CAPÍTULO 17

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Pov SN



Estava na base da Rússia já fazia duas semanas que eu acordei, totalizando três semanas de desaparecimento. Nesse tempo tive chance de conhecer melhor Miguel, ele me explicou como as coisas funcionam por aqui, ele é um homem legal, acho que ele foi o primeiro homem que confiei apenas depois de uma conversa.




Ele não é maldoso nem cruel, na verdade ele é gentil e muitas vezes animado demais, ele tem assuntos variados sobre o mundo, ele tinha muito conhecimento, apesar de estar preso na Rússia há 15 anos, ele ainda se mantém atualizado do jeito dele, e sempre que me vê pensativa demais, ele sabe que eu estou pensando em minha família, e tenta me reconfortar, e as vezes, consegue com que eu pare de pensar neles.




Agora estávamos sentados no chão de nossa cela novamente um de frente para o outro, ele estava sentado como índio, já eu estava com as costas encostadas na parede e com os braços apoiados nos joelhos.




— Fala-me um sonho, uma vontade que você tem, uma coisa que você queria ou quer ser — ele diz endireitando sua postura.




— Você primeiro — falo pra ele que sorri e concorda com a cabeça.




— Queria ser um viajante, sinto que este tempo que estive aqui, perdi muitas chances de ver o mundo por inteiro, visitar diversos países, viver coisas emocionantes enquanto tento me comunicar com as pessoas da região não sabendo seu idioma, o que seria um tanto interessante, já que a pessoa pode ser gentil, ou simplesmente me mandar pra aquele lugar, e o melhor disso tudo, eu não vou entender nada do que ele fala mesmo — diz dando de ombros sorrindo.




— Sua vez — diz se ajeitando no chão apoiando os cotovelos em seus joelhos, e seu rosto em suas mãos.




— Eu queria ser escritora, sempre gostei de ler, apreciar boas histórias com um bom desenvolvimento, mas as minhas preferidas são as histórias reais e contos poéticos, uma pessoa que divide sua história e seus pensamentos com todos. Sem ter medo de que não gostem de sua escrita, mas se não gostarem, não terá nada a perder, pois só a sensação de poder mostrar as pessoas sua maneira de ver o mundo já deve ser uma sensação maravilhosa — falo encarando o chão de cimento a minha frente.




— Bom, seu sonho é bem mais fácil de ser realizado do que o meu — ele diz se encostando na parede.




— Eh, talvez, é o trabalho de uma observadora se concentrar nos detalhes, mas é por isso que eu vou escrever, porém não mostrarei a ninguém, em vida pelo menos não... Eu já comecei a escrever um livro, está na casa de Zélia, mas ninguém merece ler minhas dores em um pedaço de papel — falo agora o olhando, ele estava sério prestando atenção em tudo que eu falava.




— Bom, o livro é seu, mas quem sabe um dia não mude de ideia — diz dando de ombros.




— Não vou mudar de ideia — falo pra ele que levanta as mãos em rendição.




Batidas na porta da cela são escutadas, e ela logo é aberta bruscamente por um guarda.




— Doutor Hellkins está chamando em sua sala — ele avisa e logo fica em frente a porta da cela, esperando nós sairmos, e assim fizemos.




Caminhamos até a sala de Hellkins e o guarda nos acompanhava, mas assim que chegamos em frente a sala, o guarda se afasta, Miguel bate na porta, que depois de alguns segundos é aberta revelando Hellkins em sua cadeira, adentramos a sala do homem em silêncio. A sala da base da Rússia era três vezes maior, tendo vista ao mar, sim, desta vez a base não era no subterrâneo.




Maximoff Daughter ( Kate Bishop and SN G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora