos dando entrada.

- Nossa será que aconteceu algo grave? - Elisa diz estacionamento.

Não respondo, só olho tudo pela janela até poder sair do carro.

Assim que Elisa para eu desço e entro direto no prédio, assim que cheguei no pé da escada vejo eles descerem com srta Faure numa maca e o síndico logo atrás.

- com licença moça! - um dos paramédicos diz pedindo pra eu dar espaço na escada.

Meu coração começa a palpitar, um nó enorme se cria na minha garganta e meus olhos ardem.

- Oque aconteceu?! Ela tá bem?? Oque houve com ela?? - faço várias saindo da frente e indo atrás deles.

Quando passam pela porta do prédio vejo Elisa de longe, que vem correndo em minha direção.

- Ela teve uma parada cardíaca, vamos leva-la ao hospital e fazer todo o possível.

- Eu vou junto então, Ela vai ficar bem?? - digo com o desespero entrando na minha voz. - ela precisa ficar bem!

- Ei ei! - Sinto a mão de Elisa no meu ombro tentando me acalmar. - Vai ficar tudo bem, você tem que se acalmar ok?

- Eu vou com ela. - subo na ambulância e viro para Elisa. - Vai pra casa tá?

Só falo isso pra de cabelos curtos na qual a preocupação estava estampada no rosto.

⏱️

As 4 da manhã sou acordada na sala de espera do hospital.

Violet está ali, com uma sacola e um casaco pendurado.

- Ei Line... - ela me dá um beijo na testa se sentando ao meu lado. - eu trouxe um casaco, hospital costuma ser frio.

Apenas sorriu pra ela como agradecimento.

- Ela tá em cirurgia. - falo me aconchegando no ombro dela. - ela foi a primeira pessoa que me acolheu nessa cidade Violet, mesmo sendo grossa. Quando eu me mudei pra cá perdida, ela que conseguiu o trabalho no De boissons, ela que cuidou de mim.

- Ela vai ficar bem, aquela senhora é mais forte que um touro. - ela disse enquanto fazia carinho no meu braço. - você precisa comer algo, quer sair um pouco daqui?

- Não, eu tenho que tá aqui quando ela voltar, ela não tem mais ninguém. - Digo e me sento ereta novamente. - Caralho o Lui!

Violet me olha não entendendo muito entao volto a explicar.

- O gato dela, deve tá sozinho e com fome. - digo pensando em um jeito de cuidar do gatinho cinza sem precisar deixar o hospital. - você pode ir lá pra mim?

Vivi assente mas começa a falar.

- Não é bom ficar sozinha. - ela diz e dou um suspiro. - chama a Elisa, Line.

- Elisa vai embora.

[....]

The only girl  - Elisa de AlmeidaOnde histórias criam vida. Descubra agora