Capítulo 25

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P.O.V JOSH

Após tirar minha roupa e entrar no banheiro, encontro Noah debaixo do chuveiro, imerso em seus próprios pensamentos. Decido abraçá-lo por trás, sentindo sua presença próxima e o calor de seu corpo contra o meu. Beijo seu pescoço suavemente, buscando transmitir carinho e conforto, mesmo sem saber exatamente o que está incomodando Noah.

Noah parece ainda mais silencioso do que o habitual desde que saímos da faculdade, e seu semblante só se tornou mais sombrio depois de sairmos do escritório do advogado. Isso me preocupa, pois sei que ele não é do tipo de se calar facilmente quando algo está o incomodando profundamente.

Enquanto abraçava Noah sob o chuveiro, minha mente estava dividida entre várias preocupações. Queria compartilhar com ele o motivo de ter saído mais cedo e não ter dito nada, assim como minhas decisões em relação a Savannah e Maya. No entanto, o clima tenso que envolvia Noah parecia indicar que talvez aquele não fosse o momento certo para abrir esses assuntos delicados.

A cena que presenciei na faculdade ainda ecoava em minha mente, me deixando inquieto. Quem seria aquele cara que estava tão próximo de Noah? Sua expressão de surpresa ao me ver sugeriu que talvez não estivesse esperando me encontrar naquele momento.

Enquanto Noah se aconchegava em meu peito, deixando a água quente nos envolver, eu o abraçava com ternura. Beijei sua bochecha suavemente, sentindo a necessidade de saber se estava tudo bem com ele.

— Está tudo bem, Noah?

Espero que Noah compartilhe o que está o incomodando, enquanto a água continua caindo sobre nós, criando um ambiente íntimo e acolhedor.

Noah suspira, encostando a testa no meu peito, parecendo perdido em seus próprios pensamentos. Sinto sua tensão relaxar um pouco sob o calor reconfortante do chuveiro.

— Está tudo bem, Josh. Só estou um pouco cansado, acho. — Sua voz soa distante, como se estivesse longe dali, perdida em alguma preocupação.

Aperto-o suavemente em meus braços, desejando poder dissipar todas as suas preocupações com um simples abraço.

— Meu pai é um mostro, Josh. — Ele começa e eu apenas escuto deu desabafo. — Como um pai pode fazer tanto crueldade com o próprio filho? Tudo para vê-lo infeliz.

— O que ele fez? Aquele cara que estava com você na frente da faculdade está envolvido?

Noah respira fundo, como se reunisse coragem para compartilhar o peso que carrega em seu coração. Seus dedos traçam padrões invisíveis em meu braço enquanto ele começa a falar, sua voz embargada pela emoção contida.

— Aquele cara... Ele foi meu primeiro amor, Josh. O nome dele é Dylan, nos conhecemos quando eu era um adolescente, ele era mais velho que eu, eu tinha 15 anos, e ele 22 e... e nós nos apaixonamos perdidamente um pelo outro. — Noah pausa, como se as lembranças dolorosas estivessem ressurgindo diante de seus olhos.

Sua narrativa é interrompida por soluços, e eu o abraço mais forte, oferecendo-lhe meu apoio silencioso. Encorajo-o a continuar, deixando claro que estou ali para ouvir cada palavra, sem julgamentos.

— Meu pai... ele descobriu sobre nós, sobre o Dylan. E... e ele não aceitou. Ele ameaçou o Dylan, disse que o colocaria na cadeia se continuasse se envolvendo comigo. O Dylan simplesmente sumiu, sem da nenhuma explicação. — As palavras de Noah são um sussurro, carregadas de dor e tristeza. — Ele contratou pessoas para sequestrarem ele e darem uma surra. Da mesma forma que fez com você.

Meu coração se contrai diante da revelação, a raiva borbulhando dentro de mim contra o pai de Noah e todas as injustiças que ele cometeu. Aperto Noah ainda mais contra mim, oferecendo-lhe todo o conforto que posso.

O Rebelde e o Segurança - Nosh, +18Onde histórias criam vida. Descubra agora