A ESPOSA SUBSTITUTA [COMPLETA]

Capítulo 22

CARSON

Levo a América para minha casa, onde deixei os meus pais aguardando ansiosos para o jantar.

Eu estava doido para fazer isso, já contei para eles que estamos namorando e a América também já falou para seus pais.

Nada melhor do que um jantar para oficializar isso.

Sei que deveria convidar os pais dela também, mas resolvemos ir com mais calma.

Primeiro ela vai na minha casa, depois eu vou na casa dela e depois juntamos as famílias.

As coisas com ela fluem bem mais do que seria se eu tivesse me relacionando com a Chicago, porque seria um casamento arranjado e acho que eu não me interessaria em fazer as mesmas coisas que me interesso em fazer com a América.

A Chicago agora já sabe do que temos e já viu que estamos juntos.

Quando chegamos na minha casa, os meus pais vêm receber a América e eles a receberam muito bem.

— Sejam muito bem-vinda, América. Estávamos ansiosos para que você viesse, depois que o Carson contou que estão juntos. — minha mãe está muito empolgada.

"Meu Deus... a minha mãe arranjou uma nora. Tenho certeza que ela vai achar que são melhores amigas."

— Obrigada. Eu estava receosa por tudo o que aconteceu antes, mas que bom que vocês estão aceitando bem. — América fala sorridente.

Ela me disse no caminho que estava nervosa mesmo. Como se alguém tivesse que se preocupar com a opinião dos meus pais. Eles só querem que sejamos felizes.

— Mas é claro, América. Não fique com medo do que nós podemos pensar sobre isso. Não somos contra o relacionamento de vocês. — meu pai garante. — Ficamos bem felizes em saber que o nosso filho encontrou alguém que gosta e ainda é da família que nós queríamos nos juntar. Seja bem-vinda — ele a cumprimenta.

O meu irmão aparece, usando uma regata com gola rasgada.

É para exibir os músculos.

— Cunhada, seja bem-vinda a família! Fique à vontade. — Ele lhe deu uma abraço e América olha para mim rindo.

— É. O meu irmão já aceitou isso tão bem quanto nós dois. — justifico e seguro seus ombros. — Vamos jantar?

— Vamos sim.

De mãos dadas, vamos para a sala de jantar.

Desta vez não tem que impressionar ninguém, não tem perguntas difíceis a serem feitas. É somente um momento em família. Um momento mais íntimo.

Estou bem feliz em saber que a América faz parte disto.

Nós estamos mais próximos do que nunca e vê-la no meio dos meus pais e meu irmão, me faz sentir que estou no caminho certo, com a garota certa.

Fazer com que ela se sinta bem no meio da minha família e ver que a minha família gosta dela é o segundo passo para as coisas darem certo entre nós dois.

Ela se senta do meu lado e começamos a fazer nossos pratos.

— E o que a sua família achou quando soube que vocês estão juntos? — a minha mãe logo pergunta.

— Eles gostaram da novidade. Contei para eles depois da minha festa de formatura e eles ficaram bem felizes em saber que estávamos saindo. Ficaram surpresos, mas felizes.

Os pais devem ter ficado loucos ao vê-la chegando no outro dia com uma notícia dessas.

— Eu também não contei logo. — admito. — Precisávamos ter certeza que ia para frente antes de contar.

— Pois é. E logo eu, que tenho uma irmã que não gosta nem um pouco dessa ideia. — América frisa lamentando.

Ainda tem isso.

— A sua irmã ainda não se conformou? — minha mãe estranha.

Quem não estranharia isso?

— Não. Ela acha que foi substituída e que eu roubei o noivo dela. A minha irmã é um pouco briguenta, mas eu espero que em algum momento ela entenda que as coisas entre eu e o Carson são reais e o que ela teve com ele foi só uma conversa de um suposto relacionamento que poderia acontecer, mas que não aconteceu.

— É isso que eu também penso, querida. Fiquei preocupada de ela não compreender. Que pena que ela não está aceitando ainda. — mamãe lamenta.

— Mas minha irmã é complicada mesmo, sabe? Ela vive num ritmo diferente do meu e de muita gente.

"Isso é verdade."

O jeito que ela ignorou que a América havia entrado no meu carro e agiu como se eu e ela ainda estivéssemos num tipo de paquera foi bem esquisito.

Eu esperava que ela viesse me cumprimentar, mas ela estava xingando a irmã e mudou de comportamento de uma hora para outra quando veio falar comigo.

Foi como se ela tivesse mudado de personalidade para falar comigo.

Depois eu vi como ela olhou para a irmã dentro do carro.

Espero que ela não seja o tempo todo assim, mas eu fiquei preocupado com seu comportamento.

— Já te convido para a minha luta no fim de semana. — Zac diz empolgado.

— Luta?

— Sim. Você não se incomoda de ver alguém apanhando não, né?

— Depende. — ela dá uma risada preocupada. — É muito violento?

— Deixa ela, Zac. Você está vendo que a América não gosta desse tipo de coisa. — digo.

— Não. Eu até assisto na tv. Mas é que eu não gosto de ver sangue.

— Entendo, cunhada. Mas se mudar de ideia... O meu irmão vai e a Sue também. Né? — ele olha pra mim. — A Sue vai?

— Eu ainda não a convidei.

— Cê tá brincando comigo, não é? Custa ajudar o seu irmão uma vez na vida, Carson? Estou sendo super legal com a sua namorada.

— Então essa bondade aí é esperando algo em troca? — indago decepcionado. Ele nem esconde as coisas.

— Brincadeira, cunhada. Eu gosto mesmo de você, mas fala para o seu namorado dar uma ajuda para o irmão menos privilegiado. A Sue não quis sair comigo.

— Você acha que a Sue vai querer alguma coisa com você, Zac? — nosso pai pergunta. — Meu filho, Sue gosta de homens sérios.

— Se ela assistir uma luta minha eu tenho certeza que ela vai se apaixonar pela minha seriedade.

Nós rimos.

— Eu vou chamar a Sue. — Me dou por vencido.

— E falando nesse namoro. Como foi o pedido? — minha mãe pergunta, sorrindo para a América e esta, por sua vez, olha para mim.

— O pedido ainda não aconteceu. Mas vai acontecer. — eu garanto.

— Como você chama a menina de namorada se ainda nem pediu?

A minha mãe lida com isso se fosse um problemão.

Hoje em dia as pessoas têm uma relação e não sabem denominar. É normal.

— Eu vou formalizar tudo. Relaxa. Já basta a pressão da Sue.

Com tanta pressão eu não sei se sobrevivo na hora do pedido.