Capítulo 14

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Domingo,
13 de novembro

AMÉRICA

Eu achei que o Carson havia ficado chateado com as coisas que lhe disse, mas isso não foi o suficiente para fazer com que ele desistisse de mim.

E que bom, porque agora eu vejo a perda de tempo que foi tentar me importar com os sentimentos da minha irmã e colocar isso em primeiro lugar.

Agora estou pouco me fodendo para ela e vou sair com ele só pra ela ver os seus pesadelos se tornando reais.

Ele me chamou para sair hoje à noite e para me deixar mais à vontade sugeriu que levássemos os nossos amigos.

E lá vamos, eu e o Dante para esse encontro breguíssimo no parque de diversões que está na cidade.

Dante não opinou sobre, só aceitou a ideia, e sobre a minha família, eles já estão acostumados a me ver saindo com o Dante. Não contei sobre o real motivo.

Vamos no carro do Dante e encontramos Carson e Sue assim que chegamos.

Agora eu acho que estou cometendo uma loucura.

70% da minha coragem em sair com ele existe por causa dos afrontes da minha irmã, os 30% é curiosidade minha.

Parte de mim acha uma loucura sair com um cara que cismou que só se casa se for comigo, a outra parte sabe que ele é um pedaço de mal caminho com quem vale a pena cometer umas loucuras.

Carson sempre está bem-vestido. Ao menos nas duas vezes que o vi foi assim. Seus cabelos estão sempre penteados para trás e junto com seus olhos azuis e lábios rosados, ele parece um deus grego perdido na terra.

Ele sorri sem mostrar os dentes. Um pecado porque ele fica muito sexy sorrindo desse jeito.

― Tudo bem? ― ele me cumprimenta com um beijo no rosto. Seus lábios são mornos e macios, assim como a sua mão.

― Sim. E você?

― Aliviado por te ver aqui.

― Eu costumo comparecer aos meus compromissos.

― Isso é verdade. ― Dante confirma.

Nós não conversamos tanto depois do convite. Eu aceitei, mas não significava que estava louca por ele como a minha irmã ficou.

Na verdade, por muitas vezes pensei em voltar atrás, mas aqui estou e não tem mais jeito.

Ele cumprimenta o Dante e eu cumprimento a Sue.

― Tudo bem?

― Morrendo de frio, mas tudo pelo bem do romantismo. ― ela brinca.

― Sue, esse é o Dante. Amigo da América. ― Carson os apresenta.

― É um prazer.

― O prazer é meu. ― eles dão um aperto de mãos.

― Sempre sobra pra gente, né?

― Infelizmente. ― Dante lamenta.

― Que cara de pau... ― analiso esse meu amigo e nós rimos.

— Sério, com quantos anos isso era normal?

— Acho que dos treze aos quinze. — Sue chuta. — É. Nessa época mesmo que a gente saía para levar os amigos para namorar escondido.

Meu olhar cruza com o do Carson e fico constrangida.

Namorar escondido... foi isso que vim fazer aqui?

— Só vamos sair entre amigos. Fiquem tranquilos que não vai ter nenhum segredo para guardar. — Carson garante. — Vamos?

A ESPOSA SUBSTITUTA [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora