CAPÍTULO 6

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Pov SN, 2013

Tinha sido levada a um lugar desconhecido por mim, por mais que eu tenha ficado desmaiada a maioria do percurso não pude deixar de sentir uma angústia muito grande, eu não sabia o que estava acontecendo e nem o porquê de estar ali, mas eu sabia que era algo ruim, que eles eram pessoas do mal, digamos assim.

Assim que acordo não enxergo nada, havia um pano preto em minha cabeça impedindo minha visão, aparentemente estava em uma cadeira com as mãos amarradas fortemente, depois que me mexo um pouco logo o pano que estava em minha cabeça é retirado, revelando o local qual eu estava.

Passo rapidamente meu olhar pelo lugar, parecia ser um balcão, era escuro e vazio, a pouca iluminação que havia nele vinha de uma lâmpada de vidro com uma luz um pouco amarelada. O lugar estava em completo silêncio, até passos poderem ser ouvidos por mim, e das sombras sugir o homem da minha visão e que me sequestrou, ele ainda estava com as mesmas vestimentas.

— Vejo que está acordada — diz o homem a minha frente em uma distância considerável.

— Não estou dormindo ainda — falo em ironia, mas sem esperar um tapa é desferido em meu rosto, fazendo com que eu ficasse sem reação e me calasse.

— Acho que ainda não entendeu o que está acontecendo aqui, então deixe-me explicar — ele diz se afastando novamente para o mesmo lugar que estava.

— Eu sou o Doutor Hellkins, e você agora faz parte da corporação Nightmare Of Darkness, não somos a Hydra e nem a sala vermelha, somos muito superiores, tanto de treinamento, tecnologia e contatos. Aqui você será treinada para se tornar uma assassina, e pela sua genética talvez a assassina com mais potencial daqui, aqui treinamos tanto homens quanto mulheres já desde crianças, assim alcançando a perfeição denominada por nós mais rápido — ele explicava sobre várias coisas ao mesmo tempo, eu apenas ficava calada prestando atenção em tudo que era falado.

— Existem algumas regras básicas daqui, não fale quando não for chamada e obedeça a tudo que lhe for comandado, simples não? E saiba que se desobedecer alguma ordem a sempre uma punição, crianças desobedientes não se dão bem aqui — ele fala se aproximando mais de mim e se agachando a minha frente.

— Não se iluda achando que eles virão te buscar, pois não irão — ele diz e depois se levanta e se afasta.

— Vamos solta-la, não tente nada — diz, logo um homem chega ao galpão.

O homem usava algo que imagino ser um uniforme, um uniforme preto com detalhes em cinza, botas cinza e um sinto com uma pistola, ele tinha um comunicador no ouvido. Ele vem até mim e vai para trás da cadeira, assim me desamarrando, e assim que sou solta ele segura meu braço para que eu me levante da cadeira, e assim eu faço.

— Vejo que é das obedientes, bom saber disso — fala Hellkins ajeitando seus óculos.

Nada respondo a ele, o homem ao meu lado começa a andar me levando para fora do galpão, ele ainda segurava meu braço com força. Nós saímos do galpão me dando vista a um gigantesco gramado sem nada ao redor, não se podia ver prédios nem casas, o lugar era cercado por grandes árvores, porém não consegui ver muito os detalhes já que estava de noite.

Ele me leva até um ponto do gramado que ficava mas ao meio, logo o chão de terra se abre revelando uma passagem com escadas brancas, descemos essas escadas, logo pude ver que era um lugar extremamente grande e espaçoso, era uma sala de paredes e chão brancos com diversos computadores, cadeiras e muitos pessoas vestidas iguais ao homem que ainda segura meu braço.

Começamos a andar pela grande sala e logo entramos em um dos grandes corredores do local, o corredor era estenso, havia muitas portas de ferro com apenas um vidro na altura do rosto de uma pessoa de altura mediana. Andamos mais um pouco pelo longo corredor, até que paramos em frente a uma porta como as outras, ele a abriu usando um cartão de acesso, assim que a porta se abre ele me empurra para dentro do pequeno cômodo, fazendo com que eu caisse.

— Aqui é seu quarto — ele fala e logo fecha a porta.

Levanto-me e olho o pequeno cômodo, não era muito grande, mas nem tão pequeno, as paredes e chão são brancos assim como o resto do lugar, havia um cama com lençóis e um travesseiro brancos também, tinha uma porta no canto, ali era o banheiro, com um sanitário, uma pia e um chuveiro, tinha uma toalha, uma escova de cabelos, uma escova de dentes junto a pasta, assim que saio do banheiro fico parada no meio do quarto.

Enquanto eu estava parada no meio do quarto observando cada detalhe a porta do quarto é aberta, fazendo com que eu me vire para olhar, e ali estava o guarde de antes.

— Venha comigo, agora — ele fala me dando espaço para passar, e assim eu faço.

A porta atrás de nós se fecha e ele começa a caminhar, apenas o sigo, passamos por alguns corredores, logo parando em frente a outra porta e ao redor dela tinha vários guardas, pareciam estar esperando algo, ele a abre e adentra o cômodo, e eu o sigo, assim que entro posso ver várias crianças sentadas em cadeiras, tipo de cabeleireiro, tinha um homem, ele era mais velho, também usava o uniforme do lugar, ele cortava o cabelo das crianças, dos meninos ele raspava e das meninas ele cortava curto, bem curto. Nenhuma das crianças chorava, mas algumas tinham seus olhos cheios, estavam sendo obrigados a conte-las, eu era uma das poucas crianças que não tinham ao menos uma lágrima nos olhos, não sabia porque, mas eu não conseguia chorar.

— Agente 34, tem mais uma pra você — anuncia o guarda ao meu lado para o homem que cortava os cabelos das crianças.

— Certo Agente 37, pode deixa-la em uma das cadeiras e esperar lá fora — diz o Agente 34 para o homem ao meu lado, eles eram todos nomeados com números.

Agora reparando bem, no uniforme de cada um tinha um número específico.

— Vá até uma das cadeiras e se sente — o Agente 37 manda, vou até as cadeiras e me sento em uma.

O homem que estava comigo logo se retira da sala, depois de um tempo o mais velho vem até atrás de mim e começa a cortar meu cabelo, eu apenas olhava o processo pelo espelho sem expressão alguma, quando terminado ele diz para mim sair da sala e ir até o Agente 37, o homem que me trouxe aqui.

Desço da cadeira e caminho até a saída, logo o Agente 34 abre a porta para mim e eu saio, caminho um pouco vendo a legião de agentes, não só homens mas também mulheres, avisto o agente responsável por mim e vou até ele, começamos a caminhar de volta para meu quarto. Sabia que seria inútil tentar fugir, são muitas pessoas, e eu não tenho nenhum tipo de treinamento ou controle de meus poderes.

Assim que chegamos em frente ao meu quarto ele o abro e eu o adentro, assim que a porta atrás de mim se fecha eu vou até minha cama e deito na mesma, olho para minha mão que ainda tinha a luva que Kate me deu a cobrindo. Depois de processar um pouco de tudo que tinha acabado de acontecer, e raciocinar de que esse era só o começo e que o pior ainda viria, eu chorei, chorei mais do que todas as vezes da minha vida, desabei completamente e me entreguei as lágrimas.



Maximoff Daughter ( Kate Bishop and SN G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora