CAPÍTULO 19

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Pov SN


Acordo sentindo uma movimentação ao meu redor, abro lentamente meus olhos, vendo que Miguel estava agachado ao meu lado olhando de um lado para o outro, parecia atento a algo, e eu me sento e tento me levantar do chão, assim que ele vê que eu acordei, ajuda-me a levantar.


— Finalmente você acordou, estão rondando a floresta, precisamos ir para algum lugar — ele diz deixando com que eu me apoie nele.



Começamos a andar pela floresta, minhas pernas já estavam melhor e meu cansaço também, então se eu fizesse um esforço extra talvez conseguiria andar sozinha, mas Miguel não permitiria, ele não permitiria que eu corresse o risco de me machucar novamente.



Andávamos o mais rápido possível, não podíamos correr, senão faríamos muito barulho entre a floresta, e se percebia de longe que Miguel estava exausto, mas ele em nenhum momento admitiu isso, e tenho certeza que enquanto não estivermos em segurança, ele não admitirá.



Estava de noite, talvez fosse madrugada, as luzes das lanternas iluminavam um pouco da floresta para os guardas. Mas a nossa única luz era a da lua, nos ajudando a enxergar o mínimo naquele meio de neve e árvores, e por trás das árvores se viam as lanternas, e se a víamos, significa que eles estavam por perto.



Nos escondemos atrás das árvores, atrás de arbustos, até mesmo atrás de amontoados de neve, sempre com silêncio e cautela, e a busca deles não cessava, o líder dos guardas gritava direções para que os outros deveriam ir e procurar, mas nunca nos encontrando.



Fomos correndo até uma área afastada, o lugar era cercado por árvores, cipos, arbustos e folhas amontoados ao chão, era um bom lugar para ficar, avistamos um buraco debaixo de uma árvore, logo fomos até a mesma e nos arrastamos para baixo dela, assim fazendo com que as únicas coisas que fossem ouvidas forem nossas respirações profundas.




O lugar era apertado, era literalmente um buraco debaixo de uma árvore, mas era o suficiente para caber Miguel e eu, que agora estávamos com nossos queixos batendo pelo frio, já que a terra era úmida, nossos lábios secos e roxos, nossas bochechas e mãos rosadas, que logo ficariam em pele viva se não nos aquecermos.



— POR AQUI — ouvimos a voz de um dos guardas se aproximando, e muitos passos juntos.



— Merda, perdemos eles — fala outro guarda, não conseguíamos vê-los muito bem, mas conseguíamos ver suas silhuetas através das folhas em frente a entrada para o buraco.



— Tem certeza que não estão por aqui? — pergunta outro, desta vez chuto ser o guarda.



— Vamos dar uma última olhada no local — ele ordena, e logo passos próximos ressoam pelo ambiente.




Miguel faz um sinal de silêncio com seus dedos em frentes aos seus lábios que em breve descascarão, assim como os meus. Os passos se aproximam cada vez mais, até que pode se ver um par de pés entre as folhas, andando cautelosamente a nossa frente, ele se aproxima mais se abaixando em frente a passagem da árvore, a analisando bem. Sinto algo se mexer em minhas costas, era um coelho, pego-o vendo ele se debater em minhas mãos e o coloco a beira na árvore sem fazer barulho, o coelho sai e o homem se levanta suspirando.



— Eh só um coelho idiota — ele diz bufando irritado, e logo se afasta do local.



— Não encontramos nada chefe — fala um dos guardas para seu líder.



— Tudo bem, eh madrugada, vamos embora descansar, mas amanhã cedo, quero todos reunidos na floresta novamente — o líder diz e todos concordam e os passos se tornam cada vez mais distantes, até que não se ouve mais nada deles.



Maximoff Daughter ( Kate Bishop and SN G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora