Cap. 1

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( Eu sempre achei babaquise toda essa história de superação, afinal qual a dificuldade de deixar o que te faz mal pra traz? até que eu senti na pele o perrengue que ė olhar pro passado, e ver que tudo se desconcertou.)

Foi isso que aconteceu eu tinha a vida perfeita literalmente, meus pais não me deixavam esquecer disso nem por um segundo, sempre me lembrando de não fazer estragos pra não envergonhar a família, e assim eu cresci, com tudo do bom e do melhor... pra mim o mais caro ainda era pouco, eu dava as melhores festas, comia as mais lindas garotas! Até conhecer Eliza, que "me amarrou pelo pescoço" que ė como Linus meu melhor amigo gosta de falar! eu Já ficava com Eliza desde o Jardim de infância, mais o namoro mesmo foi depois que eu ja tinha curtido muito a vida de solteiro, hoje com 21 me sentia o cara mais feliz do mundo era o dia do concerto de Eliza no Teatro Municipal ela estava tão nervosa e feliz com todo o sucesso que conseguiu em três anos de piano, ela era uma garota linda e de uma beleza delicada que jamais vi em ninguém, parecia que ia quebrar quando chorava de tão frágil que era! era o amor da minha vida nunca amaria ninguém igual a ela.

O conserto acolheu mais de três mil pessoas era o maior Teatro de Porto Real, fui com meus pais e os pais dela ela estava perfeita la emcima parece que flutuava com a música, e aquele vestido branco leve parecia um anjo! nao consegui titar os olhos dela, levei flores brancas as preferidas dela que veio correndo na minha direção... a beijei tirando ela do chão por alguns segundos.

- Voce estava perfeita la, como sempre! - Falei a admirando enquanto cheirava as flores.

- Eu te amo Luke Woldor... elas sao lindas.
- Voce ė a linda aqui. - Ela sorriu pra mim, eu amava fazer ela sorrir.

Preferimos ir pra casa no meu carro, papai concordou em levar os pais de Eliza em casa, eu tinha feito reserva no nosso restalrante favorito.

- Voce esta tão charmoso com essa gravata Luke! - Ela disse me fazendo rir e quase engasgar, ela sabia que eu odiava gravatas.

- Voce ė muita má garota! - Ela riu pra mim, e me mandou um beijinho no ar, Eliza era a personificação de beleza delicadeza e refinamento tudo formando a perfeição pra mim,e pros meus pais que a amavam, na verdade não conheço ninguém que nao goste dela, então não foi nada difícil me apaixonar. Na volta pra casa ela insistiu em dirigir tentei contestar mais ela sempre conseguia de mim o que queria... O som estava alto e eu segurava as flores e o troféu que ela ganhou, nos dois cantávamos uma música do Nickelback eu acho, os dedos dela imitavam os sons no volante, ela sempre fazia isso.

- Estou indo bem? - Ela perguntou desviando o olhar da estrada pra olhar pra mim... e foi nesse minuto,em um simples segundo que só vi uma luz forte e um barulho maior aimda. Ouvi o grito de Eliza e o de outra pessoa que nao era eu, batemos em outro carro em cheio,não conseguia me mecher tinha vidro e sangue pra todo lado o carro estava todo estragado eu estava presso, tinha alguma coisa que prendia minhas pernas gritei por Eliza que nao estava do meu lado... ouvi as sirenes da ambulância, tentei gritar mais uma vez, foi quando senti uma dor terrível nas costelas que me impedia de respirar direito, tentei ficar calmo... Chegaram mais duas ambulâncias e um carro de Polícia, tiveram que cerrar algumas partes do carro pra me tirar de la, fui colocado em uma maca me imobilizando .

- Eliza... Eliza! onde ... onde ela está ?-Perguntei quanse sem ar,ela não estava em lugar nenhum, só vi as flores jogadas e o troféu quebrado junto com muito sangue e vidro.

- Ela já foi levada querido, agora não fale nada ok! - Uma mulher enorme falava comigo mais eu não entendia nada, levada? Mais pra onde? eu queria saber se ela estava bem,se tinha se machucado muito... olhei pro lado e tinha um corpo coberto por uma lona preta, meu coração parou era ela? ah não! tentei me levantar mais nao consegui .

- Ė ela? ė ela que está ali? - A mulher me olhou com pena, e me colocando na ambulância, não respondeu nada me deixando em pânico.

- Eu fiz uma pergunta droga! -Gritei quase me arrebentando de dor.

- Nao,não ė ela... aquele ė o homem em quem vocês bateram,ele não resistiu. - Um alivio percorreu meu corpo e meu coração,não era ela! nao era ela... ela estava bem,eu a veria em breve, era o que eu pensava.

Quando acordei estava em um quarto branco e totalmente anestesiado, eu não sentia nada nem meus dedos dos pés que remédio forte ! Minha mae e meu pai estava sentados coxixando no sofá.

- Oi. - Falei agradecendo a Deus pelos benditos remédios pra dor,minha mãe correu até mim seguida por meu pai, os dois pareciam cansados e chorosos.

- Ah filho que susto você nus deu, fiquei com tanto medo de perde-lo. -Minha mãe falava me enchendo de beijos em quanto meu pai segurava minha mao me dando um olhar encorajador, ele nunca foi bom com as palavras.

- Estou bem agora mãe, e Eliza? se machucou muito? -Perguntei preocupado com ela,eu lembro do estado do carro,mais não lembro de ter visto ela,minha mãe começou a soluçar baixinho e meu pai a abraçou, ver os dois assim era bizarro.

- qual foi mamãe? ela machucou o rosto ne? deve ta dando um Piti, de tao vaidosa que ė, já posso vê-la? -sorri lembrando da vez que Eliza deu um Piti por causa de uma espinha.

- Filho ela... ela não resistiu meu amor! eu sinto tanto! - ela comecou a chorar, como assim ela morreu? morreu? não ... não Eliza nao!ela era jovem e bonita,tava começando a carreira como pianista , era impossível, quem morreu foi o homem.

- Nao mãe... só pode ser engano! ela não pode ter morrido, você ta enganada. - Falei tentando me convencer de que mamãe estava enganada, mais ela fez que não com a a cabeça e sussurou um sinto muito... tentei me levantar mais foi inútil meu corpo não me obedecia... mais que inferno!

- Mamãe ,pelo amor de Deus vai buscar ela pra mim... -Minha mãe chorava e meu pai veio ate mim.

- Ela morreu Luke,e não tem volta ... sinto muito filho, eu sinto muito! - papai falou e eu o encarei, ele estava sério mais com os olhos cheios de lágrimas, me agarrei a ele e chorei, desabei... não dava pra acreditar nisso! era surreal, Eliza alegrou minha existência, e me matou quando foi embora.

Indomável - ( EM REVISÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora