Capítulo 4: O Confronto Contra a Raposa de Nove Caudas.

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Observando a raposa de nove caudas sentada no galho da árvore, era impossível ignorar a presença imponente de Ahri, a Vastaya mais famosa de todo o jogo. Mas havia algo desconcertante nela.

O modo como seus olhos dourados cravaram em mim despertava um alerta imediato. Com meus Olhos das Revelações ativados, pude sentir uma aura de malícia e fascinação emanando de sua figura esguia.

— O que foi? Ficou tão encantado comigo que nem consegue falar? — provocou ela com um sorriso suave e um tom que exalava pura confiança. Seu olhar era ao mesmo tempo caloroso e ameaçador, um convite e uma armadilha.

"Sei exatamente o que ela está fazendo." Ahri se alimenta de sentimentos humanos, absorvendo suas emoções como um predador elegante. E, por algum motivo, parecia que eu me tornara seu próximo alvo.

— Qualquer um ficaria alerta ao ser abordado tão casualmente no meio de uma floresta densa e sombria como essa — respondi calmamente, mantendo meu olhar fixo no dela. Se ela esperava alguma reação exagerada, ficaria decepcionada.

Ahri piscou lentamente, surpresa pela minha resposta indiferente. Seus olhos se estreitaram ligeiramente, assumindo um brilho desafiador.

— Hmm... Você tem um ponto bem convincente — murmurou ela, rindo de maneira suave. Seus olhos, antes dourados, agora cintilavam com um tom rosado, carregado de uma magia sutil.

"Então é isso, huh? Está tentando me enfeitiçar."

— Pode parar. Seu charme não vai funcionar, raposa. Não importa quantas vezes você tente — adverti, cruzando os braços e mantendo minha postura firme.

Por um breve instante, a surpresa voltou a brilhar em seu olhar. — Então você já sabia o que eu estava tentando fazer desde o começo... — Sua voz soou curiosa, mas também carregava um quê de admiração. — E mesmo sabendo que era uma armadilha, você veio sozinho...

Ela entendeu. Desde o momento em que percebi aquela presença na trilha, enquanto estava com Shen e Akali, soube que alguém nos observava. A intenção maliciosa era inconfundível, e me trouxe até aqui por pura curiosidade. Só não esperava que a responsável fosse a própria Ahri.

— Meus olhos bloqueiam qualquer tipo de manipulação mental ou emocional — expliquei, apontando para os próprios olhos. — E além disso, consigo rastrear a origem de qualquer magia desse tipo.

Não havia razão para esconder as capacidades dos meus poderes. Ela já havia notado que seu feitiço não estava surtindo efeito. Por que não dar-lhe mais um motivo para se manter intrigada?

— Interessante… um humano que é imune ao meu charme... — murmurou ela, com um brilho de interesse renovado. Mas havia algo mais profundo em seu tom, algo que transcendia a mera curiosidade. — Fico me perguntando... qual seria o gosto das suas emoções?

— Ah, então é isso que quer? Me fazer perder a compostura ou ver minha alma vibrar nas suas mãos? — provoquei, lembrando-me do jogo e das lendas que a cercavam.

Ahri soltou uma risada baixa, levantando a mão com elegância. Um orbe de energia espiritual rosada começou a brilhar em sua palma, pulsando como se tivesse vida própria.

— Desde que pus os olhos em você, senti um desejo profundo de provar suas emoções — confessou ela, sorrindo de maneira doce. — Então, você não gostaria de ser um bom garoto e deixar esta linda Vastaya dar uma olhadinha na sua mente? Só um pouquinho?

Sem hesitar, invoquei minha foice, a lâmina negra surgindo em minha mão. Era claro que dizer "não" apenas iria incentivá-la ainda mais. Ahri sempre fora intrigante e cheia de truques, mas subestimar alguém como eu seria um erro fatal.

Acordei Como Meu Protagonista no Universo de Runeterra!?Onde histórias criam vida. Descubra agora