O Rebelde e o Segurança - Nosh, +18

Capítulo 27

P.O.V NOAH

Ali estava eu, na sala de audiências do tribunal, sentindo uma mistura de nervosismo e ansiedade enquanto aguardava a decisão da juíza sobre o controle dos meus bens, agora que completei meus 20 anos. Minhas mãos suavam e meu coração batia tão rápido que parecia querer saltar do peito. A tensão pairava no ar, sufocante, enquanto eu me esforçava para ouvir cada palavra que saía dos lábios da juíza.

Finalmente, após o silêncio angustiante, a juíza começou a falar, sua voz firme ecoando na sala de audiências.

— Após análise cuidadosamente os documentos apresentados, esta corte decidiu conceder ao senhor, Noah Urrea, o controle total sobre seus bens, conforme estabelecido pela lei. Assim sendo, o Sr. Marco Urrea não tem mais direito sobre os bens do filho.

O alívio inundou meu corpo enquanto ouvia as palavras da juíza. Finalmente, após tantas batalhas legais e anos de luta contra o controle excessivo do meu pai, eu estava livre para administrar minha própria vida.

Viro-me, e meu olhar encontrou o de meu pai, e vi toda a fúria estampada em seu rosto. A sensação de vitória se intensificou ao ver sua expressão de impotência diante da decisão judicial. Eu sabia que ele não aceitaria facilmente perder o controle sobre meus bens, mas naquele momento, a única coisa que importava era a minha liberdade recém-conquistada.

Sorrindo com confiança, agradeci à juíza e aos meus advogados pela dedicação e eficiência no processo. Levantei-me, pronto para deixar o tribunal e começar esse novo capítulo da minha vida.

Eu caminhava pelo corredor do tribunal, sentindo o peso da vitória e a liberdade recém-conquistada. Foi então que avistei Josh, que parecia inquieto e nervoso enquanto aguardava do lado de fora. Seus olhos se encontraram com os meus, e um sorriso de alívio se formou em seus lábios.

Ao nos aproximarmos, não hesitei em abraçá-lo. Josh retribuiu, apertando-me em seus braços com carinho. Senti o calor do seu corpo e a segurança que ele sempre me proporcionava. Ele beijou o topo da minha cabeça, e por um momento, tudo ao redor desapareceu, deixando apenas a certeza de que estávamos juntos.

— Você conseguiu! — Josh disse, sua voz cheia de emoção.

— Sim, consegui. — Respondi, olhando nos olhos dele com gratidão.

Josh me beija  transmitindo todo o amor e apoio que sempre me oferecia nos momentos difíceis.

Enquanto estamos ainda abraçados sinto uma presença se aproximar. Viro meu rosto e vejo meu pai, seu rosto contorcido em uma mistura de raiva e frustração. Ele avançou na nossa direção, seus olhos faiscando de ódio.

— Você pensa que ganhou, moleque? Isso não vai durar! Eu ainda tenho recursos para...

Interrompo as palavras de meu pai com um olhar firme.

— Chega, pai. Eu ganhei, aceite isso.

— Então é isso, Noah? Você realmente acha que pode me tirar do controle dos  bens que eu ajudei a construir? — disse Marco, sua voz carregada de desdém.

Mantenho-me calmo, e encaro meu pai com determinação.

— Eu apenas  reivindiquei o que é meu por direito, pai. Você por muito tempo controlou os bens deixando para mim, pela minha mãe, se aproveitando para me controlar também, mas agora eu sou responsável por eles.

Meu pai soltou uma risada amarga, sacudindo a cabeça com descrença.

— Você não entende né, Noah. Tudo isso é apenas um jogo para você. Você não tem ideia do que é preciso para administrar uma fortuna como a nossa. Você vai falhar, e quando isso acontecer, não vou estar aqui para te salvar. Tudo o que você quis com essa palhaçada era me irrita, como sempre.