você... quer um abraço?

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Décimo 

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Décimo 

— Regina! — entro eufórica na sua sala. Nem mesmo me atento a sua reação pela escolha da roupa. — Recebi uma ligação enquanto vinha para a empresa, eles querem aceitar sua proposta.

Só agora percebi como ela está atenta à minha roupa. Calça jeans branca sem detalhes, uma blusa de alças finas de seda com leve decote V, estou de saltos e voltei a meu costumeiro coque. Por cima de tudo, uso um sobretudo bege.

— Regina! — a Megera balança a cabeça e me encara.

— E o que disse?

— Que você pensaria à respeito e que talvez a proposta sofra algumas alterações. Eles pediram uma resposta em duas semanas.

— Será o suficiente.

— Para quê?

— Pra eles mesmos ligarem alterando o que eu pedi para algo inferior ao valor proposto. — sorrio largo e me sinto uma idiota por estar orgulhosa. — Me chame pouco antes da reunião das onze, até lá não quero ser incomodada. Tenho algumas programações para fazer e revisar.

— Ok. Mais alguma coisa?

— Sim, — ela espera eu pegar o celular para poder falar. — A roupa de hoje está perfeita. — reviro os olhos, sorrindo e guardo o celular. — Vejo que aprecia o branco. — comenta me olhando de cima a baixo outra vez.

— Você também, pelo jeito. — provoco fazendo-a arquear a sobrancelha.

— Também, mas o vermelho é mais quente. — sorrir. — Se me permitir sugerir algo.

— Vá em frente, só não prometo fazer. — ela parece satisfeita com minha resposta.

— Venha com o cabelo solto mais vezes.

— Anotado!

SQ

Ao fim da reunião das onze, permanecia um pouco mais na sala anotando algumas coisas que ela ditava. Mas, em meio a tantas coisas, ela falou:

— Não achou que seria interessante me dizer que você é uma pessoa pública? — sua atenção fixa no notebook. — A internet não para de publicar sobre nós duas, mais e mais especulações.

— Eu não achei que iríamos a um evento grande, ainda mais na primeira semana. — respondo sem me importar. — É uma coisa que eu tento esquecer. Por quê?

— Porque tem um canal no YouTube sobre empreendimento e o vídeo mais recente é com a sua mãe.

— Como!? E o que ela disse? — levanto e ando até sua cadeira, parando atrás dela.

Na tela, o vídeo está pausado na imagem de mamãe e a saudade aperta meu peito. Só agora que eu parei para vê-la, mesmo que somente a imagem dela, e meus olhos marejam. Inspiro profundamente quando percebo que estou ficando com falta de ar.

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