~ Capítulo 8 ~

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~ CAPÍTULO 8 ~

- Pesadelo -




Catnap abriu os olhos e viu que não estava na cama de hospital, pelo contrário, estava em um parque ensolarado, o lugar era belo e trazia uma sensação de paz, a brisa suave balançava seus cabelos.

Foi quando ele viu alguém passar ao lado dele, para ser mais específico uma criança, não qualquer criança, e sim, ele quando era menor.

“Mamãe eu as colhi para você”

O pequeno Catnap disse mostrando para a mãe duas flores de lavanda.

“Que lindas meu amor, você sabia que flores de lavanda podem ajudar no sono, talvez deveríamos colher algumas para você também”

A mulher disse tocando o nariz da criança com o indicador, Catnap sorriu com aquela memória feliz, e novamente viu o pequeno correr de volta para o meio das flores.

Catnap se aproximou da mulher que um dia teve a alegria de chamar de mãe, ela parecia muito mais bonita do que já era.

“Eu nunca deveria ter te adotado “

O garoto não entendeu e foi quando aquela paisagem linda desapareceu, só restando somente sua mãe ali, de repente a imagem daquela mulher maravilhosa se tornou uma verdadeira cena de terror, onde a mesma apareceu toda ensanguentada.

“Você nunca deveria ter nascido, por sua culpa eu morri naquela noite, POR CULPA SUA!”

Catnap se assustou com os gritos, não poderia ser real, não, sua mãe nunca falaria aquilo para ele, as lágrimas em seus olhos já caíam, ele tentou falar, mas nenhum som saiu, aquilo era desesperador.

“Se não fosse por você eu estaria viva, e tudo culpa sua, E TUDO CULPA SUA, CULPA SUA, CULPA SUA!”

aquelas palavras ecoavam na cabeça de Catnap fazendo seu choro aumentar, ele tentou fugir, porém, não importava para onde ia, aquela voz não sumia.

Era dele a  culpa?

Ele era o motivo de sua mãe ter sido assassinada?

Se não fosse por ele, sua mãe estaria vivendo uma vida tranquila agora. Catnap se ajoelhou e começou a chorar desejando que aquilo parasse logo, e foi quando de repente voltou a realidade.

Sua respiração estava falha, ele não conseguia respirar direito, era possível ouvir o apito alto dos sinais vitais, Catnap se sentia muito quente, ele viu médicos correndo para todos os lados checando os aparelhos, uma máscara de oxigénio foi colocada em seu rosto, sentiu que sua cama estava sendo movido, mas não teve tempo para pensar pois havia perdido a consciência.

Depois de algumas horas, Catnap acordou novamente em seu quarto de hospital, ele sentiu uma mão segurar a sua e quando olhou viu Dogday, sua cabeça estava encostada em um pedaço da cama onde ele parecia dormir, entretanto, a questão era que ele não havia dormido nada, desde a hora que Catnap foi levado às pressas para a emergência.

Ele mexeu um pouco sua mão acordando Dogday, quando viu Catnap acordado, ele rapidamente se levantou para tocar o rosto do garoto.

_ Você acordou, que bom _ Dogday disse com um sorriso.

Catnap não estava entendendo direito o que havia acontecido, se lembrava de poucas imagens de seu sonho, ou melhor, pesadelo.

_ Seus batimentos estavam acelerados demais, você começou a tremer e chorar alto, os médicos correram e te levaram para a emergência, depois de trouxeram para cá de novo _ Dogday explicou ao perceber a confusão do garoto.

O Doce Som Do Seu Silêncio Onde histórias criam vida. Descubra agora