Capítulo 11

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P.O.V NOAH



"Corro desesperado por um corredor escuro, lutando para respirar. Parece que não consigo escapar. Entro em um quarto, mas não há saída, as paredes se fecham sobre mim. Sinto um pânico crescente enquanto olho para a única porta, minha única chance de escapar. Mas antes que eu possa avançar, a porta se abre.

Meu coração acelerar, e o suor escorre frio pela minha pele. Minha respiração se torna rápida e descompassada. A pessoa entra, vulto malévolo, e meu corpo fica paralisado pelo medo.

A pessoa se aproxima, e eu sinto meu estômago se revirar. Sinto um aperto em meu braço quando tento fugir, um aperto forte que me deixa parado no lugar. Ela me atira brutalmente contra a parede, uma força invisível me oprime. Minha garganta parece apertada enquanto tento desesperadamente respirar.

Uma voz rouca e ameaçadora ressoa no meu ouvido, enviando arrepios pela minha espinha.

— Te achei, Noah. Não vai fugir de mim. Você é meu."

Acordo com sobressalto do pesadelo, com meu coração disparado e a respiração descompassada. Minha mão automaticamente foi para o peito, tentando acalmar as batidas descontroladas. Repiti para mim mesmo que precisava esquecer o que aconteceu, que aquilo já era passado. Lentamente, a sensação de pânico foi se dissipando, mas a dor persistente na cabeça me lembrava da bebida da noite anterior.

Respirei fundo, buscando acalmar meu coração e clarear minha mente. As lembranças da noite anterior começaram a voltar, e percebi que ainda estava no apartamento do Josh. Lembrava-me de ter desabafado com ele, uma coisa que sóbrio eu nunca faria. Me sinto um vulnerável por ter me exposto para alguém que se quer conheço. E mesmo eu sendo difícil de lidar ele me ajudou, ele poderia simplesmente ter me forçado a voltar para casa, mas não fez.

Levantei-me da cama e segui para a sala, onde o aroma convidativo do café da manhã inundava o ambiente. Ao chegar na cozinha, encontrei Josh mexendo em algo no fogão. No balcão, havia um copo de água e um remédio prontos, que percebi logo ser para dor de cabeça. Revirei os olhos, meio resignado, mas tomei o remédio.

Meus olhos foram atraídos para Josh, que estava vestindo apenas uma cueca samba canção. Meu olhar vagou, sem que eu pudesse evitar, pelo seu corpo. Ele era alto, com um físico esguio e musculoso, um verdadeiro Deus grego. Um abdômen trincado e uma linha em V que parecia esculpida. Balancei a cabeça, tentando afastar pensamentos inoportunos.

Fiquei ali, perdido em meus pensamentos, enquanto Josh continuava a mexer algo no fogão, alheio à minha apreciação momentânea. No fundo, porém, havia algo mais complicado que eu tentava evitar, uma atração que não podia me dar ao luxo de enfrentar por um cara hetero.

Josh então se vira com uma frigideira com ovos mexidos e bacon e coloca em um prato com uma expressão neutra.

— Bom dia. — ele me cumprimenta, seus olhos brevemente se desviando para onde estava o remédio, voltando para mim logo depois. Ele vai pegar algumas torradas e o café.

— Bom dia. — respondo um pouco baixo. Josh volta e se senta ao meu lado.

— Está se sentindo melhor? — ele pergunta enquanto nos serve.

— Sim. — respondo, faço uma pausa e decido falar. — Josh, sobre o que eu disse ontem... Esquece tudo, não é da sua conta,  eu não deveria ter contado nada.

— Tudo bem. — ele concorda, mas aconselha: — Mas, você deveria ser mais sensato. Agir por impulso não é a melhor opção. E depois você pode se arrepender. — bufo, não queria ouvir concelhos aquela hora.

O Rebelde e o Segurança - Nosh, +18Onde histórias criam vida. Descubra agora