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XXI.

Se alguém fosse corajoso o suficiente para perguntar - Harry seria - Voldemort teria que dizer que um dos momentos mais vergonhosos de sua vida foi sentir qualquer tipo de medo quando Alvo Dumbledore lançou uma ilusão de fogo devorando seu guarda-roupa. Talvez sendo pego com Walburga Black no sexto ano. Certamente tendo sido negado duas vezes o cargo de professor de Defesa.

O mais vergonhoso, porém, seria este:

Em algo que parecia um pânico cego, Lord Voldemort aparatou de frente para as proteções de maldição.

"Oh, minha palavra, Lord Gaunt! Você está bem?"

Não ajuda que, com as vestes chamuscadas e caídas nas costas, com seus glamoures pendurados por um fio, seja Rita Skeeter quem vem em seu auxílio.

Ele quer deixar uma cratera onde fica este lugar. Ele não quer que uma partícula permaneça depois disso. Ele terá que dizer a Harry para se mover...

"Que surpresa, Lord Gaunt", diz Rita, com pena e bloco de notas já pairando enquanto acena para alguém ajudá-lo a se levantar. "Encontrando você aqui."

Voldemort ignora, apoiando-se nas mãos, franja no rosto, pele muito tensa e controle vacilante.

"É isso?" ele pergunta.

"Bem, você certamente não era esperado, não é?" Rita sorri, os lábios franzindo um pouco.

Levantando-se, Voldemort reprime um gemido de dor enquanto uma dor profunda percorre sua espinha. Sua mandíbula se aperta, sua varinha ainda em mãos, e seus olhos encontram a barreira que o derrubou.

As proteções que ficam entre ele e Harry Potter.

Passando pela imprensa reunida e ignorando cada um deles - mesmo enquanto Rita cambaleia atrás dele - Voldemort se aproxima da barreira. Tocando-o com a ponta da varinha, ele sai com uma fina chuva de faíscas.

É uma poderosa barreira de maldição. Mais forte, talvez, do que Voldemort já viu. E certamente não para uso nas ruas da cidade.

Ele poderia quebrá-lo, ele sabe. Quase o fez, após sua entrada atormentada, como fez com os poucos outros que haviam sido cobertos com ele. Aquele que o ricocheteou ainda está forte, mas Voldemort poderia alcançá-lo e desenrolá-lo com a pressão certa, poderia cortá-lo e chegar a...

"Você está aqui para contar a Lorde Potter sobre a conclusão da acusação de seus parentes?" Rita gorjeia.

Voldemort tem que fechar os olhos e respirar. "Acredito que isso deveria ser óbvio. Lord Potter e eu redigimos este projeto de lei para propósitos exatamente como este."

"Sim, você mencionou durante sua apresentação inicial", diz Rita, e Voldemort pode ouvir o arranhar de sua pena; há uma parte dele imaginando e saboreando a ideia de usar isso de alguma forma terrivelmente horrível para silenciá-la, e essa parte não é muito distante dele. "Você diria que você e Lorde Potter formaram um... vínculo por causa do trauma compartilhado de sua infância?"

Voldemort fica parado.

Um vínculo. Ele formou um vínculo com Harry Potter? Teria ele se amarrado a alguém, irrevogavelmente, do jeito que jurou nunca fazer?

Em algum ponto da conexão entre eles, Harry ainda está assustadoramente silenciado.

"Sim", diz Voldemort, e então ele está quebrando a barreira com um giro de sua varinha, entrando e deixando-a fechar atrás dele.

Draw me after you (let us run) TOMARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora