você tinha razão

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Décimo Sexto 

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Décimo Sexto 

— Meio instável sua namorada, não? — Fiona pergunta, erguendo a cabeça tampando o nariz com as mãos.

Ela tenta se aproximar, mas me afasto rapidamente.

Eu preciso ir até Emma...

O que foi que eu fiz?

Ver a Fiona me fez perceber que Emma não é ela, que nunca faria o mesmo que ela. Em nenhum momento, desde que começou a trabalhar para mim, Swan não me deu motivos para desconfiar, questionar... Em nenhum momento desde que iniciei este maluco acordo, passou pela minha cabeça que Emma pudesse usar isso contra mim, em nenhum momento eu desconfiei dela ou de suas intenções. Mas, por já ter sido tão machucada, me autosaboto neste nível, afasto qualquer pessoa que tenha intensão de querer mais que um beijo, mais que sexo.

— Eu quero que vá embora, Fiona. — digo sentindo um bolo se formar na minha garganta. Eu preciso falar com a Emma...

— Regina...

— Não, Fiona! Você me deixou marcas tão profundas que eu acabei de machucar a única mulher que eu amei...

— Você a ama? — pergunta realmente chocada.

— Eu a amo. — essas palavras saem de maneira tão fácil que sinto meu coração palpitar. — E não vou permitir que apareça quando bem entender para remexer minhas feridas, me fazendo retroceder em tudo que tenho superado.

— Mas você me amou...

— Eu achei que sim, até alguns meses atrás eu pensei que o que senti por você tinha sido amor, mas eu conheci a Emma. Agora eu sei o que é sentir amor por alguém e com certeza não foi o que senti por você!

— Eu não vim na intenção de tê-la de volta, Regina, só preciso da sua ajuda.

— Não vou ajudá-la, Fiona. Eu quero você fora da minha empresa e da minha vida! — busco o telefone sobre a mesa. — Chamarei os seguranças. — aviso.

— Não é pra tanto.

Tento respirar normalmente ao perceber o quanto estou ofegante, mas está difícil. Eu tinha esquecido o quanto pode doer amar alguém e, mais ainda, machucar a pessoa. Eu fui muito machucada, sim, mas acabei de fazer o mesmo com a Emma.

Eu chamo os seguranças e a ouço dizer dezenas de coisas cruéis, mas só consigo pensar na Emma e no seu olhar magoado e triste, no quanto parecia chateada e até decepcionada.

Desabo na cadeira assim que a porta se fecha, finalmente liberando o choro que estava entalado. Eu tive tanta raiva da Fiona por me machucar... Como pude fazer o mesmo com a Emma? Ela é a última pessoa que merece o meu desprezo e aspereza.

Lembro de quando mamãe e papai começaram a me importunar para que eu conhecesse uma moça. Durou anos e anos, até que eu falei sobre a Emma. Fiquei chocada com o quanto conhecia sobre ela e naquela mesma época eu soube que poderia sentir algo. Eu não falei de maneira impensada, não, eu a observava há anos, eu me encantei com seu jeito desastrado, sincero, meigo, gentil... Emma me encantou desde que não recuou no meu primeiro surto, mesmo estando com medo. Emma me encantou quando, mesmo sem perceber, vinha até minha sala para saber se eu estava bem após uma reunião estressante. Emma me encantou quando, imersa em uma conversa com a senhorita Lucas, fazia dancinhas para fazer a amiga rir. Eu me encantei por Emma Swan desde o primeiro momento que a vi, pelo que pude perceber.

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