Capítulo 7

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P.O.V NOAH

Estávamos deitados na cama, aproveitando a tranquilidade do momento. Bailey estava vestindo apenas um short, e minha cabeça estava em seu colo enquanto ele fazia um cafuné em meu cabelo. A sensação era reconfortante, como nos velhos tempos. Ele olhou para mim com um sorriso malicioso.

— Então, Noah, qual foi a encrenca que você aprontou dessa vez para irritar tanto o tio Marco a ponto de ele contratar um segurança? — bufei e revirei os olhos, intrigado como sempre pela capacidade dele de ficar sabendo das coisas.

— Como você já sabe disso?

— Ouvi uma conversa entre o meu pai e o seu. Sabe como é, as paredes têm ouvidos. — ele deu de ombros de forma descontraída.

— O argumento do meu pai é que eu estou acabando com a minha própria vida e que precisava de alguém para me vigiar e impedir que eu me metesse em encrenca. — fiz uma careta, ainda irritado com a situação toda. — Como se eu precisasse de um babá. — Bailey soltou uma risadinha.

— Ah, primo, você não mudou mesmo. E, sinceramente, até consigo entender o lado do tio Marco.

— Até você está do lado dele agora? — levantei a cabeça para encará-lo, uma sombrancelha erguida. Ele riu mais uma vez.

— Não estou contra você, maninho. Mas a verdade é que talvez você precise de um pouco de limite. Afinal, ser preso já é demais.

— Sério que você também está dizendo isso? — eu me levantei e comecei a andar pelo quarto, frustrado.

Bailey se levantou e me chamou, puxando-me para perto dele. Aconcheguei-me em seu peito enquanto ele abraçava minha cintura, me levando de volta para a cama. Ele suspirou e olhou para mim.

— Olha, primo, não estou dizendo que concordo totalmente com o teu pai. Mas, pensando bem, ele não está totalmente errado. Qual é, Noah? Eu sei o que aconteceu e sei que teu pai é um cuzão, mas, nesse ponto, ele tem razão.

— Nem sei por que ainda me importo com o que ele pensa. Afinal, nunca tive um pai de verdade. — senti um nó na garganta.

— Eu sei, cara. Seu pai é um babaca. Mas, por mais difícil que seja admitir, ele tem um ponto. — Bailey suspirou também, parecendo entender a complexidade da situação.

— Talvez. — eu me acomodei mais em seu peito, deixando-me confortar por suas palavras. — Não quero mais falar de mim, vamos falar de você. — Bailey arqueia uma sobrancelha, me olhando com curiosidade.

— Sobre mim? O que você quer saber?

— Tudo. — dou um sorriso travesso.

Bailey ri, acomodando-se melhor, como se estivesse pensando por onde começar.

— Bom, tenho trabalhado bastante com o meu pai na empresa. Tem sido um saco, na verdade. Mal tenho tempo para me divertir.

— Empresa? Você, um empresário? — brinco. ele revira os olhos, rindo.

— Nada disso, só tenho ajudado lá.

— Deve ser bem entediante. — comento. Bailey concorda, suspirando.

— Você nem imagina. Mas a parte boa é que estou de férias por duas semanas agora. Vou aproveitar ao máximo.

— Finalmente algo empolgante acontecendo. — digo, genuinamente feliz por ele. Curioso, pergunto sobre sua vida amorosa. — E a namorada? Como ela está? — Bailey faz uma careta, como se lembrasse de algo desagradável.

— Terminei com ela. Era grudenta demais, cara. Sabe aquelas pessoas que não te deixam respirar? Não estava mais dando certo.

— Você terminou? E agora, o que pretende fazer? — questiono. Ele dá de ombros, com um sorriso malicioso.

— Agora quero é curtir. Sem compromissos.

— Você realmente nunca muda, né? — riu, balançando a cabeça. Bailey ri junto comigo.

— É, acho que essa é uma parte de mim que nunca vai embora. A vida é muito curta para ficar preso a alguém só. E, Noah? O que tem feito ultimamente? — D
dou de ombros, fazendo uma careta.

— Não muita coisa, na verdade. Tenho um ''carrapato'' grudado em mim o tempo todo agora.

— Ah, o tal segurança, né?

— Exatamente.

— Seu pai realmente não tá pra brincadeira, hein? — Bailey solta uma risada.

— Nem me fale. Mas tirando essa parte, a última aventura que tive foi uma ida à boate que terminou comigo no hospital. Sorte que o Josh estava lá para me ajudar. Ao menos para isso ele serve

— Como vai o curso de fotografia?

— Está sendo legal, na verdade. Estou quase acabando o semestre e, logo depois, entro de férias também.

— Que bom. Pelo menos tem algo que te mantém ocupado e longe de encrenca.

— É a única coisa que eu gosto de verdade.

— Sabe, tenho pensado nos velhos tempos. Nas brincadeiras que costumávamos fazer. —  Bailey sorri de forma maliciosa.

— Ah, é? E que tipo de brincadeiras você está se referindo? — meu coração dispara um pouco com o seu tom sugestivo. Ele se inclina na minha direção, com um brilho travesso nos olhos.

— Lembra quando eu te fodia com força? — Mordo meu lábio, sentindo um arrepio seguido de um onda de tesão. 

— Claro que lembro.

O clima ao nosso redor fica carregado de energia, como se estivéssemos relembrando momentos cheios de adrenalina e emoção. Decido brincar um pouco com a situação.

Bem, não precisamos deixar só na lembrança. Podemos brincar, e tornar isso ainda melhor.

— Como? — Bailey olha intrigado. Com um sorriso provocador, eu continuo,

— Vamos adicionar mais uma pessoa à equação. Alguém que possa apimentar ainda mais.

— Você já tem alguém em mente? — ele sorri, cúmplice. Concordo com um olhar sugestivo.

— Sim, tenho uma ideia.

— Mal posso esperar para ver o que você tem em mente.

Enquanto nossa conversa continua, percebo que, apesar de todos os problemas, ainda tenho esse tipo de relação única com Bailey, onde podemos compartilhar nossos desejos mais ousados e sermos nós mesmos, sem julgamentos. Era bom tê-lo por perto, alguém que entendia as minhas loucuras

Pego meu celular após Bailey sair do quarto e ligo para Alex. Enquanto a ligação chama, eu me pergunto como ele vai reagir a isso.

— Alô? Noah? — a voz de Alex soa do outro lado da linha.

— Alex.  Tenho uma proposta um tanto... ousada para você. — digo, escolhendo minhas palavras com cuidado.

Há uma pausa momentânea antes de ele responder.
— Ousada? Estou ouvindo.

— Que tal uma brincadeira a três? Eu, você e mais alguém.

Há um silêncio momentâneo e, então, Alex começa a rir.

— Caramba, Noah, você sempre sabe como surpreender.

— Então, topa? — pergunto ansioso.

— Com certeza. Estou precisando liberar um pouco de energia. — ele não hesitou.

— Perfeito.

Eu desligo o telefone, com uma sensação de empolgação e nervosismo se misturando dentro de mim. Isso certamente vai ser uma experiência memorável.

Até o próximo...

Espero que tenham gostado.

Animados para o está por vim?

Tive muitas ideias, não vejo a hora de vocês verem.

O Rebelde e o Segurança - Nosh, +18Onde histórias criam vida. Descubra agora