~ Capítulo 16 ~

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~ CAPÍTULO 16 ~

- Dores -




Catnap sabia que algo estava errado, ele não conseguia sair daquele lugar escuro, as alucinações continuavam constantes, como em uma espécie de pesadelo no qual não tinha fim.

Ele não conseguia acordar. Mas, não sabia o motivo de não conseguir, será que...realmente esse seria seu fim.

_ Você parece com problemas filho _

Aquela voz. Catnap olhou para trás e viu sua mãe ali, dessa vez sem estar em um cenário de terror, o garoto de cabelos escuros derramou algumas lágrimas, ele pensou que mais uma vez teria que passar pela tortura de ver sua mãe o culpando.

_ Por que está chorando filho? _ ela perguntou se aproximando de Catnap.

_ Me...desculpa... _ Catnap se assustou quando depois de anos conseguiu ouvir o som de sua voz, ele realmente pensava que não falaria novamente.

_ O...que...eu...estou falando? _ ele perguntou pausadamente sentindo uma ardência em sua garganta.

_ Você sempre conseguiu falar filho, porém algumas circunstâncias te impediam _ a senhora à sua frente disse.

_ Eu...não... _ ele tentou dizer, mas a ardência era muito forte.

_ Não se esforce, você ficou muito tempo sem falar, que tal irmos para um lugar mais calmo _ a mulher disse.

De repente aquele lugar escuro mudou para um ambiente no qual ele conhecia bem, o parque. A mulher se sentou no banco e deu duas batidas ao seu lado, indicando que Catnap se sentasse, assim o mesmo fez.

_ Eu me lembro desse parque, foi a primeira e única vez que eu te trouxe aqui, por isso e uma memória feliz _ a mulher começou dizendo, Catnap observou ao redor era realmente encantador.

_ Foi aqui que você encontrou ele _ o garoto de cabelos escuros não havia entendido bem aquela frase, até ver duas figuras mais adiante.

Uma delas era Catnap, ele estava em pé segurando uma flor de lavanda, a outra figura se aproximou um pouco dele, era um garotinho ruivo de olhos cor de mel. Dogday.

_ Por que você tá aí em pé? _ ele perguntou para Catnap que se virou em um susto.

_ Não tenha medo _ ele disse se aproximando um pouco.

_ Tu...tudo bem _ o garotinho que segurava a flor de lavanda disse tentando se esconder atrás da mesma.

_ Você tá brincando sozinho? Onde estão seus amigos? _ perguntou.

_ Eu...não tenho amigos... _ o garoto de cabelos escuros sentado no banco sentiu o peso daquelas palavras, de quando não tinha amigos, de quando era sozinho.

_ Puxa, sinto muito...ei! Eu brinco com você até minha mãe voltar com meu presente _ o ruivo disse alegremente.

_ Tem certeza? _ o garotinho menor perguntou quase em um sussurro.

_ Claro, vem vamos brincar _ o ruivo falou puxando o Catnap menor pela mão.

O garoto de cabelos escuros observou ele criança brincar com o Dogday, durou um tempo, mas logo o ruivo teve que ir embora, porém, a criança continuava com um sorriso alegre no rosto.

_ Mamãe, mamãe, você viu? Ele brincou comigo _ dizia alegremente.

_ Eu me lembro de cada segundo, você estava tão feliz naquele dia, e por coincidência do destino vocês acabaram se encontrando _ a senhora sorriu com a própria fala.

O Doce Som Do Seu Silêncio Onde histórias criam vida. Descubra agora